National Oilwell Varco Inc. (NYSE:NOV)

Ao analisar as tendências dos dados financeiros trimestrais, observa-se que o lucro líquido apresentou variações consideráveis ao longo do período analisado. Inicialmente, houve crescimento do lucro até o quarto trimestre de 2012, atingindo um pico de 701 milhões de dólares, seguido por uma tendência de declínio acentuado a partir de 2013, culminando em prejuízo de 1,522 milhões de dólares no primeiro trimestre de 2016.

O item de depreciação e amortização manteve-se relativamente estável, apresentando crescimento gradual ao longo do tempo, o que sugere uma política consistente de mensuração de ativos intangíveis e físicos ao longo do período.

O imposto de renda diferido mostrou maior volatilidade, com períodos de valores negativos e positivos, refletindo possíveis ajustes fiscais ou diferenças temporárias na contabilização de ativos e passivos fiscais. Destaca-se que houve períodos de impacto negativo significativo, especialmente no primeiro trimestre de 2014, quando atingiu -264 milhões de dólares.

A perda de patrimônio líquido em afiliadas não consolidada apresentou uma leve tendência de aumento, com valores variando entre aproximadamente -7 e -23 milhões de dólares, indicando alguma deterioração na contribuição dessas afiliadas ao resultado consolidado.

No que tange à composição de ativos circulantes, há uma oscilação nos recebíveis e inventários. Os recebíveis variaram bastante, com picos positivos e negativos, refletindo alterações na qualidade ou na gestão do crédito. Os inventários exibiram grande volatilidade, inclusive períodos de elevação expressiva, indicando possíveis dificuldades na gestão de estoques ou flutuações na demanda.

Os custos superiores ao faturamento apresentaram oscilações relevantes, com períodos de custos elevados que levaram a resultados negativos, embora também tenham havido trimestres com custos menores ou até com ganhos de margem.

As contas a pagar e passivos acumulados exibiram comportamentos diversos, com alguns períodos de aumento na dívida de curto prazo, além de momentos de redução, o que indica estratégias variadas de gestão de liquidez e endividamento.

Os itens relacionados ao faturamento superior aos custos também mostraram forte volatilidade, refletindo alterações na margem de lucro operacional ao longo do período. Isso, associado às variações nas obrigações tributárias, sugere flutuações na rentabilidade operacional e na capacidade de geração de caixa.

Quanto aos ativos e passivos de natureza diversa, observou-se que houve períodos de forte variação negativa, como a redução de ativos em operações de aproximadamente 658 milhões de dólares em determinado trimestre, possivelmente decorrente de ajustes ou desinvestimentos. Por outro lado, também ocorreram incrementos significativos de recursos provenientes de operações, incluindo inadimplências e variações cambiais, indicando sensibilidade às condições de mercado e câmbio.

Os investimentos em ativos fixos e aquisições de empresas evidenciaram uma tendência de aumento na intensidade dessas atividades em alguns trimestres, particularmente com aquisições líquidas de caixa, as quais contribuíram para aumento de endividamento. Isso é reforçado pelos elevados financiamentos contraídos, especialmente em determinados períodos, chegando a acumular passivos de várias bilhões de dólares.

No que se refere às atividades de financiamentos e distribuição de recursos aos acionistas, há forte destaque para pagamento de dividendos e recompras de ações em períodos específicos, além de financiamento de dívidas, que por vezes atingiram valores altos, evidenciando estratégia de utilização do caixa gerado e captação de recursos para sustentar as operações ou retornos aos acionistas.

Por fim, o fluxo de caixa mostra uma tendência de aumento na variação líquida de caixa durante certos trimestres, embora também haja períodos de redução significativa, principalmente devido às atividades de investimento e financiamento de grande porte, como pagamento de dívidas e recompra de ações. Essa dinâmica aponta para uma gestão ativa de liquidez que busca equilibrar crescimento, endividamento e distribuição de retorno aos acionistas ao longo do período analisado.