ONEOK Inc. (NYSE:OKE)

Ao analisar a evolução do passivo e do patrimônio líquido ao longo do período de 2018 a 2022, observa-se que o total do passivo representou uma parcela significativa, chegando a aproximadamente 73,36% do total nesse último ano, enquanto o patrimônio líquido manteve-se em torno de 26,64%. Houve um crescimento contínuo do passivo total, que passou de 63,91% em 2018 para um pico de 74,54% em 2021, com uma estabilização em 73,36% em 2022, indicando uma maior alavancagem financeira ao longo do período.

Dentro do passivo, destaca-se o aumento relativo da dívida de longo prazo, que cresceu de 48,67% em 2018 para 61,65% em 2020, e depois apresentou uma redução para aproximadamente 52% em 2022. Essa tendência sugere que a empresa inicialmente ampliou sua base de endividamento de longo prazo, possivelmente para financiar investimentos ou operações, mas posteriormente ajustou sua estrutura de dívida, reduzindo o peso dessa modalidade.

Os vencimentos correntes de dívida de longo prazo apresentaram forte oscilação: enquanto representavam 2,78% do passivo em 2018, caíram drasticamente para 0,04% em 2019 e 2020, e voltaram a subir para 3,79% em 2021 e 2022. Essa variação reflete potencialmente uma maior atenção à gestão de vencimentos de dívidas de longo prazo, com possível reestruturação ou renovação dos vencimentos.

O passivo circulante, por sua vez, apresentou-se de forma bastante variável. Em 2018, correspondia a 11,56% do total, reduzindo-se bastante em 2020 para 5,83%, e posteriormente aumentando para 13,48% em 2021, antes de uma ligeira redução para 12,52% em 2022. Essa flutuação indica adaptações na necessidade de liquidez de curto prazo, possivelmente influenciadas por estratégias de gestão de fluxo de caixa ou mudanças nas prioridades de pagamento.

Os itens relacionados às contas a pagar variaram de 6,12% em 2018 para um mínimo de 3,12% em 2020 e depois retornaram a totais próximos de 5,5%, evidenciando estabilidade relativa na gestão de obrigações com fornecedores ao longo do tempo.

Quanto às obrigações relacionadas às commodities e aos juros vencidos, ambas apresentaram aumento em sua proporção do passivo total, chegando a 1,31% e 1% respectivamente em 2021, antes de uma ligeira redução em 2022, sugerindo que questões contingenciais ou variações no mercado de commodities podem ter influenciado o perfil de passivo da companhia.

O crescimento de itens ligados ao imposto de renda diferido, que passou de 1,21% em 2018 para 7,13% em 2022, reflete uma evolução na composição do ativo e passivo fiscal diferido, possivelmente devido a mudanças nas estratégias de planejamento tributário ou variações na estimativa de lucros futuros.

O patrimônio líquido apresentou redução de participação em relação ao total do passivo e patrimônio líquido, de 36,09% em 2018 para 26,64% em 2022. Ressalta-se a diminuição do capital integralizado, que passou de 41,77% em 2018 para 29,75% em 2022, indicando uma menor emissão de ações ou retenção de lucros que contribuíram para a formação do patrimônio. Ademais, as perdas abrangentes acumuladas evoluíram de -1,03% em 2018 para um patamar mais negativo em 2020, mas mostraram sinais de recuperação em 2022, com uma expressão de -0,44%, sugerindo melhora na situação de perdas acumuladas ao longo do tempo.

Em resumo, observa-se uma maior alavancagem financeira na empresa ao longo do período, com aumento relativo do endividamento de longo prazo, ajustes na estrutura de passivos circulantes, e uma significativa redução no patrimônio líquido em relação ao total, refletindo possíveis estratégias de financiamento externo e reestruturação patrimonial. Tais movimentos indicam que a gestão vem balanceando suas fontes de recursos e enfrentando desafios de liquidez e solvência, buscando manter uma estrutura de capital que atenda às necessidades operacionais e estratégicas.