Balanço patrimonial: passivo e patrimônio líquido
O balanço patrimonial fornece aos credores, investidores e analistas informações sobre os recursos (ativos) da empresa e suas fontes de capital (seu patrimônio líquido e passivos). Normalmente, também fornece informações sobre a capacidade de ganhos futuros dos ativos de uma empresa, bem como uma indicação dos fluxos de caixa que podem vir de recebíveis e estoques.
O passivo representa obrigações de uma empresa decorrentes de eventos passados, cuja liquidação deve resultar em uma saída de benefícios econômicos da entidade.
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- Balanço: ativo
- Valor da empresa em relação à EBITDA (EV/EBITDA)
- Relação preço/ FCFE (P/FCFE)
- Modelo de precificação de ativos de capital (CAPM)
- Modelo de desconto de dividendos (DDM)
- Valor presente do fluxo de caixa livre sobre o patrimônio líquido (FCFE)
- Índice de margem de lucro operacional desde 2005
- Rácio de rendibilidade dos activos (ROA) desde 2005
- Índice de liquidez corrente desde 2005
- Relação preço/receita (P/S) desde 2005
Aceitamos:
Com base em relatórios: 10-K (Data do relatório: 2016-03-31), 10-K (Data do relatório: 2015-03-31), 10-K (Data do relatório: 2014-03-31), 10-K (Data do relatório: 2013-03-31), 10-K (Data do relatório: 2012-03-31), 10-K (Data do relatório: 2011-03-31).
O desempenho financeiro revela uma tendência de crescimento no total do passivo ao longo do período analisado, saindo de aproximadamente US$ 23,7 bilhões em 2011 para aproximadamente US$ 46,2 bilhões em 2016. Essa expansão reflete um aumento consistente em dívidas e passivos circulantes, bem como em passivos não circulantes, indicando uma estratégia de maior alavancagem financeira ou esforço na captação de recursos para suportar suas operações e investimentos.
O passivo circulante apresentou avanço significativo, passando de US$ 18,7 bilhões em 2011 para cerca de US$ 35 bilhões em 2016, indicando uma maior exigibilidade de pagamento de obrigações de curto prazo ao longo do período. Observa-se também uma elevação substancial na parcela de dívidas de longo prazo, especialmente a partir de 2013, onde houve incremento de aproximadamente US$ 4,5 bilhões na dívida de longo prazo, chegando a cerca de US$ 8,2 bilhões em 2016, possivelmente indicando esforços na diluição de obrigações de financiamento a longo prazo ou no fortalecimento da estrutura de capital.
O patrimônio líquido da empresa apresentou oscilações, inicialmente decrecendo de US$ 7,22 bilhões em 2011 para US$ 6,83 bilhões em 2012, antes de retomar crescimento e atingir seu ponto máximo de aproximadamente US$ 10,3 bilhões em 2014. Posteriormente, houve uma redução em 2015, com recuperação em 2016, chegando a US$ 8,99 bilhões. Destaca-se também a redução no saldo de ações em tesouraria, que passou de quase US$ 6,5 bilhões em 2011 para cerca de US$ 3,72 bilhões em 2016, o que pode indicar uma estratégia de recompra de ações e aumento no patrimônio líquido residual.
Os lucros não distribuídos tiveram crescimento contínuo até 2015, atingindo US$ 12,7 bilhões, antes de uma expressiva redução para aproximadamente US$ 8,36 bilhões em 2016, o que poderia refletir distribuição de dividendos, provisões para investimentos ou reavaliações de resultados acumulados.
A evolução das receitas diferidas e de outros passivos acumulados apresenta uma tendência de acomodação de obrigações fiscais e outras provisões ao longo do período, com taxas de crescimento variáveis. Notou-se ainda a existência de participações não controladoras resgatáveis a partir de 2015, com um saldo de aproximadamente US$ 1,4 milhão em 2016, indicando responsabilidades de minoritários em operações controladas.
De modo geral, a análise demonstra uma empresa que adotou uma estratégia de incremento do endividamento, principalmente em dívidas de longo prazo, possivelmente para financiar crescimento ou aquisições. Assim, o aumento do passivo total decorreu, em parte, do aumento do passivo circulante e de passivos não circulantes, enquanto o patrimônio líquido apresentou variações decorrentes de lucros acumulados, recompra de ações e alterações no capital próprio. Esses elementos sugerem uma vista de equilíbrio entre o crescimento das obrigações e a gestão de recursos próprios, com potencial impacto na estrutura de capital e na capacidade de endividamento futura.