Kinder Morgan Inc. (NYSE:KMI)

Ao analisar os dados financeiros de forma trimestral, observa-se que a parcela atual da dívida apresentou uma tendência de redução ao longo do período analisado. Em março de 2015, esse item começava aproximadamente em US$ 3,4 bilhões, atingindo seu ponto mais baixo em dezembro de 2018, com aproximadamente US$ 2,1 bilhões, e posteriormente registrou aumento até 2020, alcançando US$ 3,5 bilhões em março de 2020. Essa evolução sugere uma tendência inicial de diminuição, seguida de uma posterior retomada do valor da dívida de curto prazo.

Entretanto, os juros vencidos mostraram oscilações, com valores variando entre aproximadamente US$ 336 milhões e US$ 695 milhões ao longo do período. Embora apresentem pequenas alterações mês a mês, a tendência geral indica uma leve oscilação, sem uma direção clara de aumento ou diminuição consistente.

Os impostos acumulados acompanharam uma tendência declinante, especialmente após dezembro de 2017, quando atingiram cerca de US$ 384 milhões, enquanto no início do período esses valores não eram inicialmente reportados. Após esse pico, houve uma redução significativa, chegando a aproximadamente US$ 289 milhões em junho de 2019, e posteriormente estabilizando próximo a US$ 295 milhões até março de 2020.

Os outros passivos circulantes apresentaram maior volatilidade, com valores variando entre cerca de US$ 760 milhões e US$ 1,4 bilhões. Notadamente, houve uma redução significativa ao final de 2018 e início de 2019, sugerindo possíveis melhorias na gestão do passivo circulante nesse período.

O passivo circulante, que incorpora diversos passivos de curto prazo, apresentou uma tendência de redução periódica ao longo do tempo, iniciando cerca de US$ 6,8 bilhões em março de 2015 e atingindo aproximadamente US$ 5,1 bilhões em março de 2020. Essa redução indica uma gestão eficiente na liquidez de curto prazo ou na quitação de obrigações de curto prazo ao longo do período.

O total do passivo manteve-se relativamente estável, com ligeira redução ao final de 2018, passando de aproximadamente US$ 50,8 bilhões em março de 2015 para cerca de US$ 39,3 bilhões em março de 2020. Já o passivo de longo prazo, considerado excluindo a parcela corrente, apresentou diminuição gradativa ao longo do período, refletindo uma possível estratégia de alongamento de vencimentos ou refinanciamento da dívida de longo prazo.

O destaque positivo foi a estabilidade do valor das ações Classe P, que permaneceu em torno de US$ 22 a US$ 23 milhões ao longo do período, indicando uma ausência de grande volatilidade ou mudanças significativas nesse componente de patrimônio.

O capital adicional realizado permaneceu relativamente estável, com leves oscilações, em torno de US$ 41,7 bilhões ao longo do período, o que aponta para uma manutenção consistente na captação de recursos próprios para sustentação da estrutura de capital da entidade.

O déficit retido, que representa o acumulado de lucros retidos e prejuízos, inicialmente apresentou valores negativos elevados, chegando a aproximadamente US$ 8 bilhões em março de 2018, refletindo perdas acumuladas consideráveis. Nos períodos mais recentes, esse valor estabilizou-se em torno de US$ 7,7 bilhões a US$ 8,5 bilhões, indicando que, apesar do esforço de geração de lucros, as perdas acumuladas permanecem expressivas.

As outras perdas abrangentes acumuladas também mostraram uma tendência de diminuição, sinalizando possíveis ajustes de valor justo ou encerramento de posições que contribuíram para melhorias no patrimônio líquido não realizado.

O patrimônio líquido da empresa demonstrou estabilidade ao longo do tempo, variando entre aproximadamente US$ 33 bilhões e US$ 36 bilhões. Apesar das perdas retidas elevadas, o patrimônio total apresentou um comportamento de moderada estabilidade, refletindo, possivelmente, o reforço de capital e a manutenção do valor de mercado da organização.

Por fim, o total do patrimônio líquido e o valor global da estrutura financeira indicam uma posição de estabilidade financeira relativa, ainda que a presença de perdas acumuladas seja um fator a ser considerado na avaliação de solvência e rentabilidade da entidade.