Qualcomm Inc. (NASDAQ:QCOM)

Ao analisar a composição dos ativos ao longo dos diferentes períodos, observa-se uma variação significativa na proporção de ativos circulantes e não circulantes. Nos anos iniciais, os ativos circulantes representavam aproximadamente metade do total do ativo, com uma leve oscilação em torno de 50%. Essa proporção apresenta uma redução progressiva até atingir cerca de 42,28% em 2022, seguido de um pequeno aumento para aproximadamente 45,75% em 2024. Essa tendência indica um aumento relativa na participação dos ativos não circulantes no total do ativo ao longo do período analisado, passando de aproximadamente 49% para cerca de 54% em 2024.

Dentro dos ativos circulantes, há uma forte participação de caixa e equivalentes de caixa, cuja proporção diminuiu consideravelmente de 35,92% em 2019 para 5,66% em 2022, antes de registrar uma recuperação para 16,56% em 2023 e uma nova redução para 14,23% em 2024. Essa variação sugere uma possível mudança na estratégia de liquidez ou na utilização de recursos, podendo indicar aumento na utilização de recursos líquidos ou uma redução na disponibilidade de caixa ao longo do período.

Os títulos e valores mobiliários, por sua vez, apresentaram aumento de sua participação de 1,28% em 2019 para 12,85% em 2021, seguido por uma redução para 7,36% em 2022 e novo aumento para 9,88% em 2024. Essa dinâmica indica uma maior alocação de recursos em títulos e valores mobiliários em determinados momentos, possivelmente para fins de investimento ou gestão de liquidez.

Contas a receber, líquidas de provisões, mostraram uma oscilação significativa, iniciando em 3,17% em 2019, aumentando para 7,55% em 2020, e chegando a 8,52% em 2022, antes de uma redução para 4,26% em 2024. Essa evolução pode refletir mudanças na eficiência de cobrança e na gestão de crédito.

Inventários aumentaram sua participação de 4,25% em 2019 para um pico de 12,94% em 2022, indicando uma possível ampliação nos estoques ou mudanças na estratégia de gerenciamento de inventários, antes de uma leve redução para 11,65% em 2024. Essa tendência sugere considerável atenção à gestão de estoques ao longo do tempo.

Ativos mantidos para venda, inicialmente inexistentes, aparecem com uma participação de 1,5% em 2022 e 0,67% em 2023, o que pode indicar desinvestimentos ou a excessão de ativos destinados à venda durante esses períodos.

Os tributos diferidos ativos cresceram de 3,63% em 2019 para 9,36% em 2024, refletindo talvez o reconhecimento de benefícios fiscais acumulados ou o impacto de diferenciais temporários de reconhecimento contábil ao longo do tempo.

O imobilizado líquido, por sua vez, manteve uma participação relativamente estável, com ligeira variação de aproximadamente 9,35% a 11,05%, embora sua participação em 2024 tenha declinado para cerca de 8,46%, indicando possível depreciação avançada ou desinvestimentos nesse ativo.

O valor de boa vontade permaneceu relativamente estável entre cerca de 17,57% e 21,44%, sugerindo uma manutenção constante do reconhecimento de ativos intangíveis associados a aquisições ao longo do período. Outros ativos incorpóreos líquidos apresentaram redução significativa de 6,59% em 2019 para 2,26% em 2024, indicando possível amortização ou retorno de ativos intangíveis.

Em suma, há uma tendência de aumento na participação de ativos não circulantes, especialmente tributos diferidos e ativos intangíveis, enquanto ativos circulantes, especialmente caixa e equivalentes, reduziram sua proporção, embora tenham apresentado alguma recuperação recentemente. Essas mudanças podem refletir ajustes na estratégia de gestão de ativos e passivos da entidade, com maior foco na estrutura de ativos de longo prazo e na gestão de liquidez ao longo do período analisado.