EQT Corp. (NYSE:EQT)

Ao analisar os indicadores financeiros ao longo dos trimestres, evidencia-se uma tendência de estabilização e redução no nível de endividamento da empresa. O índice de dívida sobre patrimônio líquido apresentou uma alta até o final de 2018, atingindo 0,77, seguido de uma redução significativa a partir de então, atingindo 0,45 no segundo trimestre de 2019. Essa diminuição refletiu uma melhora na composição de capital, indicando uma menor dependência de financiamento externo em relação ao patrimônio próprio.

O rácio dívida/capital total seguiu um padrão semelhante, apresentando uma elevação até 2018, atingindo 0,44, e posteriormente uma regressão, chegando a 0,31 no terceiro trimestre de 2019, com leve aumento de volta a 0,43 no primeiro trimestre de 2021, antes de estabilizar em torno de 0,33 a partir de então. Essa evolução sugere uma redução no peso da dívida em relação ao total de recursos, contribuindo para uma estrutura de capital mais conservadora.

Já a relação dívida/ativos permaneceu relativamente constante até 2018, na faixa de 0,27 a 0,3, indicando uma proporção moderada de ativos financiados por dívida. Contudo, a partir de 2019, há uma tendência de diminuição, chegando a 0,21 no último trimestre de 2022, o que demonstra um fortalecimento da posição patrimonial e uma gestão mais eficiente do endividamento.

O índice de alavancagem financeira revelou aumento progressivo ao longo do período, passando de aproximadamente 2,36 em março de 2018 para 2,66 em setembro de 2022, indicando uma maior dependência de recursos de terceiros para sustentar suas operações. Ainda assim, essa relação permanece dentro de níveis considerados razoáveis para muitas empresas do setor.

O índice de cobertura de juros apresentou variações expressivas, especialmente no período mais recente. Notou-se um relato de resultados negativos na maior parte de 2019 e 2020, com valores de -12,44 a -2,54, indicando dificuldades na capacidade de geração de lucro suficiente para cobrir os encargos de juros. A partir de meados de 2021, observa-se uma melhora, com valores de aproximadamente -3,67 a -3,18, até atingir um valor positivo de 10,08 no quarto trimestre de 2022, sugerindo que a empresa recuperou sua capacidade de pagar juros com seus resultados operacionais recentes.

Ao longo do período analisado, observam-se variações significativas no nível de endividamento total da empresa, que apresentou um pico próximo de US$ 8,5 bilhões no segundo trimestre de 2018, seguido por uma redução considerável em 2019, atingindo valores inferiores a US$ 5 bilhões no mesmo ano. Essa diminuição sugere uma estratégia de redução de endividamento ou uma forte geração de caixa que possibilitou o pagamento de dívidas.

Após esse período de redução, o endividamento total voltou a apresentar incrementos progressivos a partir de 2020, atingindo valores superiores a US$ 5 bilhões e chegando a um pico próximo de US$ 6,2 bilhões no final de 2021. Essa tendência indica uma provável retomada de apetite por financiamento ou investimentos, ou uma possível reestruturação de dívidas.

O patrimônio líquido ordinário apresentou uma tendência de oscilação, inicialmente em declínio, chegando a um mínimo de aproximadamente US$ 8,2 bilhões no final de 2021, após o qual houve recuperação, atingindo cerca de US$ 9,6 bilhões no primeiro trimestre de 2022. Essa recuperação pode refletir uma melhoria na rentabilidade ou maior valorização dos ativos da empresa nesse período.

O índice de dívida sobre patrimônio líquido, que mostra a proporção de endividamento em relação ao patrimônio, variou ao longo do tempo, atingindo valores elevados de até 0,77 em setembro de 2018, indicando uma alta alavancagem financeira naquele período. Posteriormente, houve redução do índice a valores em torno de 0,45 a 0,54, evidenciando uma melhora na estrutura de capital e uma maior utilização de recursos próprios em relação às dívidas.

Após 2020, o índice voltou a aumentar, atingindo cerca de 0,66 no final de 2021, elevando a percepção de maior alavancagem financeira, embora ainda dentro de níveis gerenciáveis. Essa evolução reflete uma mudança no perfil de endividamento da empresa, possivelmente relacionada a estratégias de financiamento de projetos ou operações.

Em suma, a análise mostra um período de redução do endividamento até 2019, seguido por uma retomada a partir de 2020, com oscilações na alavancagem financeira e na composição do patrimônio líquido, indicando estratégias de gestão de capital e dívida ajustadas ao cenário macroeconômico e às condições de mercado durante o período.

A análise dos dados financeiros trimestrais revela tendências específicas no perfil de endividamento e na composição de capital da empresa ao longo do período de aproximadamente quatro anos.

Endividamento total

Observa-se que o endividamento total apresentou um patamar elevado no início de 2018, atingindo cerca de US$ 7,46 bilhões, seguido por um aumento até o terceiro trimestre de 2018, chegando a aproximadamente US$ 8,5 bilhões. Após esse pico, a dívida demonstrou uma tendência de redução, atingindo US$ 5,03 bilhões no primeiro trimestre de 2020. No período subsequente, houve leve recuperação, porém sem recuperar os níveis máximos anteriores, encerrando o período analisado em torno de US$ 4,77 bilhões no terceiro trimestre de 2022. Essa dinâmica revela uma estratégia de redução do endividamento ao longo do tempo, possivelmente indicando esforços de desinvestimento ou de equilíbrio financeiro mais conservador.

Capital total

O capital total apresentou uma curva de alta significativa até o início de 2018, chegando a US$ 19,17 bilhões, seguido de uma redução expressiva no decorrer de todo o período. Em março de 2019, atingiu aproximadamente US$ 16,46 bilhões, e continuou a tendência de diminuição, formando um patamar mais baixo em torno de US$ 13,6 bilhões no fim de 2020. Houve uma recuperação parcial posteriormente, chegando a aproximadamente US$ 15,13 bilhões em junho de 2022. A redução de capital ao longo do período pode refletir reinvestimentos na operação, pagamento de dividendos ou desvalorizações do patrimônio, com uma recuperação parcial em anos mais recentes.

Rácio dívida/capital total

O rácio dívida/capital total apresentou variações ao longo do período. Em 2018, o índice variou entre 0,39 e 0,44, indicando uma proporção de endividamento relativamente alta. No primeiro trimestre de 2020, houve uma redução do índice para cerca de 0,35, seguida de leve aumento até 0,44 em alguns períodos, mostrando que a relação de endividamento em relação ao patrimônio oscilou, porém mantendo níveis moderados e dentro de uma faixa considerada gerenciável. No último trimestre analisado, o rácio fechou em 0,33, sugerindo uma melhora na composição de capital em relação à dívida, o que pode indicar maior estabilidade financeira ou redução do risco de solvência.

Ao analisar os dados financeiros trimestrais, observa-se uma tendência de diminuição no endividamento total ao longo do período, embora haja oscilações pontuais. Em março de 2018, o endividamento total atingia aproximadamente US$ 7,46 bilhões, apresentando alta até o terceiro trimestre de 2018, quando atingiu cerca de US$ 8,5 bilhões. No entanto, a partir do quarto trimestre de 2018, ocorre uma redução contínua do endividamento, chegando a aproximadamente US$ 4,76 bilhões no terceiro trimestre de 2022, indicando uma tendência de redução da dívida ao longo do período.

Essa diminuição do endividamento está acompanhada por uma variação relativamente estável na relação dívida/ativos, que flutua em torno de 0,27 e 0,3 nas primeiras etapas do período, apresentando uma tendência de redução na proporção de dívidas em relação aos ativos totais ao final do período analisado. Em março de 2018, a relação era de 0,27, mas por volta de setembro de 2022, essa proporção caiu para aproximadamente 0,21, o que sugere uma melhora na estrutura de capital da empresa.

Quanto aos ativos totais, há uma evidente expansão ao longo do período. Em março de 2018, os ativos estavam em US$ 27,63 bilhões, chegando a cerca de US$ 22,54 bilhões em setembro de 2022. Apesar de uma oscilação nos ativos durante o período, a tendência geral indica aumento, especialmente a partir de 2021, momento em que os ativos voltaram a crescer após uma fase de estabilização. Essa estabilização ou crescimento dos ativos, juntamente com a redução do endividamento, aponta para uma possível melhora na liquidez e na capacidade de geração de valor da empresa.

De modo geral, os dados revelam uma gestão que busca diminuir seus passivos em relação aos ativos, aprimorando sua estrutura financeira de forma gradual ao longo do tempo. A estabilidade na relação dívida/ativos, combinada com a redução do endividamento, reforça a percepção de uma estratégia de consolidação financeira, buscando maior solidez patrimonial frente às variações do mercado durante o período analisado.

Ao longo do período analisado, observa-se que os ativos totais apresentaram uma tendência geral de declínio, passando de aproximadamente 27,63 milhões de dólares no primeiro trimestre de 2018 para cerca de 22,54 milhões de dólares no terceiro trimestre de 2022. Essa redução sugere uma possível desmobilização de ativos ou uma estratégia de ajuste de porte operacional ao longo do tempo, com períodos de estabilização em torno de valores inferiores ao início do período.

O patrimônio líquido ordinário exibiu variações significativas durante o período, com um pico aproximado de 10,1 milhões de dólares no segundo trimestre de 2022, após oscilações entre valores próximos de 8,3 milhões até cerca de 11,9 milhões de dólares. Apesar da redução observada ao longo de 2021, especialmente de mais de 2 milhões de dólares do primeiro para o terceiro trimestre, há sinais de recuperação no período de 2022, indicando possíveis melhorias na geração de valor ou na gestão do capital próprio.

O índice de alavancagem financeira se mostrou variável, indicando oscilações na relação entre endividamento e patrimônio. Inicialmente, os valores estavam em torno de 2,36 no primeiro trimestre de 2018, atingindo picos de até 2,79 em 2021, sugerindo aumento no grau de endividamento relativo ao patrimônio. Contudo, o índice também apresentou períodos de redução, como 1,83 no segundo trimestre de 2019, indicando momentos de menor alavancagem. A tendência global revela uma certa estabilidade na alavancagem, apesar das oscilações, mantendo-se dentro de uma faixa padrão, o que pode refletir ajustes estratégicos na estrutura de capital da empresa ao longo do tempo.