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A análise das tendências nos dados financeiros trimestrais revela diversos padrões e movimentos ao longo do período avaliado.

Em relação ao passivo de notas a pagar, observa-se uma forte redução na parcela atual de notas a pagar entre o primeiro trimestre de 2017 e o segundo de 2018, com valores significativamente menores em 2018, seguido por uma recuperação expressiva na última linha de dados, atingindo aproximadamente US$ 999,8 milhões no último trimestre de 2022. Tal movimento sugere uma possível amortização de dívidas ou refazimento de estrutura de capital ao longo do tempo.

O item de impostos a pagar apresenta aumento nos valores entre 2017 e 2019, atingindo picos em determinados trimestres e exibindo uma tendência de redução após esses picos, especialmente após 2020, chegando a valores próximos de US$ 284,9 milhões no último trimestre de 2022. Ainda assim, o valor mantém-se consideravelmente mais alto em comparação ao início do período, refletindo possíveis mudanças na alocação de impostos ou na estratégia tributária da empresa.

Contas a pagar demonstram certa estabilidade, porém exibem picos em alguns trimestres, como durante 2019 e 2020, indicando variações na liquidez de obrigações de curto prazo. A trajetória geral mostra uma leve queda na quantidade de contas a pagar ao final do período, sugerindo possível melhora na gestão de obrigações de curto prazo.

Passivos mantidos para venda aparecem apenas em 2018, indicando uma possível estratégia de desinvestimento ou reestruturação de ativos específicos durante esse período, sem continuidade de dados posteriores.

Relevante destacar o crescimento das despesas acumuladas e outras passivas ao longo de todo o período, com aumento expressivo especialmente a partir de 2019, atingindo cerca de US$ 3,3 bilhões no último trimestre de 2020, e permanecendo elevados até 2022. Este aumento indica uma elevação na provisão de despesas futuras, obrigações contingentes ou mudanças na apropriação de despesas.

Os passivos circulantes também cresceram consideravelmente, aumentando de cerca de US$ 3 milhões em 2017 para mais de US$ 4 bilhões em 2022. Este movimento aponta para crescimento no financiamento de curto prazo ou aumento das operações de liquidez necessárias à companhia.

Notas a pagar, excluindo a parcela atual, mantêm-se relativamente constantes no início do período, com uma redução significativa a partir de 2020, chegando a aproximadamente US$ 6,27 bilhões no último trimestre de 2022. Este movimento concebe uma redução no endividamento de longo prazo relacionado a esse item específico.

Quanto ao passivo por impostos diferidos, há aumento em certos períodos, sobretudo em 2018 e 2019, atingindo cerca de US$ 2,4 bilhões, seguido por uma queda gradual até 2022. Isso sugere mudanças nas diferenças temporárias fiscais e na depreciação de ativos.

Passivos de arrendamento operacional de longo prazo evidenciam crescimento moderado na última linha do período, chegando a cerca de US$ 363,9 milhões em 2022, indicando incremento nas obrigações de leasing operacional.

Outros passivos de longo prazo mantêm uma tendência de estabilização, embora apresentem oscilações, porém permanecem em torno de US$ 1,3 bilhões ao longo do período, refletindo uma certa estabilidade na composição dessas obrigações.

O total do passivo tem aumentado continuamente, passando de aproximadamente US$ 9,73 milhões em 2017 para cerca de US$ 12,1 bilhões em 2022, indicando ampliação do endividamento e obrigações totais ao longo do tempo.

O patrimônio líquido da companhia revela crescimento constante ao longo do período, puxado principalmente pelo aumento de lucros não distribuídos, que subiram de aproximadamente US$ 14,78 bilhões em 2017 para cerca de US$ 15,9 bilhões em 2022. A composição do patrimônio também é sustentada por um aumento no patrimônio líquido total, refletindo lucros acumulados e retenções de valor.

As ações em tesouraria permanecem constantes ao longo dos anos, sugerindo ausência de recompra de ações durante o período avaliado.

O patrimônio líquido consolidado demonstra uma evolução positiva, passando de pouco mais de US$ 11,4 bilhões em 2017 para aproximadamente US$ 12,76 bilhões em 2022, evidenciando uma sólida geração de valor ao acionista.

Por último, o total do passivo e do patrimônio líquido acompanha essa tendência de crescimento, revelando um incremento na estrutura de capital da empresa, compatível com expansão das operações ou estratégias de fortalecimento financeiro ao longo do período analisado.