Las Vegas Sands Corp. (NYSE:LVS)

Ao analisar os dados financeiros apresentados, observa-se que há uma tendência de variação significativa em diversas métricas ao longo do período de 2018 a 2023. Os itens relacionados às receitas líquidas revelam uma composição relativamente estável, com destaque para uma forte concentração nas operações de cassino, que representam uma porcentagem elevada e consistente ao redor de 70% a 73%. Outros segmentos, como quartos, alimentos e bebidas, shopping e convenções, apresentam participações menores, porém com alguma volatilidade ao longo do tempo.

Na análise da distribuição percentual da receita líquida, nota-se que o segmento de cassino mantém-se como a principal fonte de receita, apresentando pequenas oscilações, porém permanecendo dominante. Já a margem de contribuição bruta revela uma tendência de declínio em alguns períodos, especialmente a partir de 2020, sinalizando possíveis pressões de custos ou mudanças na rentabilidade operacional.

A estrutura de custos destaca uma elevação significativa nas despesas relacionadas ao custo das receitas, que atingem, por vezes, mais de 50% da receita, especialmente em períodos de crise ou maior impacto de eventos incomuns, como a pandemia de COVID-19, evidenciado pelos picos negativos de prejuízo operacional. Nessas ocasiões, há perdas operacionais expressivas, com prejuízos que chegam a ultrapassar 200% da receita líquida, refletindo impacto negativo em desempenho operacional.

Apesar dessas perdas, há períodos em que o resultado operacional mostra sinais de recuperação, especialmente a partir do segundo semestre de 2020, com melhora progressiva e retornos ao patamar positivo em 2021 e 2022. Essas melhorias parecem associadas à recuperação das operações e ao controle de custos, além de possíveis estratégias de ajuste de custos ou estímulo à retomada de atividades.

O desempenho financeiro demonstra uma forte influência de itens extraordinários ou de operações descontinuadas, com ganhos expressivos nesses períodos — como o ganho na venda de operações descontinuadas, que contribui significativamente para o resultado final em determinados trimestres. Tais transações têm impacto relevante na composição do lucro líquido, causando variações abruptas, positivas ou negativas.

Na linha de lucros e prejuízos líquidos, há uma baixa na lucratividade em certos períodos, especialmente em 2020, quando prejuízos consideráveis são registrados, refletindo o impacto combinado de maior custo, menor receita devido à pandemia e despesas extraordinárias. Contudo, a partir de 2021, há sinalizações de recuperação, com a retomada do lucro, ainda que de forma moderada, até uma forte recuperação no último trimestre de 2022, que é sustentada por ganhos de operações descontinuadas ou outros itens extraordinários.

Por fim, aspectos relacionados a impostos mostram variações acentuadas, compatíveis com o comportamento de perdas e ganhos extraordinários, influenciando o resultado final líquido, que apresenta forte volatilidade ao longo do período analisado. Os interesses de não controladores frequentemente refletem a mesma tendência de lucratividade, com números positivos ou negativos similares aos registrados pela controladora, confirmando a importância das operações de controle na composição da receita líquida e do resultado líquido consolidado.