Demonstração dos fluxos de caixa
A demonstração de fluxo de caixa fornece informações sobre recebimentos de caixa e pagamentos de caixa de uma empresa durante um período contábil, mostrando como esses fluxos de caixa vinculam o saldo de caixa final ao saldo inicial mostrado no balanço patrimonial da empresa.
A demonstração dos fluxos de caixa consiste em três partes: fluxos de caixa fornecidos por (usados em) atividades operacionais, fluxos de caixa fornecidos por (usados em) atividades de investimento e fluxos de caixa fornecidos por (usados em) atividades de financiamento.
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- Balanço: ativo
- Estrutura do balanço: passivo e patrimônio líquido
- Análise de índices de rentabilidade
- Análise dos rácios de actividade a longo prazo
- Análise de segmentos reportáveis
- Modelo de precificação de ativos de capital (CAPM)
- Índice de liquidez corrente desde 2012
- Índice de dívida sobre patrimônio líquido desde 2012
- Relação preço/lucro líquido (P/E) desde 2012
- Relação preço/receita (P/S) desde 2012
Aceitamos:
Com base em relatórios: 10-K (Data do relatório: 2014-12-27), 10-K (Data do relatório: 2013-12-28), 10-K (Data do relatório: 2012-12-29).
Ao analisar as tendências financeiras ao longo dos três períodos considerados, observa-se uma variação significativa no lucro líquido, que apresentou aumento de 2012 para 2013, atingindo US$ 2.715 milhões, seguido de uma redução expressiva em 2014 para US$ 1.043 milhões. Essa oscilação sugere modificações na rentabilidade operacional ou itens não recorrentes impactantes no resultado do último ano.
As despesas de depreciação e amortização mostraram-se relativamente estáveis, com uma leve diminuição de 428 milhões em 2012 para 385 milhões em 2014, indicando uma manutenção ou leve amortização de ativos ao longo do período.
As despesas relacionadas à compensação baseada em ações aumentaram progressivamente, passando de US$ 54 milhões em 2012 para US$ 95 milhões em 2014, refletindo possivelmente uma expansão nos programas de remuneração de ações ou aumento no valor atribuído a esses benefícios.
A provisão para imposto de renda diferido apresentou uma forte alta em 2013, passando de US$ 470 milhões para US$ 708 milhões, seguido de uma reversão significativa em 2014, com uma provisão negativa de US$ 361 milhões, indicando ajuste em obrigações fiscais diferidas ou mudanças na estimativa de passivos fiscais futuros.
Imparidades de ativos permaneceram constantes em US$ 28 milhões em 2012 e 2013, sem dados posteriores disponíveis, o que sugere estabilidade nesta linha neste período analisado.
Impactos relacionados ao mercado nos planos de benefícios pós-emprego mostraram uma trajetória bastante volátil, com um impacto negativo de US$ 1.561 milhões em 2013, seguido por uma recuperação de US$ 1.341 milhões em 2014. Este comportamento indica uma forte correção nos planos de benefícios, possivelmente devido a variações nas taxas de mercado ou mudanças nas premissas atuariais.
Outras despesas não monetárias apresentaram uma redução contínua, de US$ 159 milhões em 2012 para US$ 67 milhões em 2014, refletindo uma diminuição nos ajustes contábeis ou despesas não monetárias relacionadas às operações.
Contas a receber líquidas tiveram forte redução, de US$ 220 milhões em 2012 para US$ -22 milhões em 2014, indicando melhorias na gestão de recebíveis ou maior eficiência na cobrança de contas. Por outro lado, inventários apresentaram variações consideráveis, iniciando em US$ 21 milhões, aumentando para US$ 235 milhões em 2013, e então caindo para US$ -53 milhões em 2014, sugerindo gerenciamento ativo do estoque ou mudanças na estratégia de inventários.
Contas a pagar evoluíram de US$ -241 milhões em 2012 para US$ 45 milhões em 2013 e mantiveram-se neste nível em 2014, refletindo uma possível melhoria na gestão do passivo ou maior controle sobre as obrigações de pagamento.
Os outros ativos e passivos circulantes apresentaram movimentos variados, com retrações de dívidas e ativos circulantes, além de variações na conta de variação do ativo e passivo. Essas linhas indicam mudanças na composição do ciclo operacional e financeiro em diferentes períodos.
Variações relacionadas a pensões e pós-reforma também mostraram tendência de redução, de US$ -113 milhões em 2012 e US$ -532 milhões em 2013, chegando a US$ -315 milhões em 2014, possivelmente refletindo ajustes nas obrigações de plano de benefício ou movimentações de mercado afetando os ativos e passivos correlacionados.
O ajuste para conciliar o lucro líquido com os fluxos de caixa operacionais foi altamente variável, apresentando um valor positivo expressivo de US$ 1.393 milhões em 2012, uma reversão de US$ -672 milhões em 2013, e posteriormente outro valor positivo de US$ 977 milhões em 2014, sugerindo ajustes não monetários significativos na reconciliação do fluxo de caixa.
O caixa líquido fornecido pelas atividades operacionais permaneceu relativamente constante, em torno de US$ 2.020 a US$ 3.035 milhões, com um pico em 2012, refletindo a geração sustentável de caixa operacional ao longo dos anos.
Nas atividades de investimento, observou-se uma tendência de investimentos contínuos na aquisição de ativos, com desembolsos que variaram entre US$ 440 milhões e US$ 557 milhões ao longo do período, indicando uma estratégia de expansão ou manutenção de ativos produtivos. As receitas provenientes da venda de bens do ativo imobilizado também aumentaram em 2013, embora tenham recuado em 2014.
O caixa líquido utilizado nas atividades de investimento mostrou-se constante em torno de US$ -422 a US$ -535 milhões, refletindo gastos contínuos em investimentos ou aquisições.
Na esfera de financiamento, destacam-se vários pontos: a ausência de pagamento de dividendos em 2012, porém, pagamentos significativos em 2013 e 2014, totalizando US$ 1.207 milhões e US$ 1.266 milhões, respectivamente. Além disso, houve recompra de ações que somou US$ 740 milhões em 2014, indicando uma política de retorno de capital aos acionistas.
Receitas provenientes do exercício de opções de compra de ações aumentaram ao longo do período, chegando a US$ 115 milhões em 2014, potencialmente contribuindo para o financiamento de programas de remuneração de ações.
As receitas de dívida de longo prazo foram elevadas em 2012, alcançando US$ 5.963 milhões, porém não há dados posteriores disponíveis. Transferências líquidas para Mondelēz International ocasionaram um impacto negativo de US$ 7.210 milhões em 2012, sugerindo uma significativa transferência de ativos ou passivos, enquanto demais atividades de financiamento mostraram variações menores, refletindo ajustes na estrutura de capital.
O caixa líquido utilizado em atividades de financiamento foi expressivo em todos os anos, atingindo valores entre US$ -1.171 milhões e US$ -1.866 milhões, conduzindo a uma redução do caixa de final de período e indicando pagamento de dívidas ou recompra de ações como principais fatores.
Finalmente, as variações cambiais tiveram impacto marginal sobre o caixa, enquanto o saldo de caixa e equivalentes apresentou aumento em 2012, porém recuou em 2014, resultando em saldo final de US$ 1.293 milhões, abaixo do pico de US$ 1.686 milhões em 2013, consolidando a redução de liquidez ao longo do período.