Boston Scientific Corp. (NYSE:BSX)

Lucro (prejuízo) líquido

Observa-se um aumento significativo no lucro líquido de 2018 para 2019, passando de 1.671 milhões de dólares para 4.700 milhões. Em 2020, há uma queda expressiva para uma perda de 82 milhões, indicando um período de prejuízo. A recuperação inicia-se em 2021, com um retorno ao lucro de 1.041 milhões, e mantém-se em alta em 2022, atingindo 698 milhões de dólares. Esses movimentos sugerem uma volatilidade no resultado final, influenciada possivelmente por fatores extraordinários ou variações nas operações.

Lucro antes de impostos (EBT)

O EBT acompanha a tendência do lucro líquido, apresentando aumento até 2019, de 1.422 milhões para 687 milhões em 2019. Assim como o lucro líquido, há uma queda para negativo em 2020, indicando prejuízo antes dos impostos. Posteriormente, há uma recuperação em 2021, de 1076 milhões, e uma ligeira elevação em 2022 para 1.141 milhões. A trajetória sugere melhorias na capacidade de geração de lucro antes de impostos após o período de prejuízo em 2020.

Resultados antes de juros e impostos (EBIT)

O EBIT apresenta uma tendência de valorização ao longo dos anos, começando em 1.663 milhões em 2018, com uma redução para 1.160 milhões em 2019 e para 282 milhões em 2020, refletindo impacto de fatores adversos. Contudo, há forte recuperação em 2021, atingindo 1.417 milhões, e uma leve alta em 2022, para 1.611 milhões, indicando uma consolidação na eficiência operacional após o ano de baixo desempenho.

Resultados antes de juros, impostos, depreciação e amortização (EBITDA)

O EBITDA demonstra resistência e crescimento a longo prazo, iniciando em 2.557 milhões em 2018 e mantendo valores elevados ao longo dos anos, com uma diminuição em 2020 para 1.405 milhões, correspondente ao período de menor desempenho operacional. Posteriormente, há uma forte recuperação em 2021, com aumento para 2.510 milhões, e manutenção de alta em 2022, atingindo 2.747 milhões, refletindo uma forte capacidade de geração de caixa operacional mesmo após períodos de volatilidade.

Ao analisar as informações apresentadas, observa-se que o valor da empresa (EV) apresentou uma tendência de crescimento ao longo do período, passando de aproximadamente US$ 62,2 bilhões em 2018 para cerca de US$ 75,7 bilhões em 2022, indicando uma valorização ao longo dos anos. Este crescimento sugere uma valorização do mercado ou melhorias na percepção de valor da empresa.

Em relação ao EBITDA, houve uma variação significativa ao longo dos anos. Embora tenha havido uma queda de US$ 2,5 bilhões em 2019 em relação a 2018, atingindo US$ 2,17 bilhões, essa métrica recuperou-se em 2020, chegando a US$ 1,405 bilhão, uma diminuição marcante nesta ocasião. Posteriormente, houve um aumento contínuo do EBITDA para US$ 2,51 bilhões em 2021 e US$ 2,747 bilhões em 2022, indicando uma recuperação de lucratividade operacional após o período de queda.

O índice EV/EBITDA apresentou variações ao longo do período. Em 2018, esse rácio situava-se em 24,31, elevando-se bastante em 2019 para 30,18 e atingindo um pico de 44,36 em 2020, momento de maior relação. Este aumento sugere que, em 2020, o valor da empresa cresceu de forma mais acentuada em relação ao EBITDA, possivelmente refletindo expectativas de crescimento ou fatores de mercado. A partir de 2021, esse índice diminuiu para 27,69 e permanece relativamente estável em 27,56 em 2022, indicando uma estabilização na relação entre o valor da empresa e a rentabilidade operacional.

De modo geral, a análise revela uma valorização contínua do valor da empresa, acompanhada de uma recuperação na lucratividade operacional após eventuais períodos de declínio, com uma estabilização do rácio EV/EBITDA nos últimos anos. Essas tendências podem refletir estratégias eficazes de gestão, melhorias de mercado, ou outros fatores econômicos influentes ao longo do período analisado.