EQT Corp. (NYSE:EQT)

Lucro operacional líquido após impostos (NOPAT)

Observa-se uma flutuação significativa nesta métrica ao longo do período analisado. Em 2017, o valor foi positivo, atingindo aproximadamente US$ 408 milhões. Contudo, a partir de 2018, há uma conversão para números negativos, com uma deterioração acentuada em 2018, chegando a aproximadamente -US$ 2,33 bilhões. Essa tendência de valores negativos persiste nos anos subsequentes, registrando cerca de -US$ 1,34 bilhões em 2019, -US$ 908 milhões em 2020, e aproximadamente -US$ 1,35 bilhões em 2021. Tal padrão indica perdas operacionais elevadas, de difícil reversão, durante esse período.

Capital investido

O capital investido apresentou uma redução consistente de 2017 até 2020, passando de aproximadamente US$ 26,51 bilhões para cerca de US$ 15,62 bilhões. No entanto, houve uma reversão dessa tendência em 2021, com um aumento para aproximadamente US$ 16,53 bilhões. Essa variação pode refletir alterações na estrutura de ativos ou investimentos durante o período, possivelmente relacionadas a estratégias de reestruturação ou mudanças nos ativos operacionais.

Rácio de rendibilidade do capital investido (ROIC)

Esse indicador revela uma deterioração contínua na eficiência de geração de retorno sobre o capital investido. Em 2017, o ROIC foi de 1,54%, indicando marginalmente uma rentabilidade positiva. Entretanto, há uma queda acentuada em 2018, para -12,68%, e permanecendo negativo e em tendência de piora ao longo dos anos seguintes, como -8,04% em 2019, -5,81% em 2020, e finalmente -8,16% em 2021. Este padrão sugere problemas na eficiência operacional, resultando em retornos negativos sobre os investimentos feitos, agravados por perdas e dificuldades na geração de valor.

Índice de margem de lucro operacional (OPM)

Observa-se uma elevada volatilidade nesta métrica ao longo dos anos analisados. Em 2017, a margem operacional apresentou um valor positivo de 14,17%, indicando uma operação relativamente lucrativa. No entanto, em 2018, ocorreu uma queda acentuada para uma margem negativa de -60,55%, refletindo uma redução significativa na lucratividade operacional. Os anos seguintes continuaram a apresentar margens negativas, embora com melhorias parciais, chegando a -36,86% em 2019, -37,5% em 2020 e uma recuperação parcial para -18,87% em 2021. Essas tendências indicam uma recuperação parcial na rentabilidade operacional, embora ela permaneça abaixo do nível de 2017.

Rácio de rotação de capitais (TO)

Este indicador demonstra uma tendência de crescimento ao longo do período. Em 2017, o rácio era baixo, em 0,1, mas cresceu ao longo dos anos, atingindo 0,26 em 2018. Apesar de uma ligeira redução para 0,23 em 2019, posteriormente há um aumento expressivo para 0,17 em 2020 e culminando em 0,41 em 2021. O incremento nesta métrica sugere uma maior eficiência na utilização dos capitais disponíveis, especialmente no último ano, indicando que a empresa está conseguindo gerar mais receita ou valor com os recursos investidos.

Taxa efetiva de imposto sobre dinheiro (CTR)

Este indicador permanece constante em 100% ao longo de todos os anos, de 2017 a 2021. Essa estabilidade sugere que a empresa mantém uma política de impostos consistente, ou que sua base de tributação e estratégias fiscais não sofreram alterações relevantes nesse período.

Retorno sobre o capital investido (ROIC)

O ROIC apresenta um padrão negativo na maior parte do período, refletindo dificuldades na geração de retorno eficiente sobre o capital investido. Em 2017, o retorno foi de apenas 1,54%, praticamente insignificante. Nos anos seguintes, há uma deterioração, com valores negativos de -12,68% em 2018, -8,04% em 2019, -5,81% em 2020 e -8,16% em 2021, indicando incapacidade de recuperar o capital com operações que geram valor. Esses resultados sugerem desafios na eficiência operacional e na rentabilidade dos investimentos realizados pela empresa ao longo do período analisado.

Lucro operacional líquido antes de impostos (NOPBT)

Houve uma significativa variabilidade no resultado ao longo do período analisado. Após um valor positivo de aproximadamente US$ 375 milhões em 2017, ocorreu uma forte eficaz negativa em 2018, atingindo cerca de -US$ 2,84 bilhões. Essa tendência de prejuízo persistiu em 2019, com um valor de aproximadamente -US$ 1,40 bilhão, permanecendo elevada em perdas. Em 2020, o prejuízo reduziu-se para cerca de -US$ 993 milhões, mantendo-se acima do negativo anterior. Em 2021, houve uma ligeira melhora, porém ainda com prejuízo de aproximadamente -US$ 1,28 bilhão, indicando dificuldades contínuas na geração de lucro operacional antes de impostos ao longo do período.

Vendas de gás natural, líquidos de gás natural e petróleo

As vendas apresentaram variações expressivas ao longo do tempo. Em 2017, os valores ficaram em torno de US$ 2,65 bilhões, atingindo o pico de aproximadamente US$ 4,70 bilhões em 2018. Posteriormente, houve uma redução em 2019, para cerca de US$ 3,79 bilhões, seguida por uma nova queda em 2020, com vendas de aproximadamente US$ 2,65 bilhões. No entanto, em 2021, houve um expressivo aumento para aproximadamente US$ 6,80 bilhões, representando uma recuperação significativa na receita de vendas, superando os patamares anteriores.

Índice de margem de lucro operacional (OPM)

O índice demonstrou tendência de deterioração ao longo do período analisado. Em 2017, apresentou um índice de 14,17%, indicando uma margem operacional positiva. No ano seguinte, essa margem caiu drasticamente para -60,55%, indicando uma perda operacional substancial. Em 2019, a margem permaneceu negativa, em torno de -36,86%, seguida por uma leve melhora em 2020, para -37,5%. Em 2021, a margem de lucro operacional ainda se manteve negativa, porém melhorando para -18,87%, sugerindo uma tentativa de recuperação na eficiência operacional, embora ainda em patamar deficitário.

Ao analisar as vendas de gás natural, líquidos de gás natural e petróleo ao longo dos anos, observa-se uma tendência geral de aumento. Houve um crescimento significativo entre 2017 e 2018, seguido por uma redução em 2019 e 2020, antes de uma retomada expressiva em 2021, que atingiu o valor mais alto do período considerado.

Em relação ao capital investido, há uma redução contínua de 2017 até 2020, indicando uma potencial estratégia de otimização de recursos ou desinvestimentos. Em 2021, observa-se uma estabilização, com leve aumento, o que sugere uma possível retomada ou ajuste na alocação de recursos.

O rácio de rotação de capitais demonstra uma evolução interessante. Em 2017, apresentou um valor baixo de 0,1, indicando uma baixa eficiência na utilização do capital investido para gerar vendas. Esse rácio aumentou significativamente em 2018, atingindo 0,26, e permaneceu relativamente elevado em 2019 e 2020, mesmo com uma redução no capital investido, o que sugere uma melhoria na eficiência de utilização dos recursos. Em 2021, o rácio voltou a subir expressivamente para 0,41, indicando uma maior eficiência na conversão de investimentos em vendas.

Com base nesses dados, pode-se concluir que a empresa experimentou melhorias na eficiência operacional e na rentabilidade ao longo do período, especialmente em 2021, quando ambas as vendas e o rácio de rotação de capitais apresentaram valores elevados. A redução no capital investido ao longo dos anos também sugere uma gestão de recursos mais focada e possivelmente mais eficiente.

Ao analisar os dados financeiros apresentados, observa-se uma significativa volatilidade e uma tendência de deterioração nos indicadores ao longo do período de 2017 a 2021.

Os impostos operacionais de caixa apresentaram variações substanciais, iniciando em valores negativos de aproximadamente US$ -32,3 milhões em 2017, para um pico negativo de US$ -510,5 milhões em 2018, refletindo uma agravada carga tributária ou mudanças na política fiscal da empresa. Em 2019, os valores negativos diminuíram para aproximadamente US$ -58,3 milhões, indicando uma redução nos impostos operacionais de caixa nesse ano. Contudo, em 2020, os impostos voltaram a crescer, atingindo aproximadamente US$ -85,7 milhões. Em 2021, houve uma reversão dessa tendência, com valores positivos de cerca de US$ 64,6 milhões, sugerindo uma mudança significativa na gestão tributária ou na situação financeira da empresa, possibilitando benefícios fiscais ou ajustes contábeis que levaram ao saldo positivo.

Quanto ao Lucro Operacional Líquido Antes de Impostos (NOPBT), o desempenho foi drasticamente afetado ao longo do período. Em 2017, apresentou um lucro positivo de cerca de US$ 375,8 milhões, indicando uma base sólida de rentabilidade. No entanto, em 2018, houve uma queda acentuada para um prejuízo considerável de aproximadamente US$ -2,84 bilhões, o que representa uma deterioração severa na capacidade operacional ou nas operações da empresa. Essa tendência de prejuízo se manteve nos anos seguintes, com valores negativos de aproximadamente US$ -1,4 bilhões em 2019, US$ -993,8 milhões em 2020, e uma alternativa de piora em 2021, com prejuízo de cerca de US$ -1,28 bilhões.

Por fim, a taxa efetiva de imposto sobre o dinheiro (CTR) não possui dados disponíveis além de 2017, onde aponta uma taxa negativa de -8,6%, indicando um possível benefício fiscal ou ajuste contábil durante esse período. A ausência de informações subsequentes impede uma análise mais detalhada sobre a efetividade das políticas fiscais ao longo dos anos seguintes.

De modo geral, os dados refletem um cenário de forte instabilidade financeira, marcada por períodos de alta lucratividade seguidos de perdas expressivas, além de oscilações nos impostos operacionais de caixa que podem apontar para mudanças estratégicas, reestruturações ou eventos extraordinários ocorridos na empresa durante esses anos.