Estrutura do balanço: passivo e patrimônio líquido
Com base em relatórios: 10-K (Data do relatório: 2024-12-31), 10-K (Data do relatório: 2023-12-31), 10-K (Data do relatório: 2022-12-31), 10-K (Data do relatório: 2021-12-31), 10-K (Data do relatório: 2020-12-31).
Ao analisar as tendências dos indicadores financeiros ao longo do período de 2020 a 2024, observa-se uma variação significativa na composição do passivo e do patrimônio líquido.
O percentual de passivo em relação ao total do passivo e patrimônio líquido apresentou uma elevação de aproximadamente 8,31% em 2020 para 10,01% em 2022, seguido por uma redução para cerca de 8,46% em 2024, indicando possíveis ajustes na estrutura de endividamento e na gestão do passivo.
Os componentes relacionados ao passivo de créditos de concessionários, reclamações de clientes e receita diferida demonstraram crescimento percentual ao longo do período, sugerindo uma ampliação nas obrigações relacionadas a operações de concessionárias, enquanto outros passivos circulantes e receitas diferidas mantiveram-se relativamente estáveis, com pequenas variações.
Notavelmente, a participação do passivo de arrendamento operacional não circulante mostrou aumento contínuo, de 0,37% em 2020 para 0,62% em 2024, indicando possível incremento nos contratos de arrendamento não circulantes.
Na composição do passivo de longo prazo, notam-se reduções na parcela representada pela dívida de longo prazo paga após um ano, com queda de aproximadamente 41,29% em 2020 para 34,71% em 2022, seguida por estabilização em torno de 36,32% em 2024, manifestando uma gestão de endividamento de longo prazo mais conservadora.
O patrimônio líquido, por sua vez, apresentou crescimento expressivo de 11,48% em 2020 para 18,88% em 2021, durante um pico, seguido por recuos e estabilizações, chegando a aproximadamente 15,73% em 2024. Destaca-se o aumento nos lucros não distribuídos, que refletiram melhorias nos resultados operacionais ou na política de distribuição de dividendos.
O patrimônio atribuível à empresa também seguiu tendência semelhante, crescendo de 11,48% em 2020 para um pico de 18,88% em 2021, antes de reduzir-se para cerca de 15,65% em 2024. A participação de ações em tesouraria e perdas abrangentes acumuladas apresentou crescimento na contração do patrimônio, influenciando o patrimônio total e suas variáveis relativas.
Em suma, a estrutura financeira da empresa evidenciou um ajuste na composição de seus componentes de passivo e patrimônio, com estratégias que parecem visar uma maior estabilidade de longo prazo, redução de certas dívidas de curto prazo, e aumento no capital próprio, embora ainda mantenha uma proporção relevante de passivos circulantes e de dívida de longo prazo.