ONEOK Inc. (NYSE:OKE)

Ao analisar as receitas ao longo do período de 2005 a 2022, observa-se uma tendência de crescimento geral, apesar de algumas oscilações intermediárias. Entre 2005 e 2008, há uma variação de alta nas receitas, alcançando seu pico em 2008. Contudo, em 2009, há uma redução, possivelmente relacionada a aspectos econômicos globais, antes de uma retomada de crescimento a partir de 2010. A partir de 2013, as receitas exibiram um aumento acentuado, atingindo seu ponto mais elevado em 2022, com um valor expressivo superior ao de anos anteriores.

O resultado operacional apresentou uma trajetória de crescimento sustentado ao longo de todo o período, embora com algumas flutuações pontuais. Desde 2005 até 2018, observa-se um aumento constante da margem operacional, culminando em um pico em 2018. Depois disso, há uma estabilização relativamente alta, embora com um leve declínio em 2020, sugerindo que os ganhos operacionais mantiveram-se sólidos até esse ponto. Em 2021, há um aumento expressivo, refletindo possivelmente melhorias na eficiência ou crescimento na demanda, e em 2022 esse indicador mantém um patamar elevado.

O lucro líquido apresentou maior volatilidade ao compararmos a série de anos. De 2005 até 2016, há uma trajetória de aumentos sucessivos, especialmente notável em 2017, com um aumento expressivo. Após 2017, observa-se uma significativa redução em 2018, seguida de uma recuperação em 2019. A partir de 2020, há uma tendência de forte crescimento, atingindo o maior valor do período em 2022. Essa evolução indica uma melhora na rentabilidade líquida, possivelmente resultado de melhorias na gestão, ganhos de eficiência ou fatores macroeconômicos favoráveis.

De modo geral, a análise dos indicadores evidencia uma tendência de crescimento consistente em receitas, uma melhora contínua na eficiência operacional e um aumento substancial na lucratividade líquida ao longo do período considerado. Esses aspectos refletem uma trajetória de fortalecimento financeiro, com variações pontuais atribuíveis a fatores externos ou internos, mas com uma tendência de crescimento estruturado ao longo do tempo.

Observa-se uma tendência de crescimento contínuo nos ativos totais ao longo do período analisado, com destaque para o aumento expressivo entre 2008 e 2010, onde os ativos totais passaram de aproximadamente US$ 13 bilhões para cerca de US$ 15,8 bilhões, indicando expansão significativa na estrutura patrimonial da empresa.

Após 2010, essa elevação prosseguiu, atingindo mais de US$ 23 bilhões em 2022, demonstrando uma trajetória de crescimento constante e robusta ao longo de mais de uma década.

Quanto ao ativo circulante, observam-se variações ao longo dos anos, com picos em 2008, 2012 e 2018, refletindo alterações na liquidez da empresa. Inicialmente, houve uma diminuição de 4,4 milhões de unidades em 2005 para aproximadamente 2,6 milhões em 2009, indicando uma redução no nível de ativos de rápida liquidez. Posteriormente, há uma recuperação e crescimento, culminando em um valor próximo de 2,5 milhões em 2022, indicando uma possível estabilização ou incremento na posição de curto prazo.

Em linhas gerais, essa evolução sugere uma estratégia de crescimento sustentado dos ativos totais, enquanto os ativos circulantes apresentam maior volatilidade, possivelmente influenciados por fatores de gestão de liquidez, operações de investimento ou mudanças na estrutura de capital.

Notavelmente, a rápida expansão dos ativos totais após 2010 pode estar relacionada a aquisições, investimentos em novos ativos ou expansão de operações, reforçando a posição da empresa na indústria e refletindo um período de crescimento consistente.

Ao analisar os dados ao longo do período de 2005 a 2022, observa-se uma tendência geral de crescimento no patrimônio líquido total, com alguns períodos de variação. O patrimônio líquido apresentou um aumento consistente a partir de 2010, atingindo um pico em 2017, com valores superiores a 6,5 bilhões de dólares. Após esse pico, houve uma ligeira redução, estabilizando na faixa de aproximadamente 6 bilhões de dólares até 2022.

No que diz respeito ao passivo circulante, houve uma variação expressiva ao longo dos anos, com picos significativos em 2012 e 2022. Notadamente, em 2012, o passivo circulante atingiu o seu valor máximo de aproximadamente 2,8 milhões de dólares, acompanhando uma tendência de alta no empréstimo e dívida de longo prazo neste ano.

Os empréstimos de curto e longo prazo evidenciaram uma tendência crescente, especialmente a partir de 2010, culminando em um aumento substancial em 2019 e 2020, com valores que ultrapassaram 13 bilhões de dólares. Isso revela uma ampliação no endividamento, possivelmente relacionada a estratégias de financiamento ou investimentos. Após esse crescimento expressivo, houve uma estabilização na posição de dívida de longo prazo em 2021 e 2022, com valores similares aos anos anteriores a 2020.

De modo geral, a combinação do aumento do patrimônio líquido até 2017 seguida de estabilização e o crescimento dos passivos financeiros indicam uma estratégia de expansão apoiada por aumento de dívida. A variação no passivo circulante também reflete ajustes na estrutura de capital da empresa ao longo do período, provavelmente alinhados às operações e estratégias de financiamento adotadas ao longo dos anos.

Desempenho do caixa proveniente de atividades operacionais

Nos anos iniciais, a entrada de caixa proveniente das atividades operacionais apresentou variações significativas, começando com um resultado negativo em 2005, seguido de um aumento expressivo em 2006 e 2007. A partir de 2008, observa-se uma tendência de recuperação e crescimento contínuo, atingindo picos consideráveis em 2017 e 2020, indicando uma melhora na geração de caixa operacional ao longo do período. Em 2022, o valor de caixa proveniente dessas atividades mantém-se elevado, refletindo uma operação mais eficiente na geração de caixa.

Utilização de caixa em atividades de investimento

O caixa destinado às atividades de investimento foi predominantemente negativo ao longo de todo o período, indicando saídas constantes de recursos nesse comando. Houve períodos de picos negativos acentuados, especialmente em 2013, 2018, 2019 e 2020, sugerindo investimentos intensivos ou aquisições relevantes nesse período. Esses valores negativos se mantêm elevados, demonstrando uma política consistente de reinvestimento ou expansão, embora existam anos com menores saídas, como 2006 e 2009, que podem refletir mudanças na estratégia de investimento ou desinvestimentos realizados em determinados momentos.

Receitas/proventos de atividades de financiamento

O fluxo de caixa proveniente de atividades de financiamento revela uma volatilidade marcante. Entre 2005 e 2008, há um ciclo de entradas e saídas, com destaque para o ano de 2006, que apresentou uma saída significativa. A partir de 2009, observa-se um aumento substancial nas entradas de caixa de financiamento, atingindo picos elevados em 2010, 2014, 2017 e 2020. Esses picos indicam captação de recursos consideráveis, possivelmente por meio de dívidas ou emissão de ações. Entretanto, também há períodos de saídas relevantes, como em 2006, 2010, 2018 e 2022, sugerindo pagamento de dívidas ou retornos a investidores. A partir de 2017, há uma tendência de aumento nas entradas, culminando em valores elevados em 2020, seguido por uma redução em 2021 e uma grande saída em 2022, indicando mudanças na política de financiamento ou na necessidade de liquidez da empresa.

De modo geral, a análise revela uma empresa com forte geração de caixa operacional nos últimos anos, acompanhada por uma política de investimentos agressiva e uma gestão de financiamento bastante dinâmica. A assimetria entre entradas e saídas de caixa em diferentes áreas reflete estratégias de crescimento, investimentos em expansão e reestruturações financeiras ao longo do tempo.

Lucro básico por ação

Observa-se uma trajetória de crescimento variável ao longo do período de análise. Entre 2005 e 2008, o lucro básico por ação manteve-se relativamente estável, apresentando pequenas variações, próximas a valores entre 1,37 e 1,75 dólares. A partir de 2009, houve uma desaceleração, com queda pontual em 2010, seguido por uma recuperação gradual até 2013. A partir de então, houve aumento notável em 2016, atingindo 2,80 dólares, seguido de estabilização e novo crescimento até 2022, alcançando 3,85 dólares. Esses padrões sugerem uma recuperação consistente após os anos de 2010, possivelmente associados a melhorias operacionais ou condições de mercado favoráveis.

Lucro diluído por ação

O comportamento do lucro diluído por ação acompanha de perto o do lucro básico, apresentando uma trajetória de crescimento geral ao longo do período. Desde valores iniciais próximos a 2,53 dólares em 2005, houve uma tendência de aumento, culminando em valores de aproximadamente 3,84 dólares em 2022. Apesar de pequenas flutuações pontuais, como uma leve redução em 2010, o indicador demonstra uma tendência de aprimoramento contínuo, reforçando a possibilidade de melhorias na rentabilidade geral da empresa.

Dividendo por ação

O pagamento de dividendos por ação apresenta uma tendência de crescimento consistente ao longo do período, partindo de 0,55 dólares em 2005 para 3,74 dólares em 2015, mantendo esse patamar até 2022. O aumento contínuo ao longo dos anos indica uma política de distribuição de lucros favorável aos acionistas e uma expectativa de estabilidade na geração de caixa da empresa. A manutenção do dividendo na faixa de 3,74 dólares a partir de 2015 demonstra uma estratégia de suporte aos investidores, mesmo após as oscilações no lucro líquido ao longo do período.