Kraft Foods Group Inc. (NASDAQ:KRFT)

Os indicadores de liquidez da empresa mostram uma tendência geral de deterioração ao longo do período analisado.

O índice de liquidez corrente apresentou um aumento de 1,34 para 1,44 do final de 2012 para o final de 2013, refletindo uma melhora na capacidade de cobrir dívidas de curto prazo com ativos circulantes. Entretanto, houve uma redução significativa no final de 2014, chegando a 1, o que indica uma diminuição na margem de segurança para o pagamento de obrigações de curto prazo.

O índice de liquidez rápida (ou teste ácido) também indicou uma melhora de 0,65 para 0,8 de 2012 para 2013, demonstrando que, excluindo estoques, a capacidade de liquidez se fortaleceu nesse período. Porém, em 2014, esse índice recuou para 0,5, sugerindo uma queda na liquidez de ativos mais líquidos, o que pode indicar menor flexibilidade financeira na ausência de estoques.

O índice de liquidez de caixa mostrou uma tendência de crescimento de 0,35 para 0,49 entre 2012 e 2013, indicando um aumento na proporção de ativos líquidos disponíveis para pagamento de dívidas imediatas. Contudo, esse indicador caiu para 0,27 em 2014, sinalizando uma redução na capacidade de honrar obrigações de curto prazo apenas com os recursos em caixa ou equivalentes de caixa.

De modo geral, apesar de melhorias pontuais em 2013, a tendência de queda nos índices de liquidez em 2014 sugere uma diminuição na margem de segurança financeira no curto prazo, o que pode refletir desafios na gestão de ativos líquidos ou aumento nas obrigações de curto prazo que não foram totalmente compensados por aumentos em ativos líquidos disponíveis.

Ativo circulante

O valor do ativo circulante apresentou estabilidade, com ligeira variação ao longo do período. Houve um aumento de aproximadamente 1,8% do final de 2012 para o final de 2013, seguido por uma redução de cerca de 2,5% até o final de 2014, indicando uma leve diminuição na liquidez geral de curto prazo ao longo do período analisado.

Passivo circulante

O passivo circulante mostrou crescimento entre o final de 2013 e o final de 2014, aumentando aproximadamente 39,4% nesse intervalo. Essa elevação aponta para um aumento nas obrigações de curto prazo, que pode impactar a liquidez da empresa nesse período.

Índice de liquidez corrente

O índice de liquidez corrente apresentou uma melhora significativa de 2012 para 2013, passando de 1,34 para 1,44, indicando uma melhora na capacidade de pagamento de obrigações de curto prazo naquele ano. No entanto, esse índice reduziu para 1,00 em 2014, retornando ao nível de equilíbrio, o que sugere uma tendência de deterioração na liquidez de curto prazo ou um aumento nas obrigações relativas aos ativos circulantes.

De modo geral, observa-se estabilidade nos ativos circulantes nos dois primeiros anos, seguida por uma redução que, combinada ao aumento do passivo circulante, resulta na diminuição do índice de liquidez corrente em 2014. Essa combinação indica que a empresa pode estar enfrentando desafios na manutenção de sua liquidez de curto prazo, necessitando de atenção às estratégias de gerenciamento de ativos e passivos circulantes ao longo do período.

Total de ativos rápidos

Observa-se um aumento do total de ativos rápidos de aproximadamente 2.344 milhões de dólares em 2012 para cerca de 2.734 milhões em 2013, indicando uma expansão na liquidez de curto prazo. Contudo, em 2014, ocorre uma redução para aproximadamente 2.373 milhões, sinalizando uma leve contração nesse ativo, embora ainda mantenha um nível superior ao registrado em 2012.

Passivo circulante

O passivo circulante apresentou uma diminuição de aproximadamente 3.606 milhões de dólares em 2012 para 3.410 milhões em 2013, sugerindo uma redução na obrigação de curto prazo no período. Contudo, em 2014, ocorre um incremento expressivo para cerca de 4.773 milhões, indicando um aumento significativo nas dívidas de curto prazo, o que pode impactar a liquidez da empresa.

Índice de liquidez rápida

O índice de liquidez rápida aumentou de 0,65 em 2012 para 0,8 em 2013, refletindo uma melhora na capacidade de cobrir obrigações de curto prazo com ativos líquidos. Em 2014, contudo, há uma redução acentuada para 0,5, o que sugere uma deterioração na liquidez rápida, possivelmente devido ao aumento excessivo do passivo circulante ou à redução de ativos líquidos disponíveis para cobrir dívidas imediatas.

Dinâmica dos ativos de caixa:

Observa-se um aumento nos ativos de caixa de 2012 para 2013, passando de US$ 1.255 milhões para US$ 1.686 milhões, refletindo uma expansão no caixa disponível. No entanto, em 2014, há uma redução para US$ 1.293 milhões, indicando uma diminuição do caixa em relação ao ano anterior, embora permaneça acima do nível de 2012.

Variação do passivo circulante:

O passivo circulante apresentou uma elevação significativa em 2014, atingindo US$ 4.773 milhões após uma redução de 2012 para 2013, quando foi de US$ 3.410 milhões. Este aumento sugere um aumento na pressão de obrigações de curto prazo ou uma estratégia de financiamento de curto prazo mais agressiva no último ano avaliado.

Índice de liquidez de caixa:

O índice melhorou de 0,35 em 2012 para 0,49 em 2013, indicando uma melhora na capacidade de cobrir as obrigações de curto prazo com o caixa disponível. Contudo, em 2014, o índice voltou a cair para 0,27, sinalizando uma deterioração na liquidez, e uma menor margem de segurança para honrar as dívidas de curto prazo com os recursos líquidos disponíveis.

Considerações gerais:

Ao longo do período analisado, nota-se uma tendência de aumento no passivo circulante, acompanhada por uma oscilação nos ativos de caixa e na liquidez. O crescimento do passivo e a diminuição do índice de liquidez de caixa em 2014 sugerem uma possível pressão financeira de curto prazo ou uma mudança na estrutura de capital da organização. Acompanyamento contínuo desses indicadores pode ser importante para avaliar a sustentabilidade da liquidez a longo prazo.