Estrutura do balanço: passivo e patrimônio líquido
Com base em relatórios: 10-K (Data do relatório: 2023-12-31), 10-K (Data do relatório: 2022-12-31), 10-K (Data do relatório: 2021-12-31), 10-K (Data do relatório: 2020-12-31), 10-K (Data do relatório: 2019-12-31).
Ao analisar a evolução dos indicadores financeiros ao longo do período de 2019 a 2023, observa-se uma tendência de redução no percentual do passivo total e patrimônio líquido representado por "Total do passivo". Este valor caiu de 19,01% em 2019 para 15,05% em 2023, indicando uma diminuição relativa do endividamento ou obrigações financeiras como proporção do total de passivos e patrimônio líquido, o que pode refletir uma maior solidez financeira ou uma gestão mais eficiente das dívidas.
O componente de passivos circulantes manteve-se relativamente estável, situando-se em torno de 12% do passivo total ao longo dos anos, com uma leve tendência de redução. Já os passivos não circulantes apresentaram uma redução significativa de aproximadamente 6% em 2019 para 3% em 2023, indicando uma possível priorização na liquidação ou reestruturação de obrigações de longo prazo.
Os passivos específicos como "Contas a pagar" e "Subsídios promocionais acumulados" mostraram pequenas variações, com aumento na participação de contas a pagar, atingindo 5,83% em 2023, e redução ou estabilização em outros itens de passivo acumulado. A linha de receita diferida reduziu seu peso de 5,58% para 2,11%, refletindo uma diminuição na obrigação de recognition de receita ainda não realizada, o que pode indicar maior reconhecimento de receita à medida que vende ou conclui contratos.
No âmbito do patrimônio líquido, observa-se uma estabilidade em sua participação relativa, permanecendo acima de 80%, chegando a 84,95% em 2023. Destacam-se os lucros não distribuídos, que ao longo do período tiveram participação elevada, chegando a aproximadamente 61,32% em 2023, embora tenha apresentado um significativo decréscimo em relação a 2022. Isso sugere uma possível distribuição de lucros ou uma diminuição nas reservas acumuladas.
O capital adicional realizado apresentou declínio ao longo do período, passando de 85,38% em 2019 para 51,36% em 2023, refletindo uma possível redução na emissão de novas ações ou em aportes de capital adicional pelos acionistas.
Outro ponto relevante é a significativa redução na quantidade de ações ordinárias em tesouraria, cujo valor caiu de uma média de aproximadamente -101% em 2019 para -26,49% em 2023, indicando um esforço de recompra de ações, o que pode impactar positivamente o valor por ação e os resultados por ação.
Por fim, itens como "Outras receitas (perdas) abrangentes acumuladas" apresentaram variações negativas, sinalizando perdas não realizadas ou ajustes contábeis, enquanto outros itens permanecem relativamente estáveis ou com leves oscilações, refletindo estabilidade na composição do passivo e do patrimônio líquido, embora com sinais de racionalização e ajuste na estrutura de capital ao longo do período considerado.