Demonstração dos fluxos de caixa
A demonstração de fluxo de caixa fornece informações sobre recebimentos de caixa e pagamentos de caixa de uma empresa durante um período contábil, mostrando como esses fluxos de caixa vinculam o saldo de caixa final ao saldo inicial mostrado no balanço patrimonial da empresa.
A demonstração dos fluxos de caixa consiste em três partes: fluxos de caixa fornecidos por (usados em) atividades operacionais, fluxos de caixa fornecidos por (usados em) atividades de investimento e fluxos de caixa fornecidos por (usados em) atividades de financiamento.
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Com base em relatórios: 10-K (Data do relatório: 2022-12-31), 10-K (Data do relatório: 2021-12-31), 10-K (Data do relatório: 2020-12-31).
O lucro líquido das operações apresentou um crescimento significativo de 2021 para 2022, passando de US$ 1.701 milhões para US$ 3.584 milhões. Essa recuperação demonstra uma melhora na rentabilidade da empresa, após uma redução ocorrida em 2021 em relação a 2020.
As despesas com depreciação e amortização aumentaram de forma moderada ao longo do período, refletindo uma possível expansão de ativos ou de investimentos em ativos intangíveis, elevando-se de US$ 336 milhões em 2020 para US$ 380 milhões em 2022.
As provisões para imposto de renda diferido apresentaram valores negativos em 2021 e 2022, indicativo de ajustes fiscais que reduziram o imposto diferido ativo, com -US$ 74 milhões em 2021 e -US$ 124 milhões em 2022, contribuindo para uma redução do benefício fiscal diferido e afetando o resultado fiscal consolidado.
Os custos de compensação baseados em ações mantiveram-se relativamente estáveis ao longo do período, variando de US$ 77 milhões a US$ 92 milhões, indicando uma política de remuneração relacionada ao valor das ações, sem variações significativas.
A equivalência patrimonial do investimento, refletida pelo lucro líquido do investimento, apresentou números negativos ao longo de 2020 a 2022, com valores de -US$ 207 milhões, -US$ 249 milhões e -US$ 262 milhões, indicando que a participação da empresa em investimentos associados resultou em prejuízos consistentemente, embora essa variável esteja relacionada a investimentos de longo prazo com impacto não imediato na liquidez.
As despesas de imparidade sobre investimentos de empresas comuns detidas por minorias indicaram uma redução significativa de US$ 72 milhões em 2020 para US$ 2 milhões em 2021, com ausência de dados em 2022. Isso sugere uma reversão de perdas de impairment ou melhora na avaliação dos investimentos minoritários.
O ganho na extinção de dívida tornou-se negativo em 2022, com uma perda de US$ 36 milhões, indicando que a empresa pode ter registrado custos relacionados à liquidação de dívidas ou renegociações em determinado período.
Na venda de investimentos, houve uma perda substancial de US$ 1.123 milhões em 2020, seguida por uma pequena recuperação em 2021 (+US$ 2 milhões) e uma nova perda de US$ 1.815 milhões em 2022, refletindo alta volatilidade e impacto relevante na composição patrimonial e no resultado operacional.
Contas a receber líquidas apresentaram deterioração ao longo do período, passando de US$ 49 milhões positivos em 2020 para US$ 145 milhões negativos em 2022, o que indica aumento na inadimplência ou dificuldades na gestão de recebíveis, impactando potencialmente a liquidez operacional.
Ativos contratuais correntes também verificaram aumento de 2020 para 2022, passando de -US$ 9 milhões para -US$ 51 milhões, sinalizando crescimento nos contratos pendentes ou receitas a serem reconhecidas com o tempo.
As existências líquidas apresentaram um decréscimo ao longo do período, de -US$ 240 milhões em 2020 para -US$ 334 milhões em 2022, o que pode indicar maior acúmulo de estoques ou ajustes de valor, influenciando os custos de armazenamento e risco de obsolescência.
Outros ativos e passivos correntes tiveram variações, com outros ativos finais mostrando uma recuperação em 2022 (+US$ 104 milhões) após períodos de valores negativos. Por outro lado, contas a pagar e passivos acumulados apresentaram aumento expressivo em 2021, passando de US$ 237 milhões para US$ 829 milhões, e posteriormente diminuindo para US$ 61 milhões em 2022, refletindo mudanças na gestão de passivos operacionais.
O passivo contratual circulante diminuiu ao longo do período, de US$ 46 milhões para US$ 29 milhões, indicando possível redução de obrigações contratuais de curto prazo.
As variações de ativos e passivos operacionais apresentaram aumento expressivo em 2021, de US$ 86 milhões para US$ 317 milhões, seguido de uma redução substancial em 2022 (-US$ 336 milhões), refletindo ajustes temporários nos ciclos operacionais.
As contribuições para planos de benefício definido evidenciaram uma redução líquida (menos US$ 41 milhões em 2020 para menos US$ 16 milhões em 2022), o que indica menor impacto de passivos atuariais relacionados a esses planos ou mudanças nas premissas atuariais.
As distribuições pelo método de equivalência patrimonial permaneceram relativamente estáveis, entre US$ 148 milhões e US$ 169 milhões, sinalizando continuidade na remuneração de investimentos associados.
As atividades operacionais demonstraram robusto fluxo de caixa, com valores líquidos constantes, em torno de US$ 1.692 milhões em 2020, US$ 2.237 milhões em 2021 e US$ 1.743 milhões em 2022.
Os investimentos mostram um padrão de gastos contínuos, com valores na faixa de -US$ 312 milhões a -US$ 353 milhões, além de vendas de investimentos ocasionalmente relevantes, sobretudo em 2020 com uma venda de US$ 1.377 milhões. Os desembolsos em aquisição de participações e ativos continuaram, refletindo estratégia de crescimento ou manutenção de carteira de investimentos.
Nas atividades de financiamento, a emissão de dívida de longo prazo foi significativa em 2020 (US$ 11.784 milhões), com redução de saldos ao longo do tempo, embora ainda bastante elevada em 2022 (US$ 432 milhões). O pagamento de dívidas de longo prazo foi constante e proporcional às captações, demonstrando esforço de gestão de endividamento.
Recompras de ações ordinárias e dividendos pagos aumentaram ao longo dos anos, impactando negativamente o caixa, sendo o pagamento de dividendos e recompra de ações fatores de saída de liquidez relevantes. A retirada de US$ 1.380 milhões em recompra de ações em 2022 evidencia estratégia de retirada de valor para acionistas.
Transferências líquidas para UTC e outros fluxos de financiamento indicaram saídas de caixa elevadas, com impacto negativo acentuado em 2020 e 2022, refletindo atividades de financiamento, pagamento de dívidas ou redistribuições de caixa.
O caixa, equivalentes e restritos tiveram incremento líquido ao final de cada período, passando de US$ 957 milhões em 2020 para US$ 3.527 milhões em 2022, indicando aumento de liquidez disponível, apesar de eventos de saída significativos relacionados à recompra de ações e pagamento de dívidas.