Warner Bros. Discovery Inc. (NASDAQ:WBD)

Nos anos analisados, observa-se uma evolução significativa na lucratividade operacional líquida após impostos, medida pelo NOPAT. Em 2017, a empresa apresentou prejuízo de US$ 121 milhões, mas a partir de 2018 ocorreu uma mudança substancial, com o NOPAT alcançando US$ 1.195 milhões, indicando uma recuperação relevante. Essa tendência de crescimento continuou em 2019, atingindo US$ 2.393 milhões, seu ponto mais alto no período, antes de uma redução em 2020 para US$ 1.788 milhões, e uma nova diminuição em 2021, para US$ 1.066 milhões.

O capital investido permaneceu relativamente estável ao longo dos anos, variando em torno de US$ 21 a US$ 31 bilhões. Apesar de oscilações, o valor se manteve na faixa de aproximadamente US$ 30 bilhões, refletindo possivelmente reavaliações de ativos ou ajustes na estrutura de capital.

O rácio de rendibilidade do capital investido (ROIC) mostra uma melhora expressiva até 2019, passando de -0,57% em 2017 para 7,72% em 2019, indicando uma maior eficiência na geração de lucros em relação ao capital investido. Em 2020, o ROIC diminui para 5,83%, indicando uma desaceleração na eficiência, e na passagem para 2021 há uma nova redução para 3,47%, sugerindo desafios na manutenção da rentabilidade relativa ao capital investido.

De modo geral, os dados revelam uma recuperação da performance financeira a partir de 2018, com tendência de aumento de rentabilidade até 2019, seguida por uma desaceleração nos anos seguintes. A estabilidade do capital investido sugere que a variação na lucratividade foi afetada principalmente pelas mudanças na eficiência operacional e na gestão dos ativos.

Índice de margem de lucro operacional (OPM)

Observa-se uma tendência de crescimento na margem operacional até 2019, atingindo um pico de 27.45%. No entanto, a partir de 2020, há uma queda significativa, encerrando em 16.07% em 2021, indicando uma diminuição na eficiência operacional ou na lucratividade operacional líquida.

Rácio de rotação de capitais (TO)

Este indicador mostra uma tendência de leve aumento ao longo do período, passando de 0.33 em 2017 para 0.39 em 2021. Essa mudança sugere uma melhora na utilização do capital de giro ou na frequência de rotação dos ativos, refletindo uma gestão mais eficiente dos recursos.

Taxa efetiva de imposto sobre dinheiro (CTR)

Registrou variações bastante expressivas, iniciando com uma perda efetiva de 29.02% em 2017, seguida de um incremento significativo até 76.67% em 2019. Após esse pico, houve uma redução para 71.93% em 2020 e uma posterior queda para 54.79% em 2021, indicando flutuações na carga tributária efetiva ou na eficiência na gestão fiscal.

Retorno sobre o capital investido (ROIC)

O retorno apresentou uma trajetória de crescimento até 2019, atingindo 7.72%, mas posteriormente recuando para 5.83% em 2020 e caindo ainda mais para 3.47% em 2021. Tal padrão sugere uma diminuição na rentabilidade do capital investido, possivelmente refletindo desafios na geração de retornos ou mudanças na estratégia de investimento.

Ao analisar os dados financeiros ao longo do período de 2017 a 2021, observa-se uma trajetória de crescimento nas receitas ajustadas da empresa, que passaram de US$ 6.952 milhões em 2017 para US$ 12.115 milhões em 2021, indicando uma expansão contínua de faturamento ao longo desses anos.

O lucro operacional líquido antes de impostos (NOPBT) apresenta uma tendência de valorização significativa até 2019, atingindo US$ 3.122 milhões, mas sofre uma redução em 2020 para US$ 2.485 milhões, seguido de uma nova diminuição em 2021, para US$ 1.946 milhões. Essa trajetória sugere que, apesar do crescimento nas receitas, a rentabilidade operacional não acompanhou o aumento de receitas, especialmente nos últimos dois anos, talvez devido a custos, despesas ou fatores macroeconômicos.

O índice de margem de lucro operacional (OPM) inicialmente teve uma evolução positiva, passando de 5,98% em 2017 para um pico de 27,45% em 2019, refletindo maior eficiência operacional ou redução de custos relativos nesse período. Contudo, houve uma queda acentuada após 2019, chegando a 16,07% em 2021, o que indica uma deterioração da margem operacional, possivelmente relacionada ao aumento de despesas ou desafios na gestão de custos em um ambiente de receitas ainda em crescimento.

De modo geral, a análise demonstra crescimento consistente nas receitas, porém, a margem operacional apresentou maior volatilidade, com ganhos até 2019 seguidos por declínio nos anos seguintes. É recomendável uma avaliação mais aprofundada dos fatores internos e externos que impactaram essa dinâmica, incluindo eficiência operacional, estrutura de custos e condições de mercado.

Receitas ajustadas

Os valores de receitas ajustadas demonstraram um crescimento consistente ao longo do período analisado, passando de US$ 6.952 milhões em 2017 para US$ 12.115 milhões em 2021. Houve um aumento significativo de aproximadamente 51% de 2017 para 2018, seguido de uma alta moderada de cerca de 8% até 2019. No entanto, em 2020, as receitas apresentaram uma ligeira diminuição em relação a 2019, chegando a US$ 10.723 milhões, possivelmente refletindo os efeitos da pandemia de COVID-19. Já em 2021, ocorreu uma recuperação e novo aumento, com crescimento de aproximadamente 13% em relação ao ano anterior, consolidando uma tendência de crescimento ao longo do período.

Capital investido

O capital investido apresentou estabilidade relativa, com variações mínimas ao longo dos anos. Observa-se um aumento de aproximadamente 48% de 2017 (US$ 21.151 milhões) para 2018 (US$ 31.259 milhões). Após esse pico, os valores se mantiveram relativamente estáveis, com leves oscilações, chegando a US$ 30.724 milhões em 2021. Essa estabilidade sugere uma estratégia de manutenção dos investimentos de longo prazo e um possível alinhamento com as necessidades de financiamento e expansão.

Rácio de rotação de capitais (TO)

O rácio de rotação de capitais apresentou uma tendência de leve incremento ao longo dos anos, passando de 0,33 em 2017 para 0,39 em 2021. Essa evolução indica uma maior eficiência na utilização do capital investido, refletindo uma maior velocidade na geração de receitas a partir do capital disponibilizado. O aumento gradual do índice sugere melhorias na gestão operacional ou na rentabilidade dos ativos utilizados.

Ao analisar as tendências dos itens financeiros ao longo dos anos, observa-se um crescimento constante nos impostos operacionais de caixa, passando de US$ 537 milhões em 2017 para US$ 880 milhões em 2021, indicando uma expansão na obrigação fiscal ou aumento no volume de operações financeiras sujeitas a impostos. Quanto ao lucro operacional líquido antes de impostos (NOPBT), há uma evolução significativa no período, com um aumento expressivo de US$ 416 milhões em 2017 para US$ 3.122 milhões em 2019, seguido por uma leve redução para US$ 2.485 milhões em 2020 e uma nova diminuição para US$ 1.946 milhões em 2021. Essas flutuações sugerem uma fase de forte crescimento até 2019, provavelmente impulsionada por ganhos operacionais, seguida por uma reversão ou estabilização com redução do lucro nos anos posteriores.

Taxa efetiva de imposto sobre dinheiro (CTR)

Houve uma variação significativa na taxa efetiva de imposto ao longo dos anos, começando em 129,02% em 2017, o que indica uma situação atípica ou um impacto fiscal excepcional nesse ano. Em 2018, a CTR caiu para 34,42%, refletindo uma redução na carga fiscal relativa às receitas. Nos anos subsequentes, a taxa permaneceu relativamente baixa, com 23,33% em 2019 e 28,07% em 2020, antes de subir novamente para 45,21% em 2021. Essas oscilações podem indicar mudanças na legislação tributária, estratégias fiscais adotadas ou variações na composição dos lucros antes de impostos, influenciando a efetiva carga tributária da empresa ao longo do tempo.