Anadarko Petroleum Corp. (NYSE:APC)

O análise dos dados financeiros demonstra uma mudança significativa na composição do passivo e do patrimônio líquido ao longo do período avaliado.

Distribuição do passivo circulante e não circulante

Observa-se um aumento expressivo na proporção do passivo circulante em 2014, atingindo 16.59%, antes de reduzir para 9.01% em 2015 e 7.3% em 2016. Esse padrão sugere uma reversão na estratégia de liquidez, com maior ênfase na liquidez de curto prazo em 2014, seguida por uma redução. O passivo não circulante manteve uma parcela dominante, crescendo de aproximadamente 50% até cerca de 58% em 2016, indicando maior foco em financiamentos de longo prazo.

Endividamento de curto e longo prazo

A dívida de curto prazo apresentou um aumento súbito em 2013, chegando a 0.9%, mas posteriormente desapareceu ou permaneceu insignificante em 2014 e 2015, voltando a aparecer de forma marginal em 2016. Por outro lado, a dívida de longo prazo, excluindo parcela corrente, mostrou uma tendência de estabilidade ao redor de 24-25% até 2014, apoiada por um aumento para 33.86% em 2015, permanecendo alta em 2016 em 33.54%. Essa evolução indica maior ênfase na captação de recursos de longo prazo nos últimos anos.

Contas a pagar e outros passivos

As contas a pagar apresentaram uma redução de sua proporção, passando de 7.59% em 2012 para 5.02% em 2016. As obrigações relacionadas a impostos e despesas acumuladas também reduziram sua participação em relação ao passivo total, sinalizando possível controle mais eficiente das obrigações de curto prazo. Contudo, obrigações de aposentadoria de ativos tiveram incremento em 2016, atingindo 6.15%, refletindo possível aumento nas obrigações relacionadas a benefícios a longo prazo.

Passivos contingentes e outros passivos de longo prazo

O passivo contingente relacionado à Tronox aumentou em 2014, chegando a 8.45%, indicando uma potencial exposição a riscos que potencialmente podem impactar a posição patrimonial futura. Outros passivos de longo prazo apresentaram crescimento contínuo, chegando a mais de 25% em 2016, sinalizando apreciação de obrigações de natureza de longo prazo.

Patrimônio líquido e sua composição

O patrimônio líquido total reduziu-se de aproximadamente 41.61% em 2012 a 34.01% em 2016, refletindo uma redução proporcional do patrimônio líquido em relação ao total do passivo e do patrimônio. A componente de lucros não distribuídos sofreu forte decréscimo ao longo do período, de 26.3% em 2012 para 3.74% em 2016, o que pode indicar distribuição de lucros, perdas acumuladas ou reestruturação de reservas. O capital integralizado, por sua vez, aumentou modestamente, elevando sua proporção de 15.65% para 26.06%, reforçando o fortalecimento do capital próprio ao longo do período.

Outros componentes do patrimônio e interesses não controladores

As ações em tesouraria mantiveram uma participação negativa constante, embora de magnitude crescente, sugerindo recompra de ações ou baixa de ações em circulação. Interesses não controladores expandiram sua participação de 2.38% em 2012 para 7.21% em 2016, indicando aumento na participação de acionistas minoritários ou de investidores externos na estrutura de governança.

De forma geral, a análise evidencia uma tendência de aumento do endividamento de longo prazo e uma redução da participação do patrimônio líquido na composição total, refletindo possible reestruturação financeira com maior alavancagem e menor flexibilidade patrimonial. Além disso, há indicativos de esforços para fortalecer o capital próprio, embora com redução progressiva na parcela de lucros retidos, o que pode impactar a autonomia financeira futura da entidade.