Reynolds American Inc. (NYSE:RAI)

Ao analisar os dados financeiros trimestrais, observa-se uma tendência de variação significativa nos ativos totais, com oscilações ao longo do período avaliado. Após uma redução notável no primeiro trimestre de 2012, os ativos totais apresentaram recuperação ao longo de 2012, atingindo um pico de aproximadamente 16.557 milhões de dólares em dezembro daquele ano. Desde então, ocorreram oscilações, com alguns períodos de declínio, especialmente naqueles que precederam o último trimestre de 2014 e o primeiro trimestre de 2015, em que os ativos totais atingiram valores mais baixos, na faixa de aproximadamente 15 a 16 bilhões de dólares.

O componente **Caixa e equivalentes de caixa** demonstra variações marcantes, começando em 2.396 milhões de dólares no primeiro trimestre de 2012, apresentando subsequentes oscilações que refletem mudanças na liquidez de curto prazo. Destaca-se uma significativa queda para 1.005 milhões de dólares no segundo trimestre de 2012, seguida por recuperações e por períodos de estabilização e crescimento, chegando a aproximadamente 3.154 milhões de dólares no último trimestre de 2017. Essas variações podem indicar ajustes na gestão de liquidez e esforço para manter níveis adequados de caixa ao longo do tempo.

Os **Investimentos de curto prazo** estavam ausentes em grande parte do período, com exceções nas últimas demonstrações, onde valores menores, como 347 milhões de dólares no último trimestre de 2014, indicam uma possível estratégia de otimização ou de realização de investimentos de curto prazo em momentos específicos.

Os **contas a receber** apresentam uma estabilidade geral, variando entre aproximadamente 62 e 145 milhões de dólares, com alguma variação positiva na redução de valores ao longo do período, sobretudo na última medição. No que tange às contas a receber, parte relacionada, há uma tendência de diminuição do valor ao longo do tempo, chegando a 39 milhões de dólares na última medição, embora tenham ocorrido picos diversos, incluindo valores mais elevados em alguns períodos, o que pode indicar mudanças nos relacionamentos comerciais ou ajustes na política de crédito.

Os **estoques** tiveram crescimento contínuo, passando de aproximadamente 972 milhões de dólares em março de 2012 para aproximadamente 1.645 milhões de dólares em março de 2017. Essa expansão pode refletir aumento na produção, estratégias de estoque ou crescimento na demanda de mercado.

O saldo de **imposto de renda diferido, líquido** manteve-se relativamente estável, com ligeiras variações ao longo do período, indicando consistência na estratégia de gestão tributária, embora os valores tenham aumentado de aproximadamente 939 milhões de dólares em março de 2012 para cerca de 1.599 milhões de dólares em março de 2017, sugerindo ajustes nas diferenças temporárias de tributação.

Nos **ativos circulantes**, houve uma oscilação, com picos em determinados trimestres, chegando a valores superiores a 7 bilhões de dólares e depois regressando para aproximadamente 4,2 bilhões de dólares na última medição, o que sinaliza variações na liquidez de curto prazo ou na composição do ativo operacional.

Os **ativos não circulantes**, embora estáveis na maior parte do período, apresentaram aumento ao longo do tempo, chegando a cerca de 46,8 bilhões de dólares em 2016 e na última medição, permanecendo elevados e relativamente constantes, refletindo uma ênfase na holding de ativos de longo prazo, como marcas e goodwill, que representam uma porção expressiva do total de ativos.

Os componentes de **marcas e outros ativos intangíveis**, além de **goodwill**, evidenciam uma tendência de crescimento expressivo. As marcas, por exemplo, apresentam valores em torno de 29 a 30 bilhões de dólares nos últimos períodos, indicando dificuldades de depreciação ou robustez do valor de marca e goodwill na composição do ativo. O goodwill, por sua vez, fica estabilizado ao redor de 8 bilhões de dólares na maior parte do período, embora em certos períodos mais recentes possa refletir aquisições ou ajustes de valor.

De modo geral, os indicadores apontam para uma estratégia de gestão de liquidez que permite a manutenção de níveis significativos de caixa e ativos líquidos, associados a uma base sólida de ativos intangíveis e longo prazo, incluindo marcas e goodwill robustos. A evolução dos ativos mostra uma tendência de crescimento de longo prazo, mesmo que acompanhado de oscilações pontuais nas métricas de curto prazo, refletindo possíveis estratégias de investimento, reestruturação ou movimentações financeiras que visam consolidar a posição de mercado da companhia ao longo do tempo.