Balanço patrimonial: passivo e patrimônio líquido
O balanço patrimonial fornece aos credores, investidores e analistas informações sobre os recursos (ativos) da empresa e suas fontes de capital (seu patrimônio líquido e passivos). Normalmente, também fornece informações sobre a capacidade de ganhos futuros dos ativos de uma empresa, bem como uma indicação dos fluxos de caixa que podem vir de recebíveis e estoques.
O passivo representa obrigações de uma empresa decorrentes de eventos passados, cuja liquidação deve resultar em uma saída de benefícios econômicos da entidade.
Área para usuários pagantes
Experimente gratuitamente
Monsanto Co. páginas disponíveis gratuitamente esta semana:
- Demonstração de resultados
- Balanço: ativo
- Estrutura do balanço: passivo e patrimônio líquido
- Análise de segmentos reportáveis
- Análise de áreas geográficas
- Relação preço/ FCFE (P/FCFE)
- Valor presente do fluxo de caixa livre sobre o patrimônio líquido (FCFE)
- Índice de margem de lucro líquido desde 2005
- Relação preço/lucro líquido (P/E) desde 2005
- Análise de receitas
Aceitamos:
Com base em relatórios: 10-K (Data do relatório: 2017-08-31), 10-K (Data do relatório: 2016-08-31), 10-K (Data do relatório: 2015-08-31), 10-K (Data do relatório: 2014-08-31), 10-K (Data do relatório: 2013-08-31), 10-K (Data do relatório: 2012-08-31).
Ao analisar as tendências apresentadas nos dados financeiros, observa-se um aumento expressivo na dívida de curto prazo, passando de US$ 36 milhões em 2012 para um pico de US$ 2.587 milhões em 2016, seguido por uma redução para US$ 870 milhões em 2017. Essa evolução indica um crescimento na necessidade de financiamentos de curto prazo ao longo do período, possivelmente associado a aumentos na liquidez exigida para operações ou aquisições pontuais.
As contas a pagar mostram uma tendência de crescimento ao longo dos anos, embora de forma menos acentuada comparado à dívida de curto prazo, passando de US$ 794 milhões em 2012 para US$ 1.068 milhões em 2017. Similarmente, o imposto de renda a pagar apresenta um aumento considerável em 2015, seguido por redução, sugerindo variações na carga tributária ou no reconhecimento de obrigações fiscais.
Os itens relacionados a remuneração e benefícios acumulados, além de programas de marketing acumulados, demonstram crescimento, refletindo possivelmente estratégias de expansão, investimento em marketing ou aumento na folha de pagamento. Especificamente, os programas de marketing acumulados aumentaram de US$ 1.281 milhões em 2012 para US$ 1.918 milhões em 2017, indicando maior investimento ou expansão das ações promocionais.
Os valores de receitas diferidas apresentaram flutuações, porém, mostram uma tendência de aumento de US$ 396 milhões em 2012 para US$ 727 milhões em 2017, sugerindo maior entrada de receitas ainda não realizadas, possivelmente devido à expansão de contratos e acordos que reconhecem receitas ao longo do tempo.
Os acréscimos de produção dos produtores tiveram redução significativa de 2012 a 2015, estabilizando-se em valores baixos, com um leve aumento até 2017. Este padrão pode indicar redução na necessidade de ajustes relacionados à produção ou mudanças na política de estoques.
Os dividendos a pagar mantiveram-se relativamente estagnados, variando pouco ao longo do período. Por outro lado, itens como cliente a pagar apresentam aumento de US$ 14 milhões em 2012 para US$ 106 milhões em 2017, refletindo maior volume de obrigações a serem quitadas a clientes ou fornecedores.
Reservas de reestruturação começaram a ser registradas a partir de 2014, atingindo US$ 227 milhões em 2017, o que sugere iniciativas de reestruturação da empresa nesse período. Outros passivos também apresentaram estabilidade relativa, porém com variações que indicam ajustes na composição do passivo.
O passivo circulante tem suas maiores variações, elevando-se de US$ 4.221 milhões em 2012 para US$ 6.398 milhões em 2017, enquanto o passivo não circulante apresentou aumento expressivo de 2012 a 2015, chegando a US$ 8.477 milhões, posteriormente estabilizando-se. O total do passivo evidencia crescimento substancial de 2012 a 2015, atingindo US$ 14.015 milhões, e depois estabilidade com leves oscilações.
O patrimônio líquido da empresa passou por uma redução significativa de US$ 11.833 milhões em 2012 para US$ 4.534 milhões em 2016, refletindo perdas ou distribuições maior do que lucros acumulados nesse período. Em 2017, observa-se recuperação, com incremento para US$ 6.438 milhões, impulsionado principalmente pelos lucros não distribuídos, que cresceram de US$ 5.537 milhões em 2012 para US$ 12.072 milhões em 2017.
Os valores de ações em tesouraria, por outro lado, mostraram uma redução acentuada de -US$ 3.045 milhões em 2012 para -US$ 15.053 milhões em 2016, permanecendo nesse valor até 2017, indicando uma política de recompra ou redução de ações em circulação que impactou negativamente o patrimônio líquido devido ao aumento do valor de ações em tesouraria.
Ao final do período, nota-se que o total do passivo e patrimônio líquido apresentou queda de US$ 20.224 milhões em 2012 para US$ 21.333 milhões em 2017, refletindo alterações no balanço, com destaque para o aumento do passivo total e a recuperação do patrimônio líquido na última etapa analisada. Esses movimentos sugerem uma estratégia de alavancagem moderada e uma recuperação de valor patrimonial ao longo do ciclo analisado.