Demonstração dos fluxos de caixa
A demonstração de fluxo de caixa fornece informações sobre recebimentos de caixa e pagamentos de caixa de uma empresa durante um período contábil, mostrando como esses fluxos de caixa vinculam o saldo de caixa final ao saldo inicial mostrado no balanço patrimonial da empresa.
A demonstração dos fluxos de caixa consiste em três partes: fluxos de caixa fornecidos por (usados em) atividades operacionais, fluxos de caixa fornecidos por (usados em) atividades de investimento e fluxos de caixa fornecidos por (usados em) atividades de financiamento.
Com base em relatórios: 10-K (Data do relatório: 2019-08-31), 10-K (Data do relatório: 2018-08-31), 10-K (Data do relatório: 2017-08-31), 10-K (Data do relatório: 2016-08-31), 10-K (Data do relatório: 2015-08-31), 10-K (Data do relatório: 2014-08-31).
Ao analisar os dados financeiros ao longo dos anos, observa-se uma tendência de crescimento no lucro líquido, especialmente entre 2014 e 2018, com um pico em 2018, seguido por uma redução em 2019. Essa variação pode refletir mudanças nas operações, despesas ou receitas financeiras. A depreciação e amortização apresentam uma tendência de aumento ao longo do período, indicando possível expansão de ativos ou aumento na intensidade de amortizações.
Os ajustes relacionados às variações do valor justo dos warrants e à perda no exercício de opções de compra apresentam valores negativos em alguns anos, evidenciando períodos de impacto financeiro de instrumentos derivativos ou opções. O ganho sobre participações societárias mostra um desempenho negativo em 2015 e 2019, o que pode indicar perdas nesses investimentos.
O imposto de renda diferido demonstra oscilações, incluindo valores positivos e negativos, refletindo variações nas obrigações fiscais futuras. Os itens relacionados à compensação de estoques e à equivalência patrimonial também apresentam variações relevantes, indicando mudanças nas despesas relacionadas a remuneração baseada em ações e nos efeitos unitários das participações societárias.
Nos ativos circulantes, há uma tendência de aumento nas contas a receber até 2018, seguida de uma redução significativa em 2019, além de oscilações nos inventários, que atingiram valores negativos em 2016, possivelmente devido a ajustes ou liquidações de estoques. Outros ativos circulantes também exibiram variações, especialmente em 2018 e 2019, refletindo mudanças na composição do ativo de curto prazo.
Quanto às contas a pagar, observa-se uma expansão contínua até 2017, seguida de redução em 2018 e 2019, sugerindo ajustes na gestão de obrigações de curto prazo. As despesas acumuladas e outros passivos também apresentaram oscilações, com períodos de aumento e redução, impactando a estrutura do passivo de curto prazo.
As variações no imposto de renda indicam períodos de pagamento e recuperação de obrigações fiscais, com destaque para picos em 2018. Outros ativos e passivos não circulantes exibem oscilações, refletindo ajustes na estrutura de longo prazo da empresa.
As variações de ativos e passivos operacionais são significativas, especialmente em 2016 e 2018, indicando mudanças relevantes na operação. Os ajustes para conciliar o lucro líquido com o caixa fornecido pelas atividades operacionais evidenciam forte correlação entre lucro e fluxo de caixa operacional, com valores elevados e uma tendência de redução em 2019.
O caixa líquido fornecido pelas atividades operacionais mostra um crescimento expressivo até 2018, seguido por uma redução em 2019, refletindo possível impacto das operações, investimentos ou financiamento. Os investimentos em ativos imobilizados permanecem relativamente elevados e com crescimento constante, indicando investimentos contínuos em infraestrutura.
Os produtos da venda de ativos e empresas, especialmente em 2015, indicam períodos de desinvestimentos estratégicos. As aquisições de negócios e investimentos líquidos variaram consideravelmente, com picos em 2019, sinalizando aquisições e ajustes na carteira de ativos.
O investimento na AmerisourceBergen em 2014 demonstrou impacto financeiro significativo, indicando probably uma aquisição ou investimento relevante. Quanto às atividades de financiamento, destaque para o aumento na dívida de curto prazo até 2019, apesar do pagamento de dívidas ao longo do período, com picos em certos anos, refletindo estratégias de financiamento e gestão de liquidez.
As compras de ações também apresentaram elevada volatilidade, com valores elevados especialmente em 2017, 2018 e 2019, indicando recompra ou programas de buy-back. Os dividendos pagos permanecem relativamente constantes, porém expressivos, refletindo a política de distribuição de lucros.
As atividades de financiamento mostraram uma forte volatilidade, com entradas e saídas expressivas, especialmente em 2018 e 2019, correlacionadas às operações de pagamento de dívidas, recompra de ações e estratégias de gestão de capital.
Por fim, o saldo final de caixa, incluindo equivalentes de caixa e restritos, declinou significativamente em 2019, após uma fase de crescimento consistente até esse momento. Impactos cambiais relativamente pequenos influenciaram marginalmente o caixa, indicando estabilidade cambial nesse período.