Air Products & Chemicals Inc. (NYSE:APD)

Ao longo do período analisado, observa-se uma tendência de crescimento consistente nas vendas, que aumentaram de aproximadamente US$ 2,56 bilhões no final de 2014 para cerca de US$ 2,60 bilhões no segundo trimestre de 2018, após o qual há uma tendência de estabilidade ou leve variação ao longo dos trimestres seguintes. Essa estabilização ocorre mesmo com pequenas oscilações pontuais. Os custos das vendas também apresentaram aumento ao longo do tempo, acompanhando as vendas, embora em valores absolutos superiores, indicando uma possível expansão nas operações ou aumento de custos associados à produção.

Lucro bruto

Houve uma melhora contínua na margem de lucro bruto, passando de aproximadamente US$ 730 milhões no final de 2014 para picos superiores a US$ 800 milhões em alguns trimestres de 2017 e 2018, sinalizando maior eficiência na gestão de custos de produção ou uma melhora na precificação dos produtos.

Resultado operacional

O resultado operacional apresentou aumento gradual, atingindo patamares acima de US$ 500 milhões a partir de 2016, indicando uma melhora geral na rentabilidade operacional ao longo do período, apesar de oscilações trimestrais.

Resultado líquido

O lucro líquido evidenciou maior volatilidade, com um comportamento de altas e baixas ao longo do tempo. Durante 2017 e 2018, o resultado se manteve em patamares elevados, ultrapassando US$ 400 milhões, enquanto em alguns períodos de 2019 ocorreu queda temporária, seguida de recuperação até os últimos trimestres de 2020 e 2021, que apresentaram novamente resultados superiores a US$ 500 milhões.

Indicadores de resultados específicos

O resultado de operações continuadas demonstrou tendência de crescimento sólido, acompanhando o lucro líquido, com destaque para picos no segundo trimestre de 2017 e no quarto trimestre de 2018. A escalada do resultado refletem melhorias na eficiência operacional, apesar de oscilações pontuais causadas por itens não recorrentes, como despesas de reestruturação, custos de separação de empresas e despesas financeiras.

Itens extraordinários e despesas não operacionais

Houve períodos de impacto significativo de itens extraordinários, como impairments de ativos intangíveis em 2018 e despesas de reestruturação, além de custos relacionados à liquidação de pensões, o que contribui para a volatilidade dos resultados líquidos. Destacam-se ainda eventos de ganho com trocas de parcerias e receitas de realocação de sede, que impactam circunstancialmente os resultados.

Endividamento e despesas financeiras

As despesas com juros mostraram variações ao longo do período, sinalizando possíveis mudanças na estrutura de endividamento. Durante 2019 e 2020, houve aumento considerável dessas despesas, acompanhando eventos de refinanciamento ou maior uso de instrumentos de dívida. A presença de despesas financeiras elevadas influencia o resultado final, refletindo na necessidade de gestão eficiente do passivo financeiro.

Provisões fiscais e patrocinadores

As provisões de imposto de renda apresentaram oscilações marcantes, inclusive resultados negativos em determinados períodos, refletindo ajustes fiscais e estratégias de gestão tributária. Existe uma correlação entre os resultados operacionais e os desembolsos fiscais, que influenciam o fluxo de caixa e o resultado líquido.

Outros itens de receita e despesa

As receitas e despesas não operacionais, incluindo receitas diversas e itens extraordinários, contribuíram para a variabilidade dos resultados globais. Em alguns períodos, apresentam valores expressivos, contribuindo positivamente ou negativamente para o resultado líquido.

Desempenho de participações em coligadas

As participações em coligadas revelaram variabilidade, com alguns períodos de contribuição positiva ao resultado, enquanto outros apresentaram perdas significativas, especialmente durante anos de maior impacto de itens não recorrentes ou despesas extraordinárias.

Em síntese, o desempenho financeiro demonstra uma trajetória de crescimento de receitas e margens ao longo do tempo, com melhorias na eficiência operacional e aumento dos resultados líquidos até 2018, seguido por períodos de maior volatilidade devido a itens não recorrentes, despesas extraordinárias e fatores de mercado que impactaram o resultado final. A gestão de custos, despesas financeiras e itens específicos de despesas extraordinárias foram determinantes para as oscilações ao longo do período.