Kraft Foods Group Inc. (NASDAQ:KRFT)

Ao analisar as tendências dos múltiplos financeiros trimestrais, nota-se uma variação significativa nos indicadores ao longo do período considerado.

O rácio preço/lucro líquido (P/E) apresentou um aumento acentuado a partir de um valor relativamente baixo no último trimestre de 2012, chegando a um pico no primeiro trimestre de 2015. Essa elevação indica uma valorização crescente do mercado em relação ao lucro líquido da empresa ao longo do tempo, especialmente a partir de 2014, quando o índice atingiu valores expressivos, indicando potencialmente expectativas otimistas ou uma redução no lucro líquido.

O rácio preço/resultado operacional (P/OP) seguiu um padrão semelhante ao do P/E, com uma tendência de aumento ao longo dos trimestres. Inicialmente razoavelmente estável, esse indicador também registrou um crescimento notável a partir de 2014, refletindo uma valorização do mercado em relação ao resultado operacional da empresa, o que pode sugerir uma melhora na expectativa de rentabilidade futura ou uma maior preferência de mercado por suas ações.

O índice preço/receita (P/S) exibiu uma trajetória de crescimento contínuo, embora de forma mais moderada, ao longo do período. Sua escalada a partir de meados de 2012 até o início de 2015 reforça a percepção de maior valorização do mercado em relação às receitas da empresa, podendo indicar expectativas de crescimento ou de maior margem de rentabilidade futura.

Por fim, o índice preço/valor contabilístico (P/BV) apresentou um comportamento de aumento progressivo ao longo do período, passando de valores inferiores a 4 no início de 2012 para atingir valores superiores a 11 no primeiro trimestre de 2015. O crescimento expressivo neste índice sugere uma valorização significativa dos ativos patrimoniais da empresa pelo mercado, possivelmente refletindo expectativas de retorno sobre o patrimônio ou percepções de valor agregado crescente.

Em síntese, todos os múltiplos analisados indicam uma tendência de valorização progressiva ao longo do período, com períodos de maior leveza nos indicadores até meados de 2014, seguidos por aumentos expressivos em 2014 e início de 2015. Esses padrões podem refletir uma melhora nas expectativas de desempenho e rentabilidade, além de um mercado mais otimista em relação à companhia ao longo do tempo.

A análise dos dados financeiros trimestrais revela várias tendências e mudanças relevantes ao longo do período avaliado.

Preço das ações

O preço das ações apresentou uma trajetória de crescimento contínuo ao longo do período. Inicialmente, em março de 2012, o valor era de US$44, chegando a um pico de US$85,88 em março de 2015. Após alguns oscillamentos menores, há uma tendência de valorização significativa, evidenciando uma crescente confiança do mercado ou valorização do ativo ao longo do tempo.

Lucro por ação (EPS)

O EPS apresenta uma evolução positiva, especialmente a partir de setembro de 2012, quando surgem os primeiros registros. Houve aumento consistente até o terceiro trimestre de 2014, atingindo um pico de US$4,66. Contudo, há uma queda expressiva no trimestre de março de 2015, com o EPS recuando para US$1,62, indicando uma possível redução na lucratividade ou eventos excepcionais nesse período. Essa oscilação sugere uma melhora na rentabilidade em determinados períodos, seguida de uma desaceleração ou impacto negativo posterior.

Rácio P/E (Preço sobre Lucro)

O rácio P/E apresentou variações marcantes, refletindo as mudanças tanto no preço das ações quanto no EPS. Entre os períodos em que o EPS foi mais elevado, o P/E atingiu valores superiores a 50, como em dezembro de 2014 (53,01), indicando uma avaliação potencialmente mais otimista do mercado ou expectativas de crescimento futuro. Por outro lado, há períodos de redução do P/E, como em dezembro de 2013 (17,28) e junho de 2014 (12,07), sugerindo uma maior cautela ou menos otimismo acerca das perspectivas da empresa. A relação chega a atingir valores expressivos (36,18 em março de 2015), refletindo a combinação do aumento no preço das ações e a diminuição do EPS nesse período, o que pode indicar uma expectativa de recuperação ou reavaliação de mercado.

Ao analisar os dados financeiros trimestrais, observa-se um aumento consistente no preço das ações ao longo do período de março de 2012 a março de 2015, passando de US$ 44,00 para US$ 85,88. Essa valorização indica uma valorização significativa do mercado na percepção da empresa ao longo dos três anos analisados.

O lucro operacional por ação apresenta uma tendência de crescimento a partir do segundo trimestre de 2012, com valores que evoluem de forma ascendente até atingir seu pico no terceiro trimestre de 2013, chegando a 7,87 dólares por ação. Esse aumento reflete uma melhora na performance operacional da empresa nesse período. Após esse pico, ocorre uma redução progressive até o último trimestre considerado, com valores de 2,92 dólares, indicando possível deterioração da margem operacional ou efeitos de fatores externos e internos que impactaram a lucratividade.

O índice P/OP (preço sobre lucro operacional) demonstra uma forte variação ao longo do período. Nos trimestres iniciais de 2012, dados não estão disponíveis, mas a partir do segundo trimestre de 2012 há uma tendência de oscilação. De um valor relativamente baixo em torno de 7,16 a 7,65, até o terceiro trimestre de 2013, ocorre um aumento expressivo no fim de 2014, chegando a 29,45. Esse aumento sugere uma valorização do preço das ações relativamente a uma possível redução do lucro operacional ou uma expectativa de crescimento futuro, o que elevou o índice de P/OP a níveis elevados. A alta do P/OP pode refletir uma maior confiança do mercado ou uma expectativa de melhorias operacionais não refletidas imediatamente nos lucros.

Em síntese, a análise indica que a valorização do preço das ações ocorreu de forma contínua e significativa, enquanto o lucro operacional por ação apresentou aumento até 2013, seguido de declínio na sua margem. O índice P/OP, por sua vez, refletiu uma volatilidade expressiva, elevando-se consideravelmente ao longo do período, sobretudo na segunda metade de 2014, indicando possíveis expectativas de crescimento ou mercados mais otimistas em relação ao desempenho futuro da empresa.

Ao analisar os dados disponíveis, observa-se uma tendência de valorização contínua das ações ao longo do período considerado, com o preço das ações crescendo de 44 dólares em março de 2012 para aproximadamente 86 dólares em março de 2015. Essa valorização sugere uma melhora na percepção do mercado em relação à empresa ou uma valorização geral do mercado de ações durante esse período.

Embora os dados de vendas por ação não estejam disponíveis para os trimestres de 2012, a partir de 2013 há uma estabilidade relativa em torno de valores próximos a 30,5 dólares por ação. Isso indica que, apesar do aumento significativo no preço das ações, o valor das vendas por ação permaneceu relativamente constante nesse período, possivelmente refletindo estabilidade na receita por ação ou na estratégia de negócios.

O rácio P/S (preço sobre vendas), que é uma métrica utilizada para avaliar a valorização de mercado em relação às vendas, mostra uma tendência de aumento ao longo do tempo, iniciando em 1,67 e alcançando 2,79 em março de 2015. Esse aumento indica que o mercado passou a atribuir uma maior valorização às vendas da empresa, possivelmente por expectativa de crescimento, melhorias na rentabilidade ou outros fatores considerados positivos pelos investidores.

No geral, a combinação do aumento do preço das ações com a estabilização das vendas por ação e a elevação do rácio P/S sugere que os investidores passaram a valorizar a empresa de forma mais otimista, mesmo que os valores de vendas por ação tenham se mantido relativamente estáveis. Essa dinâmica pode refletir expectativas de crescimento futuro ou melhorias na eficiência operacional e no desempenho geral da companhia.

Ao analisar as tendências observadas nos dados apresentados, nota-se que o preço das ações apresentou uma valorização consistente ao longo do período, começando em $44 na última semana de março de 2012 e atingindo $85,88 na última semana de março de 2015. Essa trajetória indica um aumento contínuo no valor de mercado das ações durante o período analisado, com períodos de maior crescimento particularmente perceptíveis entre o final de 2014 e o início de 2015.

O valor contábil por ação (BVPS), por sua vez, demonstrou uma volatilidade significativa. Iniciando em $29,16 no final de março de 2012, apresentou uma forte redução até o início de 2013, atingindo valores próximos de $6.02. No entanto, após esse ponto, houve uma recuperação gradual, chegando a aproximadamente $9,49 na última semana de dezembro de 2014, e finalizando com $7,63 em março de 2015. Essa mudança informa uma possível deterioração do valor contábil por ação ao longo do tempo, seguida de uma ligeira recuperação ao final do período.

O rácio P/BV (Preço versus valor contábil por ação) refletiu essas variações. No início de 2012, esse índice esteve em 1,51, ampliando-se rapidamente até cerca de 8,58 no final de março de 2013. Após esse pico, o rácio mostrou uma tendência de declínio, estabilizando por volta de 5,83 a 28 de setembro de 2014, antes de retomar uma trajetória ascendente, fechando em 11,25 na última semana de março de 2015. Essa dinâmica indica que, apesar de o preço das ações ter aumentado de forma bastante expressiva, o valor contábil por ação não acompanhou proporcionalmente essa valorização, resultando em variações significativas no índice P/BV ao longo do período.

Em suma, os dados revelam uma fase de crescimento sustentado no valor de mercado, acompanhado por uma diminuição e posterior recuperação do valor contábil por ação, resultando em flutuações pronunciadas no rácio P/BV. Essas informações sugerem que a valorização das ações não foi inteiramente respaldada por aumentos correspondentes nos ativos contábeis, indicando possíveis mudanças nos percepciones de mercado, na avaliação dos ativos ou na percepção de valor da companhia ao longo do período analisado.