Anadarko Petroleum Corp. (NYSE:APC)

Ao analisar as tendências dos itens financeiros ao longo dos diferentes períodos, observa-se que a composição do passivo da empresa apresenta relativa estabilidade, embora com variações nos percentuais de alguns componentes específicos.

O passivo circulante mostra uma oscilação ao longo do tempo, atingindo picos significativos em certos períodos, como 18,81% no primeiro trimestre de 2014, seguido de uma redução a aproximadamente 7,37% no primeiro trimestre de 2017. Essa variação sugere uma possível alteração na estrutura de liquidez ou estratégias de gerenciamento do curto prazo.

No que diz respeito às dívidas de longo prazo, nota-se uma tendência de aumento percentual ao longo do período, iniciando em aproximadamente 28,15% no primeiro trimestre de 2012 e atingindo cerca de 35,76% no último trimestre de 2017. Essa trajetória indica um crescimento na dependência de financiamento de longo prazo, possivelmente refletindo estratégias de expansão ou refinanciamento de obrigações.

Os componentes do passivo também incluem obrigações de aposentadoria de ativos, cuja participação varia moderadamente, mantendo-se entre 2% e 3,8%, com aumento relevante em alguns períodos, como o último trimestre de 2016 e o primeiro trimestre de 2017, sugerindo possíveis ajustes nas provisões para aposentadoria.

O passivo contingente relacionado à Tronox mantém uma participação relativamente constante, próximas a 8,8%, até o último trimestre de 2014, após o qual desaparece nos dados subsequentes, possivelmente indicativa da resolução ou mudança na exposição perante essa contingência.

O patrimônio líquido evidenciou uma tendência de redução em sua participação percentual, passando de aproximadamente 38,8% em março de 2012 para cerca de 25% em março de 2016, refletindo um aumento na participação do passivo, principalmente das dívidas de longo prazo, o que pode indicar aumento do endividamento ou diminuição do patrimônio propriamente dito.

Dentro do patrimônio, o capital integralizado manteve-se relativamente estável, representando cerca de 14,5% a 15,5%, enquanto os lucros não distribuídos apresentaram declínio acentuado, caindo de aproximadamente 25% em meados de 2012 para menos de 1% em 2017, indicando uma possível distribuição de lucros, perdas acumuladas, ou redução de reservas de lucros retidos.

As ações em tesouraria apresentam no período uma participação negativa em torno de -1,5% a -2,5%, refletindo operações de recompra de ações ou cancelamentos de ações em tesouraria, contribuindo para a redução do patrimônio líquido de ações cirulantes.

A participação de interesses não controladores se manteve em torno de 1,6% a 7,3% ao longo do tempo, indicando uma participação minoritária em controladas que também variou, possivelmente refletindo mudanças na estrutura de controladas ou na participação de investidores minoritários.

Com relação às outras perdas abrangentes acumuladas, o percentual permanece relativamente estável, oscilando entre -0,44% e -1,22%, indicando uma estabilidade na composição das perdas acumuladas fora do resultado do período.

Em conjunto, a análise revela uma empresa que, ao longo do período, experimentou aumento na alavancagem financeira, com maior peso de dívidas de longo prazo, enquanto o patrimônio líquido encolheu principalmente devido ao declínio nos lucros retidos e às ações em tesouraria. Essa mudança pode refletir estratégias de financiamento para crescimento, mas também implica maior dependência de dívidas, o que demanda monitoramento contínuo de riscos financeiros.