Marriott International Inc. (NASDAQ:MAR)

Ao analisar as tendências dos índices de liquidez ao longo do período avaliado, verifica-se uma evolução de baixa a moderada em seus valores, com variações distintas entre os diferentes tipos de índice.

Índice de liquidez corrente

Inicialmente medido em torno de 0,6 em março de 2015, apresenta uma trajetória de declínio constante até alcançar valores próximos de 0,42 em março de 2019, indicando uma redução na capacidade de cobrir obrigações de curto prazo com ativos circulantes. Contudo, há uma melhora subsequente, chegando a 0,62 em dezembro de 2017, o que demonstra recuperação em determinados períodos, embora os valores permaneçam abaixo de 1 na maior parte do tempo.

Índice de liquidez rápida

Iniciando em 0,43 em março de 2015, também apresenta tendência de declínio ao longo do período, atingindo níveis próximos de 0,38 em setembro de 2019. Ainda assim, ocorrem picos temporários, como em dezembro de 2017, onde chega a 0,46, indicando melhorias pontuais na capacidade de liquidar dívidas de curto prazo excluindo estoques. A volatilidade dos valores sugere oscilações na liquidez imediata da empresa durante o período avaliado.

Índice de liquidez de caixa

Este índice demonstra maior volatilidade e baixos valores, partindo de 0,04 em março de 2015, com oscilações até atingir 0,27 em dezembro de 2019. Os valores extremamente baixos em vários períodos indicam uma dependência significativa de ativos líquidos para cobrir obrigações, com melhorias pontuais na liquidez de caixa ao longo do tempo. Destaca-se uma alta em dezembro de 2019, que pode refletir uma gestão mais eficiente de recursos líquidos ou mudanças na composição de ativos.

De modo geral, os índices de liquidez mostram sinais de deterioração ao longo do período inicial, com subsequente leve recuperação ou estabilização em alguns períodos finais. Apesar de melhorias pontuais, todos os índices permanecem abaixo de níveis considerados ideais de 1, o que sugere uma posição de liquidez relativamente apertada e uma necessidade potencial de atenção na gestão de ativos circulantes e liquidez de caixa.

O ativo circulante apresentou variações ao longo do período analisado, observando-se um aumento significativo entre o primeiro trimestre de 2015 e o último de 2019, passando de aproximadamente US$ 1.828 milhões para cerca de US$ 3.127 milhões, atingindo um pico de US$ 4.049 milhões no terceiro trimestre de 2020. Essa tendência indica uma expansão dos ativos líquidos de curto prazo, que pode estar relacionada à estratégia de gestão de liquidez ou ao crescimento operacional da empresa.

Por outro lado, o passivo circulante apresentou uma evolução mais acentuada, passando de aproximadamente US$ 3.030 milhões em março de 2015 para US$ 6.516 milhões em setembro de 2017, e posteriormente atingindo um valor superior a US$ 6.700 milhões em setembro de 2019. Apesar do aumento, o passivo permaneceu em patamares superiores ao ativo circulante na maior parte do período, o que impacta diretamente a liquidez da empresa.

O índice de liquidez corrente demonstrou uma tendência de declínio acentuado até o primeiro trimestre de 2016, começando de aproximadamente 0.6 em março de 2015 para 0.43 em dezembro de 2015. Após essa redução, o índice apresentou certa recuperação, atingindo valores próximos a 0.72 em dezembro de 2016, um pico relativamente alto. Contudo, a partir de então, houve uma oscilação de menor magnitude, sendo observado um valor de 0.62 no final do período de análise, ainda indicando uma liquidez relativamente apertada, já que valores abaixo de 1 sugerem que o ativo circulante não é suficiente para cobrir completamente o passivo circulante.

Em síntese, observa-se que, apesar do crescimento tanto do ativo quanto do passivo circulante ao longo do tempo, a liquidez da empresa permaneceu relativamente baixa, refletindo potencialmente desafios na gestão de liquidez ou uma estratégia de financiamento com maior alavancagem de curto prazo. As oscilações no índice de liquidez corrente indicam períodos de melhora e deterioração na capacidade de cumprir obrigações de curto prazo, o que deve ser avaliado em conjunto com outros indicadores financeiros para uma análise mais aprofundada da saúde financeira da organização.

Ao analisar os dados financeiros fornecidos, observa-se que o total de ativos rápidos apresentou variações ao longo do período. No início de 2015, o valor era de aproximadamente US$ 1.292 milhões, experimentando uma leve flutuação até o final de 2015, quando atingiu US$ 1.199 milhões. No primeiro trimestre de 2016, houve um aumento para US$ 1.242 milhões, seguindo-se uma tendência de crescimento contínuo até atingir o pico de US$ 3.828 milhões no último trimestre de 2020, indicando uma ampliação significativa na liquidez de ativos de rápida conversão ao longo do período analisado.

O passivo circulante apresentou uma tendência de aumento ao longo do período, iniciando em aproximadamente US$ 3.030 milhões no primeiro trimestre de 2015 e chegando a US$ 6.677 milhões no terceiro trimestre de 2020. Notavelmente, houve picos em certos períodos, como no terceiro trimestre de 2016 e no terceiro trimestre de 2020, demonstrando uma elevação contínua das obrigações de curto prazo, o que pode indicar maior endividamento ou aumento nas obrigações operacionais em função do crescimento da atividade.

O índice de liquidez rápida, que mede a capacidade de pagamento immediate do passivo circulante com ativos líquidos, exibiu variações ao longo do período. Inicialmente, o índice estava em torno de 0,43 no início de 2015, depreciando-se para valores próximos de 0,35 a 0,38, indicando uma situação de liquidez relativamente reduzida nesse período. Entretanto, no terceiro trimestre de 2016, houve um aumento para 0,56, atingindo níveis de 0,5 a 0,59 até o final de 2020. Essa melhora sugere que a empresa conseguiu, ao longo do tempo, consolidar ativos líquidos mais disponíveis para cobrir suas obrigações de curto prazo, embora ainda mantenha uma liquidez moderada.

De modo geral, observa-se uma expansão nos ativos líquidos disponíveis, acompanhada de aumento das obrigações de curto prazo, resultando em oscilações no índice de liquidez rápida. A tendência de crescimento nos passivos circulantes e ativos líquidos indica uma possível estratégia de expansão operacional, alimentada por um aumento proporcional na liquidez de ativos. A melhora do índice de liquidez rápida ao longo do período sugere uma gestão eficiente de ativos líquidos, fortalecendo a capacidade de atender às obrigações de curto prazo, apesar do aumento nas dívidas.

Ao analisar a evolução do total de ativos de caixa ao longo do período avaliado, observa-se que houve um aumento significativo de aproximadamente 120 milhões de dólares em março de 2015 para um pico de cerca de 1.760 milhões de dólares em março de 2020. Este crescimento indica uma efetiva ampliação na liquidez de caixa, embora as variações ao longo dos trimestres não tenham sido lineares, apresentando flutuações pontuais.

O passivo circulante apresentou tendência de crescimento contínuo ao longo do período, partindo de aproximadamente 3.030 milhões de dólares em março de 2015 para cerca de 6.677 milhões de dólares em setembro de 2019, com um pequeno decréscimo até março de 2020. Esse aumento sugere uma expansão nas obrigações de curto prazo, o que pode refletir estratégias de financiamento ou crescimento das operações, embora a magnitude do passivo também tenha contribuído para a variação nos índices de liquidez.

O índice de liquidez de caixa apresentou comportamento bastante variável, iniciando em 0,04 em março de 2015, e mantendo valores baixos na maior parte do período, com alguns picos pontuais, por exemplo, atingindo 0,21 entre junho e setembro de 2016, e posteriormente retornando a níveis muito próximos de 0,05 a 0,06 na maior parte de 2018 e 2019. Em março de 2020, houve um aumento expressivo para 0,27, provavelmente refletindo uma maior liquidez de caixa em relação às obrigações de curto prazo neste momento, possivelmente devido a estratégias de gerenciamento de liquidez ou precauções diante do cenário econômico.

De modo geral, o padrão revela um aumento substancial no caixa, paralelo ao crescimento do passivo circulante, com períodos de melhora e deterioração na liquidez relativa. A continuidade do aumento do caixa, apesar de oscilações nos índices, sugere uma gestão que tende a reforçar a liquidez de curto prazo em determinados momentos, possivelmente como medida de resguardo ou estabilidade financeira.