Estrutura do balanço: passivo e patrimônio líquido
Dados trimestrais
Parker-Hannifin Corp., estrutura do balanço patrimonial consolidado: passivo e patrimônio líquido (dados trimestrais)
Com base em relatórios: 10-Q (Data do relatório: 2022-12-31), 10-Q (Data do relatório: 2022-09-30), 10-K (Data do relatório: 2022-06-30), 10-Q (Data do relatório: 2022-03-31), 10-Q (Data do relatório: 2021-12-31), 10-Q (Data do relatório: 2021-09-30), 10-K (Data do relatório: 2021-06-30), 10-Q (Data do relatório: 2021-03-31), 10-Q (Data do relatório: 2020-12-31), 10-Q (Data do relatório: 2020-09-30), 10-K (Data do relatório: 2020-06-30), 10-Q (Data do relatório: 2020-03-31), 10-Q (Data do relatório: 2019-12-31), 10-Q (Data do relatório: 2019-09-30), 10-K (Data do relatório: 2019-06-30), 10-Q (Data do relatório: 2019-03-31), 10-Q (Data do relatório: 2018-12-31), 10-Q (Data do relatório: 2018-09-30), 10-K (Data do relatório: 2018-06-30), 10-Q (Data do relatório: 2018-03-31), 10-Q (Data do relatório: 2017-12-31), 10-Q (Data do relatório: 2017-09-30), 10-K (Data do relatório: 2017-06-30), 10-Q (Data do relatório: 2017-03-31), 10-Q (Data do relatório: 2016-12-31), 10-Q (Data do relatório: 2016-09-30).
Ao analisar os dados financeiros disponibilizados, observa-se uma tendência de aumento na participação do passivo não circulante ao longo do período, passando de aproximadamente 40,3% em setembro de 2016 para cerca de 50,7% em dezembro de 2022. Essa evolução indica uma concentração maior de dívidas de longo prazo na estrutura patrimonial da empresa, possivelmente refletindo estratégias de alongamento de maturidade das dívidas ou de financiamento de investimentos de longo prazo.
Por outro lado, o passivo circulante apresentou variações ao longo do período, sendo inicialmente em torno de 20,84% em setembro de 2016, atingindo picos próximos de 23,98% em junho de 2022. Essa variação pode indicar oscilações na necessidade de liquidez de curto prazo, embora a proporção geral permaneça relativamente estável, sugerindo uma gestão equilibrada entre obrigações de curto e longo prazo.
Nos itens referentes às contas a pagar comerciais e folhas de pagamento, há uma leve redução proporcional no longo prazo, concomitante ao aumento do passivo não circulante, indicando uma possível reestruturação das obrigações para prazos mais extensos ou uma melhora na liquidez de curto prazo.
Quanto às dívidas de longo prazo, sua porcentagem do passivo total aumentou de aproximadamente 22,2% em setembro de 2016 para cerca de 39,4% em dezembro de 2022, reforçando a hipótese de maior ênfase em financiamento de longo prazo. Esse incremento pode refletir uma estratégia de capitalização via dívidas ou de alongamento do perfil de vencimento dos financiamentos.
O patrimônio líquido, como proporção do total de passivo e patrimônio líquido, apresentou crescimento de aproximadamente 38,8% em 2016 para aproximadamente 39,8% em 2022. Destaca-se que a composição de lucros não distribuídos aumentou significativamente, chegando a mais de 69% do patrimônio líquido em 2019, demonstrando forte retenção de lucros ao longo dos anos, possivelmente para financiar crescimento interno ou amortizar dívidas.
Os outros componentes do patrimônio líquido, como ações ordinárias, capital adicional e ações em tesouraria, mostraram oscilações compatíveis com movimentações de recompra de ações e emissões de capital. Em particular, o percentual de ações em tesouraria reduziu-se de cerca de 35,95% em setembro de 2016 para aproximadamente 19% em dezembro de 2022, indicando uma estratégia de recompra para melhorar o valor das ações ou reduzir o capital circulante.
Os itens relacionados às perdas abrangentes acumuladas apresentaram um comportamento de variações negativas, refletindo ajustes de avaliação e perdas não realizáveis que afetam o patrimônio, embora o impacto seja relativamente moderado no percentual total, entre aproximadamente -4,85% e -20,55% do patrimônio líquido ao longo do período.
Em resumo, a estrutura de passivos evidencia uma tendência de alongamento do perfil de endividamento com aumento na participação de dívidas de longo prazo, acompanhada de retenção de lucros que fortalece o patrimônio líquido. Essas movimentações sugerem uma estratégia de financiamento mais conservadora e de crescimento sustentado, apoiada por uma gestão equilibrada de liquidez e capital próprio ao longo dos anos.