Estrutura da demonstração de resultados
Dados trimestrais
Com base em relatórios: 10-Q (Data do relatório: 2022-09-30), 10-Q (Data do relatório: 2022-06-30), 10-Q (Data do relatório: 2022-03-31), 10-K (Data do relatório: 2021-12-31), 10-Q (Data do relatório: 2021-09-30), 10-Q (Data do relatório: 2021-06-30), 10-Q (Data do relatório: 2021-03-31), 10-K (Data do relatório: 2020-12-31), 10-Q (Data do relatório: 2020-09-30), 10-Q (Data do relatório: 2020-06-30), 10-Q (Data do relatório: 2020-03-31), 10-K (Data do relatório: 2019-12-31), 10-Q (Data do relatório: 2019-09-30), 10-Q (Data do relatório: 2019-06-30), 10-Q (Data do relatório: 2019-03-31), 10-K (Data do relatório: 2018-12-31), 10-Q (Data do relatório: 2018-09-30), 10-Q (Data do relatório: 2018-06-30), 10-Q (Data do relatório: 2018-03-31).
Ao analisar as tendências dos dados financeiros ao longo do período avaliado, observa-se que as receitas operacionais mantiveram-se relativamente estáveis, apresentando oscilações significativas, com períodos de incremento e queda. Durante os trimestres iniciais de 2018 até o terceiro de 2019, houve uma tendência de aumento, atingindo pico próximo de 145,5% das vendas de gás natural, líquidos de gás natural e petróleo, contrastando com períodos posteriores de forte retração, chegando a valores negativos expressivos, como -124,83% em março de 2021.
Os ganhos (perdas) em derivativos apresentaram grande volatilidade, alternando entre ganhos positivos e perdas elevadas. Destaca-se um pico de 54,45% em junho de 2020, seguido por perdas substanciais, chegando a -182,58% em março de 2021, indicando significativa exposição a derivativos, com impactos consideráveis na margem operacional.
Os itens relacionados a despesas operacionais evidenciam uma elevada variação negativa. Houve períodos de aumento acentuado das despesas, sobretudo em 2019 e 2020, com valores atingindo até -291,13%, refletindo uma deterioração da eficiência operacional e aumento de custos, enquanto em 2022, houve uma tendência de redução dessas despesas.
O resultado operacional apresenta períodos de prejuízo expressivo, especialmente entre os finais de 2019 e 2021, com prejuízos que ultrapassaram -150% em alguns trimestres, sinalizando dificuldades nas operações principais, porém, há sinais de recuperação nos últimos trimestres de 2022, com resultados positivos, como 25,03% de margem no terceiro trimestre.
A análise do resultado de operações contínuas e do lucro líquido mostra uma trajetória marcada por perdas substanciais até meados de 2021, com prejuízos que chegaram a mais de -100% das vendas, principalmente devido aos elevados custos operacionais, despesas com impostos e impactos de imparidades, como de ativos intangíveis e goodwill. Entretanto, a partir do terceiro trimestre de 2021, há indícios de melhora na rentabilidade, com recuperação parcial do lucro, refletida na melhora dos percentuais de lucro líquido, chegando a 18,51% em junho de 2022.
As despesas com depreciação, exaustão e amortização apresentaram uma tendência de redução ao longo do período, o que pode indicar a depreciação acelerada de ativos e maior aproveitamento de ativos intangíveis, contribuindo para uma redução na base de custos contábeis nas últimas análises.
Os itens relacionados a imparidades e redução de valor denotam períodos de impactos negativos consideráveis, sobretudo durante 2020, evidenciando ajustes de ativo por perdas de valor ou desvalorizações nos ativos de longo prazo e goodwill.
O fluxo de resultados mostra uma forte influência de fatores não operacionais, como gains e perdas de ativos, variações cambiais, e eventos extraordinários, destacando a instabilidade em ganhos com a venda de ativos e investimentos ao longo do tempo, impactando diretamente a performance final.
De modo geral, a empresa enfrentou um cenário de aumento de custos e perdas operacionais expressivas até 2021, com recuperação gradativa observada a partir de então, refletida na melhora dos resultados líquidos e na redução da intensidade de despesas. Essa evolução sugere que, apesar da volatilidade e dos prejuízos significativos ocorridos anteriormente, há sinais de estabilização e possível recuperação operacional no período mais recente analisado.