Demonstração dos fluxos de caixa
A demonstração de fluxo de caixa fornece informações sobre recebimentos de caixa e pagamentos de caixa de uma empresa durante um período contábil, mostrando como esses fluxos de caixa vinculam o saldo de caixa final ao saldo inicial mostrado no balanço patrimonial da empresa.
A demonstração dos fluxos de caixa consiste em três partes: fluxos de caixa fornecidos por (usados em) atividades operacionais, fluxos de caixa fornecidos por (usados em) atividades de investimento e fluxos de caixa fornecidos por (usados em) atividades de financiamento.
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- Balanço patrimonial: passivo e patrimônio líquido
- Estrutura do balanço: passivo e patrimônio líquido
- Análise de índices de rentabilidade
- Análise dos rácios de solvabilidade
- Valor da empresa em relação à EBITDA (EV/EBITDA)
- Modelo de desconto de dividendos (DDM)
- Índice de dívida sobre patrimônio líquido desde 2005
- Relação preço/resultado operacional (P/OP) desde 2005
- Análise de receitas
- Acréscimos agregados
Aceitamos:
Com base em relatórios: 10-K (Data do relatório: 2021-12-31), 10-K (Data do relatório: 2020-12-31), 10-K (Data do relatório: 2019-12-31), 10-K (Data do relatório: 2018-12-31), 10-K (Data do relatório: 2017-12-31).
A análise das demonstrações financeiras mostra uma trajetória de crescimento nos lucros líquidos até 2019, seguida de uma drástica reversão em 2020 e 2021, com perdas significativas. Entre 2017 e 2019, o lucro líquido aumentou de aproximadamente US$ 1,63 bilhão para cerca de US$ 1,91 bilhão, indicando uma tendência de crescimento operacional consistente. Para 2020, destacou-se uma perda expressiva de aproximadamente US$ 5,77 bilhões, resultado provavelmente influenciado pelo impacto da pandemia de COVID-19, que afetou severamente a indústria de cruzeiros. Em 2021, a situação não apresentou uma recuperação plena, mantendo-se negativa em cerca de US$ 5,26 bilhões, evidenciando dificuldades persistentes.
Quanto às despesas, houve aumento contínuo na depreciação e amortização ao longo do período, consolidando uma política de depreciação crescente, compatível com a expansão de ativos ou renovação de frota. Perdas relacionadas a imparidades e perdas de crédito surgiram fortemente em 2020, atingindo US$ 1,57 bilhão, indicando prováveis perdas de ativos ou inadimplência. As despesas de impostos apresentaram variabilidade, refletindo a oscilação do resultado operacional.
Os itens relacionados a operações de ativos, como ganhos na venda de bens imóveis e equipamentos e de afiliados não consolidados, demonstram operações pontuais de alienação de ativos, com alguns eventos em 2021 gerando ganhos significativos, embora em valores menores comparados a momentos anteriores. As variações de ativos e passivos operacionais também apresentaram grande volatilidade, particularmente em 2020, refletindo a instabilidade da conjuntura, com aumentos expressivos em contas a pagar, despesas acumuladas e outros passivos, além de variações no capital de giro.
O fluxo de caixa operacional manteve-se positivo até 2019, apresentando forte crescimento, mas sofreu forte redução em 2020, entrando em território negativo, corroborando a crise operacional. Em 2021, houve recuperação parcial, porém ainda negativo, indicando dificuldades na geração de caixa proveniente das operações. Os investimentos evidenciam uma política de desembolso contínuo em bens, equipamentos e aquisições de subsidiárias, como a compra em 2020 da Silversea Cruises, que elevou o investimento total.
Os fluxos de financiamento demonstram forte atividade de captação de recursos, com aumento considerável de dívidas, principalmente de emissão de notas de papel comercial e de instrumentos financeiros derivativos. Os reembolsos de dívida mantiveram-se altos, especialmente em 2017, 2018 e 2019, refletindo o programa de endividamento e refinanciamento. Em 2020, houve forte redução nos reembolsos devido à diminuição na capacidade de pagamento, mas os custos de emissão também cresceram, indicando maior custo de captação.
O caixa e equivalentes de caixa apresentaram incremento em 2018 e 2019, atingindo um pico em 2021 com aproximadamente US$ 3 milhões, apesar do prejuízo, devido ao elevado volume de captação financeira. Em 2021, houve uma redução significativa do caixa devido às saídas de caixa financeiras, porém ainda mantendo níveis elevados em relação ao início do período analisado. A variação cambial impactou minimamente essa posição em 2021.
Em resumo, o período analisado reflete um crescimento operacional consistente até 2019, seguido de forte impacto financeiro relacionado à crise global, com perdas expressivas, aumento do endividamento e dificuldades na geração de caixa operacional. A gestão financeira adotou estratégias de captação e venda de ativos para manter a liquidez, ainda que os resultados operacionais tenham sido negativamente afetados. A empresa apresentou uma estrutura de financiamento robusta, com aumento no endividamento e na emissão de instrumentos de dívida, visando sustentar suas operações durante os períodos de adversidade macroeconômica.