McKesson Corp. (NYSE:MCK)

O desempenho financeiro revela um padrão de crescimento consistente do lucro líquido ao longo do período analisado, com variações pontuais. Os lucros apresentaram aumento substancial em certos trimestres, atingindo picos que sugerem uma melhora na rentabilidade operacional ao longo do tempo. Notavelmente, uma reversão intensa ocorreu no primeiro trimestre de 2014, quando o lucro caiu significativamente, mas posteriormente recuperou-se de forma expressiva.

Os itens relacionados à depreciação e amortização demonstraram um aumento gradual, refletindo possivelmente maior investimento em ativos fixos ou expansões de ativos intangíveis, além de uma tendência de incremento em encargos relacionados a ativos de software capitalizados para venda. A taxa de imparidade de goodwill surgiu somente no segundo semestre de 2012, indicando uma avaliação ou ajuste relacionado a ativos de incorporação adquiridos anteriormente, com impacto relevante ao final do período observado.

Os impostos diferidos apresentaram flutuações consideráveis, inclusive registros negativos em certos períodos, indicando variações na expectativa de benefícios fiscais ou reavaliações de ativos tributários diferidos. Os encargos relacionados à remuneração baseada em ações mantiveram-se relativamente estáveis ao longo do tempo, eventualmente apresentando picos em determinados trimestres, acompanhando possivelmente iniciativas de incentivos a longo prazo.

As variações nos ativos e passivos operacionais, líquidas de aquisições, evidenciam alta volatilidade, com períodos de aumento expressivo, especialmente no início de 2013 e ao final de 2014, indicando ciclos de operações mais intensas ou mudanças na gestão de capital de giro e ativos circulantes. Os recebíveis mostraram uma tendência de alta, especialmente no último trimestre de 2014, sugerindo crescimento nas vendas a prazo ou dificuldade na cobrança. Inventários exibiram grandes oscilações, incluindo períodos de decréscimo acentuado, refletindo ajustes na gestão de estoques ou mudanças na demanda de mercado.

As contas a pagar apresentaram picos em determinados períodos, acompanhando o aumento em compras ou inventários, além de um comportamento de forte crescimento no último trimestre de 2014. A receita diferida apresentou variações expressivas, indicando mudança na contabilização de receitas a longo prazo ou contratos recém-assinados. A volatilidade nos impostos também foi significativa, refletindo possíveis mudanças na legislação fiscal ou na estratégia tributária da empresa.

As variações das atividades operacionais de caixa evidenciam um padrão de forte geração de caixa ao longo de quase todo o período, embora o primeiro trimestre de 2012 tenha registrado uma saída expressiva. Os pagamentos de imobilizado e gastos com software indicam investimentos contínuos em ativos fixos e tecnológicos, com valores relativamente estáveis na maioria dos períodos, porém com momentos de despesas mais elevadas, principalmente em 2013 e 2014.

As aquisições líquidas de caixa de outras empresas tiveram contribuições pontuais e de magnitude significativa, especialmente no primeiro semestre de 2014, com um impacto substancial na posição financeira. Concomitantemente, as operações de venda de ativos ou empresas apresentaram resultados variados, incluindo ganhos no final de 2012 e perdas subsequentes, refletindo desinvestimentos ou reestruturações estratégicas.

As operações de mercado de capitais apontaram para emissão de dívida de longo prazo em vários momentos, acompanhada de reembolsos relevantes, particularmente ao longo de 201414, indicando refinanciamentos e gestão de endividamento. As operações com ações, incluindo emissões, recompra e pagamento de dividendos, exibiram alta volatilidade, com períodos de recompras expressivas e emissões pontuais, refletindo estratégias de gestão de capital próprio.

O fluxo de caixa operacional mostrou-se positivo ao longo da maior parte do período, evidenciando uma geração consistente de caixa pelas atividades principais. Ainda assim, o efeito das variações cambiais e eventos extraordinários ocasionaram oscilações no saldo final de caixa, particularmente em períodos de desvalorizações cambiais e ajustes de posição financeira.