AbbVie Inc. (NYSE:ABBV)

Análise dos índices de liquidez ao longo dos períodos

Índice de liquidez corrente

Observa-se que o índice de liquidez corrente apresentou uma queda acentuada entre o primeiro trimestre de 2020 e o segundo trimestre de 2020, passando de 3,14 para 0,86, indicando uma deterioração na capacidade de cobrir passivos de curto prazo com ativos de curto prazo. Após essa baixa, houve uma recuperação gradual, atingindo valores próximos a 1,0 em 2021, e mantendo essa tendência de recuperação até o final de 2023, com variações próximas a 0,87. A partir daí, em 2024 e projeções futuras, há uma tendência de estabilização, embora ainda com valores inferiores a 1,0, sugerindo uma recuperação parcial na liquidez geral.

Índice de liquidez rápida

O índice de liquidez rápida seguiu uma trajetória semelhante, porém com valores mais baixos em todos os períodos, refletindo um foco maior nos ativos mais líquidos. Inicialmente, em março de 2020, o índice atingia 2,88, mas sofreu uma forte redução para 0,58 em junho de 2020. Após essa queda, apresentou recuperação ao longo do tempo, chegando a valores de aproximadamente 0,71 em setembro de 2021 e mantendo valores próximos a 0,66 a partir de 2022, indicando uma melhoria na capacidade de cumprir obrigações de curto prazo sem depender de estoques ou ativos menos líquidos.

Índice de liquidez de caixa

O índice de liquidez de caixa apresentou uma forte redução logo após o início da pandemia, de 2,5 em março de 2020 para 0,25 em junho de 2020. Apesar de apresentar algumas oscilações, os valores continuaram baixos ao longo do tempo, variando de aproximadamente 0,14 a 0,44, indicando que uma parcela relativamente pequena dos ativos líquidos em caixa se mantém disponível para cobrir passivos de curto prazo. Essa diminuição evidencia uma possível redução na liquidez de caixa ao longo do período analisado, com uma recuperação parcial nos últimos períodos, mas sem retornar aos níveis iniciais.

Padrões e interpretações gerais

Os indicadores de liquidez demonstram uma deterioração acentuada no início da pandemia, principalmente entre o primeiro e o segundo trimestre de 2020, refletindo o impacto econômico e financeiro adverso. A partir desse ponto, há sinais de recuperação, embora os índices ainda permaneçam inferiores aos níveis pré-pandemia, especialmente o índice de liquidez de caixa, que mantém valores baixos e sujeitos a oscilações ao longo do tempo. A tendência geral indica uma dificuldade crescente na manutenção de ativos líquidos de curto prazo e uma necessidade potencial de gestão mais conservadora em relação às obrigações financeiras de curto prazo.

Ao analisar os dados financeiros trimestrais, observa-se uma variação significativa nos ativos e passivos circulantes ao longo do período considerado, com impacto direto na liquidez da empresa.

Os ativos circulantes apresentaram uma tendência geral de crescimento, passando de aproximadamente US$ 51,8 bilhões no primeiro trimestre de 2020 para cerca de US$ 29,6 bilhões no último trimestre de 2025. Ressalte-se que, durante o período, houve oscilações, com picos e quedas pontuais, sendo que a maior variação negativa ocorreu no segundo trimestre de 2020, possivelmente relacionada a fatores externos inesperados.

Já os passivos circulantes também demonstraram aumento contínuo, de aproximadamente US$ 16,5 bilhões em março de 2020 para cerca de US$ 39,8 bilhões em dezembro de 2025. Assim como os ativos, os passivos apresentaram picos de ampliação, especialmente a partir do segundo trimestre de 2020, indicando uma elevação no nível de obrigações de curto prazo.

O índice de liquidez corrente, que mede a capacidade de pagamento de obrigações de curto prazo com ativos disponíveis, apresentou uma tendência de deterioração ao longo do período. Em março de 2020, o índice era de 3,14, mas caiu para valores próximos de 0,65 a 0,95 nos trimestres seguintes, alcançando cerca de 0,74 ao final de 2025. Essa redução indica uma diminuição na margem de segurança de liquidez, sugerindo que a empresa se tornou mais dependente de outros recursos ou estratégias para honrar suas obrigações de curto prazo.

Entre o início e o final do período, houve momentos de recuperação momentânea do índice de liquidez corrente, como no quarto trimestre de 2021, quando atingiu 0,96, contudo, essa melhora não se manteve e a tendência de queda persistiu até o último trimestre avaliado.

Em resumo, a análise revela que, embora os ativos tenham crescido ao longo do tempo, os passivos também aumentaram de modo proporcional, resultando em uma deterioração na liquidez de curto prazo. A diminuição do índice de liquidez corrente aponta para uma potencial fragilidade na capacidade de cumprir obrigações financeiras de curto prazo, o que deve ser monitorado no contexto do gerenciamento financeiro da empresa.

Ao analisar os dados apresentados, observa-se que o total de ativos rápidos passou por variações ao longo do período, apresentando um pico em março de 2024, seguido de uma redução subsequente até junho de 2024, com uma recuperação até dezembro de 2024.

O passivo circulante apresentou uma tendência crescente, indicando um aumento nas obrigações de curto prazo ao longo do período analisado. Destaca-se uma elevação contínua desse passivo, atingindo níveis elevados em dezembro de 2024, o que pode indicar maior necessidade de liquidez de curto prazo ou uma estratégia de financiamento de curto prazo crescente.

Já o índice de liquidez rápida mostrou uma evolução bastante volátil. Logo no início, em março de 2020, o índice era elevado em 2.88, indicando uma forte capacidade de cobrir obrigações de curto prazo com ativos líquidos. No entanto, houve uma queda significativa em junho de 2020, chegando a 0.58, sugerindo dificuldades relativas na liquidez de curto prazo nesse período ou uma alteração na composição dos ativos líquidos. Após esse ponto, o índice apresentou uma tendência de recuperação, mantendo-se na faixa de aproximadamente 0.6 a 0.75 de forma geral, embora com oscilações menores, encerrando em 0.48 em junho de 2025, indicando uma recuperação parcial, mas ainda abaixo do nível de início do período analisado.

Em síntese, o período analisado demonstra um aumento consistente no passivo circulante e uma flutuação nos ativos líquidos de curto prazo, refletindo possíveis mudanças na liquidez e na gestão de recursos de curto prazo da entidade. O índice de liquidez rápida, que mede a capacidade de pagar dívidas de curto prazo com ativos líquidos, apresentou uma forte redução inicialmente, seguida por oscilações, refletindo possível volatilidade na liquidez ou mudanças na composição dos ativos líquidos ao longo do tempo. Essa dinâmica sugere que, embora haja sinais de recuperação na liquidez de curto prazo ao longo do período, os indicadores permanecem com margens inferiores ao nível inicial de 2020, apontando para uma possível necessidade de aprimoramento na gestão de liquidez ou de abordagem financeira mais conservadora.

Ao analisar os dados financeiros trimestrais, observa-se uma tendência de grande volatilidade no total de ativos de caixa ao longo do período considerado. Houve um pico significativo em 31 de dezembro de 2021, com um valor de US$ 13.290 milhões, seguido por uma redução substancial até meados de 2022, chegando a aproximadamente US$ 7.285 milhões em março de 2022. Nos anos subsequentes, os ativos de caixa exibiram oscilações, atingindo valores próximos a US$ 18.069 milhões em março de 2023, antes de apresentarem leve recuo até o final de 2024, situando-se em torno de US$ 6.467 milhões em dezembro de 2024.

O passivo circulante apresentou uma tendência de aumento ao longo do período, passando de US$ 16.471 milhões em março de 2020 para níveis superiores a US$ 39.767 milhões em dezembro de 2024. Essa evolução indica uma ampliação na obrigação de curto prazo, o que pode refletir crescimento operacional, expansão de dívidas ou mudanças na estrutura de financiamento.

O índice de liquidez de caixa demonstra uma evolução bastante variável durante os períodos analisados. Nos primeiros trimestres, o índice esteve bastante reduzido, atingindo valores inferiores a 0,5, o que sugere uma baixa capacidade de pagamento imediato das obrigações de curto prazo com os ativos de caixa disponíveis. Destaca-se um período de melhora em torno do final de 2021 e início de 2022, com índices próximos a 0,44 em dezembro de 2022, indicando uma melhora na liquidez. Contudo, a partir de 2023, o índice voltou a níveis bastante baixos, próximos a 0,17 a 0,16, indicando uma deterioração na capacidade de liquidez de curto prazo, possivelmente refletindo aumento do passivo circulante sem uma correspondente elevação dos ativos de caixa.