Kraft Heinz Co. (NASDAQ:KHC)

Ao analisar a evolução dos principais indicadores financeiros ao longo dos períodos trimestrais, observa-se que houve uma significativa variação no total do passivo e no patrimônio líquido da empresa.

O total do passivo apresentou um crescimento expressivo de um período para outro, especialmente entre o final de 2015 e o início de 2016, passando de aproximadamente US$ 54,4 bilhões em dezembro de 2015 para cerca de US$ 121,8 bilhões em março de 2018, com aumento contínuo nesse intervalo. Posteriormente, essa tendência de crescimento desacelera, apresentando pequenas variações até atingir uma plateau ao redor de US$ 98 milhões a US$ 104 milhões em 2020, indicando estabilização do passivo na última fase do período analisado.

Já o patrimônio líquido também apresentou forte crescimento até o início de 2018, atingindo aproximadamente US$ 66 bilhões em março de 2018, o que corresponde a uma elevação considerável em relação aos valores anteriores. Contudo, a partir deste ponto, há uma tendência de estabilização ou leve declínio, com o patrimônio líquido situando-se em torno de US$ 49 bilhões em março de 2020. Essa variação reflete uma combinação de fatores, incluindo oscilações nos lucros retidos, que tiveram momentos de forte crescimento, bem como alterações em outros componentes de patrimônio, como ações em tesouraria e perdas abrangentes acumuladas.

Os lucros retidos inicialmente apresentaram crescimento ao longo de diversos trimestres, atingindo picos superiores a US$ 8 bilhões no final de 2017 e início de 2018. No entanto, a partir de então, ocorreram quedas consideráveis, registrando valores negativos durante 2019 e 2020, o que indica a ocorrência de perdas ou distribuição de dividendos elevados que impactaram o saldo de lucros retidos.

O patrimônio líquido total acompanha essa evolução, evidenciando o crescimento dos fundos próprios até o início de 2018, seguido por uma leve moderação ou redução nas avaliações mais recentes. Além disso, é perceptível que componentes como ações em tesouraria e outras perdas abrangentes acumuladas tiveram aumento expressivo em certos períodos, o que contribuiu para a diminuição do patrimônio líquido no curto prazo.

O passivo não circulante, incluindo dívidas de longo prazo, mostrou um aumento contínuo até cerca de 2016, atingindo picos próximos a US$ 31 bilhões e posteriormente apresentando sinais de estabilização ou redução, especialmente após 2018, o que pode indicar esforços de refinanciamento ou pagamento de dívidas de longo prazo.

Em suma, o panorama financeiro demonstra uma fase de expansão significativa até 2018, marcada por aumento de ativos e passivos, seguida por uma fase de estabilização e ajuste, refletida na contenção dos crescimentos e na redução de componentes como perdas acumuladas e ações em tesouraria. Esses padrões sugerem que a empresa passou por substanciais mudanças estruturais, possivelmente relacionadas a reestruturações ou ajustes estratégicos, com impacto direto na composição do passivo e patrimônio ao longo do período analisado.