Hershey Co. (NYSE:HSY)

Ao analisar as tendências apresentadas pelos dados financeiros, observa-se que a composição do ativo total da empresa passou por algumas transformações ao longo do período considerado. Em 2018, o percentual de caixa e equivalentes de caixa representava 7,63% do ativo total, mas esse valor apresentou uma tendência de queda, chegando a 4,24% em 2022. Essa redução pode indicar uma diminuição na liquidez imediata disponível na companhia ou uma estratégia de otimização de recursos em caixa.

Já as contas a receber líquidas mantiveram-se relativamente constantes, situando-se em torno de 6,5% ao longo dos anos, o que sugere uma gestão estável do crédito concedido aos clientes.

Os inventários apresentaram uma leve alta, passando de 10,19% em 2018 para 10,71% em 2022, indicando uma possível manutenção ou aumento nos níveis de estoque, possivelmente devido a estratégias de atendimento à demanda ou de gestão de estoques.

As despesas pré-pagas, enquanto isso, tiveram um pequeno aumento proporcional, crescendo de 0,89% para 1,31%, refletindo uma maior parcela de pagamentos antecipados ou despesas incorridas anteriormente, que podem estar relacionadas a contratos ou serviços adquiridos.

Outros ativos circulantes diminuíram de 2,64% para 1,17%, sinalizando uma redução na composição de ativos de circulação não classificados especificamente, enquanto o item "Despesas pré-pagas e outras" apresentou uma redução até 2021, permanecendo praticamente estagnado em torno de 2,5% em 2022.

O ativo circulante, como um todo, apresentou uma variação significativa, passando de 29,07% em 2018 para 23,93% em 2022, refletindo uma redução na participação de itens de curto prazo em relação ao total do ativo. Essa mudança pode indicar uma estratégia de gestão de liquidez ou uma alteração na estrutura de ativos de curta prazo da empresa.

Por outro lado, o ativo não circulante, que compreende itens de longo prazo, mostrou crescimento proporcional, passando de 70,93% em 2018 para 76,07% em 2022. Particularmente, o imobilizado líquido permaneceu relativamente estável, representando cerca de 25% do ativo total na maior parte do período, indicando uma manutenção do nível de investimentos em ativos físicos.

Observa-se aumento na participação de ativos intangíveis, em especial os softwares, cujo percentual subiu de 1,64% em 2018 para 2,92% em 2022, refletindo possivelmente uma maior ênfase em ativos digitais ou de propriedade intelectual digitalizada.

Boa vontade, que representa ativos intangíveis relacionados a aquisições, manteve-se com percentual ligeiramente inferior a 24%, até atingir 23,81% em 2022. Outros ativos intangíveis tiveram uma redução percentual de cerca de 16,59% em 2018 para 17,96% em 2022, demonstrando estabilidade ou pequena variação nominal na composição de ativos intangíveis.

O item de ativos não circulantes relacionados a pensões apareceu apenas a partir de 2020, apresentando valores baixos em relação ao total, o que indica que essa variável de passivo foi gradualmente se consolidando na estrutura do ativo não circulante.

Investimentos em coligadas e outros ativos não correntes apresentaram crescimento, especialmente em 2021 e 2022, indicando uma intensificação na participação de investimentos não controlados de maneira consolidada e na diversificação de ativos de longo prazo.

O imposto de renda diferido manteve-se relativamente constante, situando-se em torno de 0,37% a 0,38% do ativo total, refletindo a estabilidade das diferenças temporárias relacionadas à arrecadação fiscal.

No geral, o perfil do ativo adequado à estratégia financeira evidencia uma evolução na composição, com uma tendência de redução na liquidez de curto prazo e incremento na participação de ativos de longo prazo e intangíveis, possivelmente visando consolidar uma estrutura de ativos mais sólida e focada em valor de longo prazo.