Estrutura do balanço: passivo e patrimônio líquido
Com base em relatórios: 10-K (Data do relatório: 2021-12-31), 10-K (Data do relatório: 2020-12-31), 10-K (Data do relatório: 2019-12-31), 20-F (Data do relatório: 2018-12-31), 20-F (Data do relatório: 2017-12-31).
Ao analisar as tendências financeiras ao longo dos anos considerados, observa-se um incremento significativo na proporção do passivo não circulante em relação ao total do passivo e patrimônio líquido, passando de 31,66% em 2017 para 55,80% em 2021. Essa mudança indica um aumento na concentração de obrigações de longo prazo, refletindo possivelmente uma estratégia de financiamento que privilegia passivos de maturidade mais longa.
Em contrapartida, observa-se uma redução no patrimônio líquido, que caiu de 57,03% em 2017 para 32,45% em 2021, indicando uma diminuição relativa da parcela de recursos próprios na composição do passivo e patrimônio líquido total. Essa diminuição também é evidenciada pelo crescimento do déficit acumulado, que passou de -9,73% para -25,74%, sugerindo um agravamento das perdas acumuladas ao longo dos anos.
O valor de dívidas de longo prazo apresentou um aumento expressivo, de 24,18% em 2017 para 50,67% em 2021, enquanto as dívidas de curto prazo tiveram uma trajetória menos homogênea, com uma alta em 2018 (5,14%) e ausência de dados subsequentes, mas mantendo uma proporção menor em relação ao total do passivo.
O valor referente às ações ordinárias permaneceu relativamente estável em torno de 0,3%, demonstrando uma baixa participação de emissões de ações na estrutura de capital, enquanto o capital superior ao valor nominal apresentou uma tendência de declínio, saindo de 66,36% em 2017 para 65,79% em 2021, indicando possível redução do valor de mercado das ações ou mudanças na composição do patrimônio devido a recompras ou outros fatores.
As ações em tesouraria passaram de uma proporção negativa (considerando-se que é um ajuste na composição do patrimônio) de -1,42% em 2017, chegando a -9,26% em 2021, o que sinaliza aquisições de ações próprias ao longo do período, possivelmente visando suporte ao valor de mercado ou estratégias de gestão de capital.
Por outro lado, o crescimento do percentual de outras receitas abrangentes acumuladas e a evolução do déficit acumulado reforçam uma trajetória de deterioração do resultado financeiro ao longo do período analisado. Além disso, a diminuição do patrimônio líquido total e a redução do patrimônio líquido como percentual do total indicam uma potencial deterioração do valor líquido da companhia, refletindo possíveis dificuldades financeiras ou estratégias de reestruturação que impactam a base de capital próprio.