Demonstração dos fluxos de caixa
A demonstração de fluxo de caixa fornece informações sobre recebimentos de caixa e pagamentos de caixa de uma empresa durante um período contábil, mostrando como esses fluxos de caixa vinculam o saldo de caixa final ao saldo inicial mostrado no balanço patrimonial da empresa.
A demonstração dos fluxos de caixa consiste em três partes: fluxos de caixa fornecidos por (usados em) atividades operacionais, fluxos de caixa fornecidos por (usados em) atividades de investimento e fluxos de caixa fornecidos por (usados em) atividades de financiamento.
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- Demonstração de resultados
- Análise dos rácios de actividade a longo prazo
- Análise de segmentos reportáveis
- Valor da empresa em relação à FCFF (EV/FCFF)
- Índice de margem de lucro líquido desde 2005
- Índice de retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) desde 2005
- Rácio de rendibilidade dos activos (ROA) desde 2005
- Índice de liquidez corrente desde 2005
- Índice de giro total dos ativos desde 2005
- Relação preço/receita (P/S) desde 2005
Aceitamos:
Com base em relatórios: 10-K (Data do relatório: 2022-01-29), 10-K (Data do relatório: 2021-01-30), 10-K (Data do relatório: 2020-02-01), 10-K (Data do relatório: 2019-02-02), 10-K (Data do relatório: 2018-02-03), 10-K (Data do relatório: 2017-01-28).
Ao analisar os dados financeiros anuais, observa-se uma variação significativa nos resultados de lucro líquido ao longo do período. Em 2017, houve um lucro líquido de aproximadamente US$ 896 milhões, que quase dobrou em 2018, atingindo US$ 1,71 bilhão. Contudo, em 2019, o lucro líquido apresentou uma forte retração, resultando em prejuízo de aproximadamente US$ 1,59 bilhão, refletindo possivelmente impactos adversos ou perdas não recorrentes, como a incidência de prejuízo de ágio de US$ 2,73 bilhões. Em 2020, o lucro voltou a registrar resultados positivos, de cerca de US$ 827 milhões, demonstrando recuperação. Em 2021 e 2022, os valores se mantiveram relativamente estáveis, em torno de US$ 1,34 bilhão, indicando uma tendência de estabilização na lucratividade operacional.
O prejuízo de ágio, registrado em 2019 e 2020, sugere que houve perdas relacionadas a aquisições ou reavaliações de ativos intangíveis. Nos anos seguintes, esse item desaparece dos registros, indicando possível resolução ou baixa de tais custos.
Em relação aos estoques, observa-se uma forte oscilação. Houve um decréscimo de níveis de estoques em 2018, seguido por uma significativa redução em 2019, chegando a valores negativos em 2022, o que pode indicar vendas volumosas, redução de inventários ou reclassificações contábeis. Como consequência, é possível que tenham ocorrido ajustes operacionais ou mudanças na política de gerenciamento de estoque.
Os ativos circulantes apresentam uma alta volatilidade, refletindo alterações em contas como contas a pagar, impostos a pagar e outros passivos circulantes. Especialmente, as contas a pagar tiveram aumentado significativamente em 2022, indicando maior endividamento ou prazos de pagamento mais alongados. Os outros passivos também variaram consideravelmente, talvez refletindo estratégias de financiamento ou reestruturações.
Na demonstração de fluxo de caixa, nota-se que o caixa líquido fornecido pelas atividades operacionais apresentou uma tendência de crescimento até 2021, atingindo US$ 2,72 bilhões, porém caiu para US$ 1,43 bilhão em 2022. Este movimento reflete uma melhora da liquidez operacional ao longo do período, embora haja uma redução na última análise. Os ajustes para conciliar o lucro líquido com o caixa operacional indicam que atividades não monetárias beneficiaram o fluxo de caixa ao longo de quase todos os anos até 2021, sugerindo melhorias na eficiência operacional ou na gestão do capital de giro.
Os investimentos realizados indicam um padrão de desembolsos elevados, com valores ocorrendo também em 2022, o que sinaliza uma estratégia de expansão ou manutenção de ativos. O fluxo de caixa utilizado nas atividades de investimento permaneceu consistentemente negativo, reforçando a hipótese de investimento contínuo para crescimento ou renovação de ativos.
Na área de financiamiento, observa-se uma forte saída de recursos, especialmente nos anos de 2017 e 2018, com pagamentos significativos de dívidas de longo prazo. Em 2022, o gerenciamento de dívida continuou agressivamente, com reembolsos elevados, embora com menor magnitude em relação aos anos anteriores. Além disso, o movimento de ações emitidas e recompra de ações demonstra uma estratégia de remuneração de acionistas e gerenciamento de capital próprio, com recompra expressiva em 2021 e 2022, indicando potencialmente esforços para elevar o valor das ações ou ajustar a estrutura de capital.
Por fim, o aumento líquido de caixa variou bastante, atingindo seu pico em 2021, refletindo forte geração de caixa operacional e atividades de financiamento e investimento. Contudo, em 2022 houve uma redução significativa, o que pode sinalizar uma mudança na estratégia financeira, maior liquidez utilizada em reestruturações ou pagamento de dívidas. O saldo de caixa no início e no final de cada ano também acompanha essa dinâmica, indicando uma gestão ativa do caixa ao longo do período analisado.