Estrutura do balanço: passivo e patrimônio líquido
Com base em relatórios: 10-K (Data do relatório: 2025-04-25), 10-K (Data do relatório: 2024-04-26), 10-K (Data do relatório: 2023-04-28), 10-K (Data do relatório: 2022-04-29), 10-K (Data do relatório: 2021-04-30), 10-K (Data do relatório: 2020-04-24).
Ao analisar os dados ao longo do período de cinco anos, observa-se que o componente de obrigações atuais de dívida apresentou variações pontuais, atingindo um pico de 4,11% em 2022, seguido por uma diminuição significativa na ano seguinte, chegando a 0,02% em 2023, antes de um novo aumento para 1,21% em 2024. Essa flutuação sugere ajustes na composição do passivo de curto prazo, possivelmente refletindo estratégias de gerenciamento de liquidez ou refinanciamento de dívidas.
O percentual de contas a pagar manteve-se relativamente estável, situando-se na faixa de aproximadamente 2,2% a 2,93%, indicando uma consistência na política de pagamento de fornecedores e obrigações operacionais de curto prazo.
No que tange à remuneração acumulada, houve uma leve oscilação ao longo dos anos, rebaixando-se para 2,14% em 2023 e aumentando posteriormente para 2,74% em 2025. Essas variações podem estar relacionadas às políticas de remuneração e benefícios acumulados pela empresa.
Os impostos de renda acumulados mostraram crescimento até 2022, atingindo 0,77%, seguido por uma redução para 0,92% em 2023, estabilizando em torno de 1,48% na última análise. A tendência indica possíveis alterações na provisão ou pagamento de impostos, além de ajustes na estratégia fiscal.
As outras despesas acumuladas mantiveram uma leve elevação constante, passando de 3,3% em 2020 para aproximadamente 4% em 2025, refletindo aumentos nas despesas preexistentes ou novas obrigações acumuladas.
O passivo circulante apresentou tendências distintas: após uma redução significativa para 9,14% em 2021, retornou a um nível mais alto em 2022, chegando a 13,62%, e estabilizando em torno de 11,99% a 14,05% nos anos seguintes. Esse comportamento pode estar associado à gestão de obrigações de curto prazo.
O percentual de dívida de longo prazo apresentou aumento contínuo ao longo do período, de 24,28% em 2020 para aproximadamente 27,97% em 2025, indicando uma maior dependência de financiamentos de longo prazo ou uma estratégia de alongamento das obrigações financeiras.
Remuneração acumulada e benefícios de aposentadoria registraram uma tendência de diminuição até cerca de 1,2% em 2023, seguida por uma leve retomada até 1,26% em 2025, sinalizando talvez a liquidação de algumas obrigações nesse âmbito ou mudanças nas provisões relacionadas a benefícios de aposentadoria.
Os impostos acumulados apresentaram redução progressiva, de 2,96% em 2020 para 1,72% em 2025, indicando uma diminuição na provisão ou nas obrigações fiscais acumuladas ao longo do tempo.
Passivos por impostos diferidos e outros passivos tiveram reduções acentuadas, chegando a 0,44% e 1,93%, respectivamente, em 2025, sugerindo avanço na resolução ou reconhecimento dessas obrigações.
O passivo não circulante manteve-se na faixa de aproximadamente 28,43% a 35,42%, sem grande variação significativa, refletindo a composição de obrigações de longo prazo da empresa.
O total do passivo, como percentual do total do passivo e patrimônio, apresentou estabilidade em torno de 43% a 44,5%, com um leve aumento para 47,36% em 2025, indicando crescimento na proporção de dívidas e obrigações em relação ao patrimônio total.
No âmbito do patrimônio líquido, observam-se ajustes na composição: o capital adicional realizado reduziu-se de 28,85% em 2020 para 22,72% em 2025, refletindo uma possível diminuição na emissão de novas ações ou recompra de ações existentes.
Os lucros não distribuídos cresceram de aproximadamente 31% em 2020 para 34,33% em 2025, demonstrando retenção de resultados ao longo do período e fortalecimento do patrimônio retido.
As demais perdas abrangentes acumuladas apresentaram um aumento negativo, passando de -3,93% para -4,67%, indicando aumento de perdas acumuladas não distribuídas que impactam o equilíbrio do patrimônio líquido.
O patrimônio líquido total manteve-se relativamente estável na maior parte do período, em torno de 55% a 58%, com uma queda para aproximadamente 52,38% em 2025, reflexo de variações no apetite por retenção de lucros, emissão de capital ou recompras de ações.
Interesses não controladores mostram crescimento marginal, de 0,15% a 0,25%, avaliando uma participação minoritária estável, sem mudanças relevantes na composição do controle acionário.
Consolidando o panorama, há sinais de uma estratégia de alongamento de dívidas de longo prazo, retenção de lucros e ajustes nas obrigações fiscais e de pagamentos, refletindo uma gestão de passivos e patrimônio que busca equilíbrio entre liquidez, endividamento e fortalecimento do patrimônio próprio.