Fidelity National Information Services Inc. (NYSE:FIS)

Ao analisar os dados financeiros apresentados, observa-se que o total do passivo apresenta uma tendência de crescimento ao longo do período, passando de aproximadamente US$ 13,8 bilhões no primeiro trimestre de 2018 para cerca de US$ 33,9 bilhões no último trimestre de 2023. Essa elevação reflete um aumento significativo na alavancagem financeira da companhia, influenciada principalmente pelo crescimento do passivo circulante e do passivo não circulante.

O passivo circulante demonstra volatilidade, apresentando um aumento expressivo em determinados períodos, atingindo seu pico de US$ 16,2 bilhões no último trimestre de 2022, antes de apresentar uma redução até US$ 14,7 bilhões no primeiro trimestre de 2023. Tal comportamento pode indicar mudanças na estrutura de liquidez, estratégias de financiamento de curto prazo ou movimentações pontuais em contas a pagar e passivos relacionados a operações de venda.

De forma semelhante, o passivo não circulante também mostra incremento contínuo, passando de aproximadamente US$ 10 bilhões em 2018 para cerca de US$ 19,6 bilhões em 2023, sendo que algumas variações pontuais podem indicar refinanciamentos ou novas captações de recursos de longo prazo. A dívida de longo prazo, excluindo parcela corrente, reflete uma tendência de alta, chegando a US$ 13,9 bilhões no último trimestre de 2023, o que reforça o aumento do endividamento de longo prazo ao longo do período analisado.

Instrumentos como a dívida de curto prazo também apresentam crescimento acentuado em determinados momentos, atingindo picos de cerca de US$ 3,9 bilhões em 2022. Essa expansão na dívida de curto prazo, combinada com o aumento da dívida de longo prazo, sugere uma estratégia de financiamento que inclui maior alavancagem e movimentações de recursos entre diferentes maturidades das dívidas.

Os componentes patrimoniais, incluindo o patrimônio líquido, mostram uma trajetória de redução em termos nominais, passando de cerca de US$ 10,4 bilhões em 2018 para US$ 27 bilhões em 2023, após ajustes por variações na composição de lucros acumulados, ações do tesouro e outros ganhos abrangentes. Destaca-se uma série de perdas acumuladas expressivas na trajetória, culminando em déficits de aproximadamente US$ 15 bilhões em 2023, o que impacta negativamente o patrimônio líquido total. No entanto, o patrimônio líquido ajustado, excluindo as ações do tesouro, permanece relativamente mais estável, refletindo mudanças na estrutura de capital e na retenção de lucros.

Além disso, a evolução das ações preferenciais não estão presentes na operação, enquanto as ações ordinárias mantêm-se constantes ao longo do período, com leves variações de 4 a 6 milhões de dólares. Os adicionais integralizados em capital aumentaram consideravelmente, superando US$ 46 bilhões em 2023, indicando uma ampliação no aporte de recursos pelos acionistas.

Por fim, os resultados sugerem uma organização que ampliou consideravelmente suas operações e sua estrutura de endividamento ao longo dos anos, potencialmente buscando financiamentos para sustentar o crescimento, embora também tenha enfrentado desafios relacionados à recuperação de seus lucros acumulados e à gestão de perdas históricas. Essas dinâmicas evidenciam uma fase de ampliação de escala com aumento substancial do passivo e do patrimônio líquido, embora com rentabilidade e resultados financeiros que possam demandar atenção na análise de sustentabilidade dessas estratégias.