Estrutura da demonstração de resultados
Dados trimestrais
Com base em relatórios: 10-Q (Data do relatório: 2023-03-31), 10-K (Data do relatório: 2022-12-31), 10-Q (Data do relatório: 2022-09-30), 10-Q (Data do relatório: 2022-06-30), 10-Q (Data do relatório: 2022-03-31), 10-K (Data do relatório: 2021-12-31), 10-Q (Data do relatório: 2021-09-30), 10-Q (Data do relatório: 2021-06-30), 10-Q (Data do relatório: 2021-03-31), 10-K (Data do relatório: 2020-12-31), 10-Q (Data do relatório: 2020-09-30), 10-Q (Data do relatório: 2020-06-30), 10-Q (Data do relatório: 2020-03-31), 10-K (Data do relatório: 2019-12-31), 10-Q (Data do relatório: 2019-09-30), 10-Q (Data do relatório: 2019-06-30), 10-Q (Data do relatório: 2019-03-31), 10-K (Data do relatório: 2018-12-31), 10-Q (Data do relatório: 2018-09-30), 10-Q (Data do relatório: 2018-06-30), 10-Q (Data do relatório: 2018-03-31).
Ao longo do período analisado, observa-se uma estabilidade geral na proporção das vendas líquidas destinada às vendas, mantendo-se em 100%.
O custo dos produtos vendidos apresentou variações moderadas, com uma tendência de aumento em alguns períodos, chegando a representar até aproximadamente 39,49% das vendas líquidas em determinado trimestre, evidenciando um aumento nos custos relativos em certos momentos. Tal elevação impacta a margem bruta, que, embora tenha oscilações, mostrou uma redução significativa, chegando a cerca de 60,51% em determinados períodos, indicando contração na margem de lucratividade bruta em alguns trimestres.
A margem de lucro bruto demonstrou flexibilidade, oscilando entre aproximadamente 60% e 71%, com picos de maior eficiência em vários períodos de 2018 e 2021, e quedas acentuadas em partes de 2020. Essas variações sugerem impacto de fatores como aumento de custos ou redução de preços, além de momentos de retração na rentabilidade.
As despesas com vendas, gerais e administrativas mostraram expansão relativa ao aumento nos custos de operação, atingindo em alguns trimestres quase 75% das vendas líquidas, especialmente em 2020, refletindo potencial aumento de gastos operacionais durante esse período de impacto da pandemia.
Os gastos com pesquisa e desenvolvimento apresentaram tendência de estabilidade, situando-se por volta de 10% a 12% das vendas líquidas ao longo de todo o período, indicando a manutenção de investimentos constantes em inovação sem variações bruscas.
As despesas com royalties permaneceram relativamente constantes, com pequenas oscilações próximas de 0,3% a 0,7%, indicando um compromisso contínuo com pagamentos de direitos de propriedade intelectual, sem alterações relevantes na sua proporção.
A despesa de amortização revelou incremento ao longo do tempo, passando de aproximadamente 6% para cerca de 6,4% nas últimas etapas, sugerindo um aumento na depreciação e amortização de ativos intangíveis, o que pode estar relacionado a investimentos anteriores que estão sendo amortizados.
Encargos relacionados a redução ao valor recuperável do goodwill e de ativos intangíveis apresentaram alguns picos negativos, sobretudo em 2020 e 2022, indicando perdas relacionadas à redução de valor desses ativos, ano em que também houve a presença de encargos de imparidade, especialmente em 2020 com valores negativos mais expressivos extremando-se até -8,24% das vendas líquidas.
O benefício líquido de contraprestação contingente exibiu variações significativas, chegando a valores positivos superiores a 4% em alguns trimestres, contudo, também apresentou períodos de resultados negativos, refletindo a volatilidade na composição do resultado financeiro oriundo de provisões ou ajustes relacionados a contingências.
Encargos de reestruturação visualizaram oscilações, com momentos de redução de aproximadamente 1%, acompanhando movimentos de ajuste nas operações corporativas ao longo do período.
Créditos líquidos relacionados a litígios apresentaram alta volatilidade, com períodos de ajustes negativos acentuados, principalmente em 2019 e 2020, refletindo movimentações judiciais que impactaram o resultado financeiro de maneira significativa em certos momentos.
Ganho ou perda na alienação de negócios e ativos mostrou-se pontualmente presente, indicando realizações de negócios que contribuíram de forma esporádica para o resultado global, especialmente em alguns trimestres de 2021.
As despesas operacionais variaram ao longo do tempo, alcançando picos de até aproximadamente 75% das vendas, principalmente em 2020, associadas às dificuldades no controle de custos durante a pandemia, enquanto nos demais períodos apresentaram valores mais moderados, na faixa de 50% a 60%, sinalizando maior eficiência nas operações em determinados momentos.
O resultado operacional chegou a apresentar períodos de prejuízo, com mínimas de -75% em alguns trimestres de 2020, porém, também verificou momentos de lucro, principalmente em 2018 e 2021, indicando melhorias na rentabilidade operacional ao longo do tempo.
As despesas com juros demonstraram uma tendência de aumento em certos períodos, atingindo até aproximadamente 9% das vendas líquidas na etapa de 2022, sinalizando maior endividamento ou custos financeiros elevados nesse período específico.
Outros itens líquidos tiveram variações, incluindo valores positivos e negativos, refletindo ajustes diversos nas operações, enquanto outras receitas e despesas exibiram oscilações que contribuíram de forma significativa para o resultado antes e após impostos, refletindo a complexidade na composição do resultado financeiro.
O lucro ou prejuízo antes do imposto variou bastante, chegando a apresentar períodos de prejuízo expressivos, principalmente em 2020, e momentos de retorno à lucratividade em anos subsequentes, indicando uma forte correlação com os eventos de mercado e eventos extraordinários, como custos relacionados ao ambiente de crise.
O benefício ou despesa de imposto de renda apresentou oscilações relevantes, com resultados positivos expressivos em alguns trimestres de 2019, e prejuízos em outros, refletindo a intensidade de ganho ou perda antes dos impostos e a complexidade na apuração do imposto devido.
O lucro líquido também exibiu forte volatilidade, atingindo resultados positivos e negativos consideráveis, com destaque para valores elevados em 2019 e depreciação de resultados em 2020 e 2021, indicando que há momentos de forte impacto de receitas e despesas que influenciam de forma significativa na rentabilidade final ao longo do período.
Finalmente, o resultado disponível aos acionistas ordinários seguiu a mesma tendência, refletindo as oscilações no lucro líquido, com períodos de rentabilidade bastante variáveis, indicando que a empresa enfrentou diferentes condições de mercado, ajustando seus resultados econômicos de forma proporcional às variações observadas ao longo do tempo.