Estrutura da demonstração de resultados
Com base em relatórios: 10-K (Data do relatório: 2022-12-31), 10-K (Data do relatório: 2021-12-31), 10-K (Data do relatório: 2020-12-31), 10-K (Data do relatório: 2019-12-31), 10-K (Data do relatório: 2018-12-31).
Ao analisar as tendências apresentadas ao longo dos anos, observa-se que a receita líquida, expressa em percentagem das vendas líquidas, permaneceu constante em 100%.
O custo dos produtos vendidos apresentou um aumento percentual em relação às vendas líquidas, crescendo de aproximadamente -28,63% em 2018 para cerca de -31,19% em 2022, indicando uma margem bruta decrescente ao longo do período, embora os valores em si tenham se mantido relativamente próximos.
O lucro bruto, como percentual das vendas, verificou uma decréscimo de 2018 a 2020, atingindo cerca de 65,05%, e posteriormente apresentou recuperação, chegando a aproximadamente 68,81% em 2022. Essa tendência sugere uma melhora na eficiência das operações após o declínio inicial.
As despesas relacionadas às vendas, gerais e administrativas mantiveram-se próximas de 36% a 38% ao longo do período, demonstrando estabilidade na estrutura de custos de operações administrativas e de vendas.
As despesas com pesquisa e desenvolvimento oscilaram levemente, situando-se na faixa de aproximadamente 10,94% a 11,53%, refletindo um investimento consistente em inovação, secundariamente afetado por variações anuais moderadas.
As despesas com royalties tiveram redução contínua, passando de cerca de -0,71% em 2018 para aproximadamente -0,37% em 2022, indicando uma diminuição na carga financeira relacionada a royalties ao longo do tempo.
A despesa de amortização apresentou aumento até 2020, atingindo cerca de -7,96%, mas posteriormente revelou leve redução, ficando próximo de -6,33% em 2022, indicando possíveis ajustes nos ativos amortizáveis.
Encargos de redução ao valor recuperável do goodwill só foram reconhecidos em 2020, chegando a aproximadamente -0,74%, enquanto os encargos de imparidade de ativos intangíveis mostraram tendências negativas, atingindo -4,64% em 2020, mas com redução para -1,04% em 2022, refletindo ajustes ou recuperações de valor em ativos intangíveis.
O benefício líquido de contraprestação contingente apresentou crescimento até 2021, atingindo aproximadamente 1,14%, e subsequentemente se tornou negativo em 2022, com -0,28%, sugerindo variações na estimativa de obrigações contingentes.
As despesas de reestruturação reduziram-se em relação ao início do período, passando de cerca de -0,52% em 2020 para aproximadamente -0,19% em 2022, indicando menor necessidade de custos relacionados às iniciativas de reestruturação.
Os encargos relacionados a litígios mostraram tendência de aumento até 2021, atingindo aproximadamente -3,62%, antes de reduzirem-se a -1,36% em 2022, refletindo uma diminuição na provisão para contingências jurídicas.
Ganho ou perda na alienação de negócios e ativos foi considerado somente em 2021 e 2022, apresentando um ganho de aproximadamente 0,66% em 2021 e um leve prejuízo de -0,17% em 2022, indicando operações de venda ou desinvestimento nesses períodos.
As despesas operacionais, como porcentagem das vendas, diminíram de cerca de -65,85% em 2020 para aproximadamente -55,81% em 2022, sinalizando maior controle ou eficiência operacional ao longo do tempo.
O resultado operacional melhorou de um prejuízo de -0,81% em 2020 para um lucro de 13% em 2022, evidenciando uma recuperação significativa na rentabilidade operacional.
As despesas com juros apresentaram variações moderadas, situando-se entre -2,45% e -4,41%, refletindo as despesas de endividamento ao longo do período.
Outros itens líquidos oscilaram, com picos positivos em 2020 e 2021, acompanhando uma tendência de estabilização em torno de valores próximos a zero em 2022.
Outras receitas (despesas) apresentaram valores negativos em 2019 e 2022, indicando despesas adicionais nessas categorias que impactaram negativamente o resultado antes do imposto de renda.
O lucro ou prejuízo antes do imposto apresentou forte redução em 2020, chegando a -0,8%, antes de recuperar-se em 2021 e 2022, atingindo aproximadamente 9% em ambos os anos.
O benefício de imposto de renda foi significativo em 2019, com uma proporção de 37,38%, contribuindo para o retorno ao lucro líquido positivo naquela ocasião, embora essa proporção tenha desaparecido em anos subsequentes, levando ao prejuízo fiscal em 2022 de -3,49%.
O lucro líquido, como percentual das vendas, apresentou alta expressiva em 2019, alcançando 43,78%, seguido de uma forte queda em 2020, resultando em prejuízo de -0,83%. Posteriormente, o indicador recuperou-se, atingindo aproximadamente 8,76% em 2021, e mantendo-se em torno de 5,5% em 2022.
Dividendos de ações preferenciais foram registrados como deduções em 2020 a 2022, refletindo a distribuição de resultados aos acionistas preferenciais, aumentando a redução do lucro líquido disponível aos acionistas ordinários.
O lucro líquido disponível aos acionistas ordinários seguiu uma tendência semelhante ao lucro líquido total, apresentando forte crescimento em 2019, prejuízo em 2020, seguido de recuperação em 2021 e manutenção de um nível elevado em 2022, embora com valor absoluto menor comparado a 2019.