Carrier Global Corp. (NYSE:CARR)

Fluxos de caixa líquidos fornecidos pelas atividades operacionais

Os dados indicam um aumento nos fluxos de caixa operacionais de 2020 para 2021, passando de US$ 1.692 milhões para US$ 2.237 milhões, representando um crescimento. No entanto, em 2022, houve uma redução para US$ 1.743 milhões, retornando a um nível próximo ao de 2020. Essa tendência sugere uma melhoria significativa na geração de caixa operacional em 2021, seguida por uma diminuição no ano seguinte, embora ainda acima do ponto de 2020.

Fluxo de caixa livre sobre patrimônio líquido (FCFE)

O indicador revela uma dinâmica bastante variável ao longo do período. Em 2020, o FCFE foi de US$ 11.230 milhões, indicando um fluxo de caixa livre elevado, possibilitado provavelmente por fatores específicos de financiamento ou operações. Em 2021, o valor caiu drasticamente para US$ 1.342 milhões, o que pode indicar uma redução na geração de caixa disponível após investimentos e financiamentos. Em 2022, o FCFE apresentou uma forte retração, atingindo US$ 407 milhões, demonstrando uma tendência de diminuição contínua do caixa livre ao longo dos anos analisados. Essa diminuição pode estar relacionada a mudanças na alavancagem financeira, investimentos de grande porte ou outros fatores que impactaram negativamente o fluxo de caixa livre.

O preço das ações da empresa apresentou uma valorização de 23,9% entre o final de 2020 e o final de 2021, passando de US$37,25 para US$46,06. No entanto, em 2022, houve uma ligeira queda de aproximadamente 3,6%, fechando em US$44,39, indicando uma estabilidade relativa após o aumento no ano anterior.

O fluxo de caixa livre por ação (FCFE por ação) mostrou uma tendência de declínio expressivo ao longo do período analisado. Em 2020, o valor era de US$12,92, reduzindo para US$1,57 em 2021, o que representa uma diminuição de aproximadamente 87,8%. Em 2022, o valor apresentou uma nova queda, atingindo US$0,49, o que configura uma redução de cerca de 68,8% em relação a 2021, e de aproximadamente 96,2% comparado a 2020.

O índice P/FCFE, que relaciona o preço das ações ao fluxo de caixa livre por ação, refletiu uma valorização excessiva das ações em relação ao FCFE ao longo do tempo. Em 2020, o índice estava em 2,88, indicando uma relativa baixa valorização ou potencialmente uma avaliação mais conservadora do mercado. Em 2021, o índice aumentou significativamente para 29,36, evidenciando uma elevação pronunciada na valorização das ações com relação ao fluxo de caixa livre, possivelmente sinalizando expectativas de crescimento futuro ou uma mudança de percepção do mercado. Em 2022, o índice subiu novamente de forma acentuada, atingindo 90,98, o que sugere uma valorização extrema das ações em relação ao FCFE, potencialmente indicativa de expectativas de ganhos futuros elevados ou de uma avaliação de mercado que desconta um crescimento significativo.

De modo geral, observa-se uma estabilidade relativa no preço das ações após um aumento em 2021, enquanto o fluxo de caixa livre por ação apresentou forte retração. A disparada do índice P/FCFE indica uma percepção de mercado de maior crescimento ou de riscos elevados associados à geração de caixa livre da empresa ao longo do período. Essa combinação de tendências sugere que, apesar da estabilidade no preço das ações em 2022, há uma percepção de alta valorização do mercado frente à capacidade de geração de caixa, o que pode levantar questões sobre sustentabilidade e expectativas futuras.