Balanço: ativo
O balanço patrimonial fornece aos credores, investidores e analistas informações sobre os recursos (ativos) da empresa e suas fontes de capital (seu patrimônio líquido e passivos). Normalmente, também fornece informações sobre a capacidade de ganhos futuros dos ativos de uma empresa, bem como uma indicação dos fluxos de caixa que podem vir de recebíveis e estoques.
Ativos são recursos controlados pela empresa como resultado de eventos passados e dos quais se espera que benefícios econômicos futuros fluam para a entidade.
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Microchip Technology Inc., balanço consolidado: ativos
US$ em milhares
Com base em relatórios: 10-K (Data do relatório: 2022-03-31), 10-K (Data do relatório: 2021-03-31), 10-K (Data do relatório: 2020-03-31), 10-K (Data do relatório: 2019-03-31), 10-K (Data do relatório: 2018-03-31), 10-K (Data do relatório: 2017-03-31).
Durante o período analisado, observa-se uma mudança significativa na composição dos ativos da empresa ao longo dos anos. Nos primeiros anos, evidencia-se um crescimento expressivo nos ativos de longo prazo, com aumento de aproximadamente 65% de 2018 para 2019, atingindo um pico em 2019. Esse aumento pode estar associado a aquisições ou investimentos em ativos intangíveis e imobilizado, refletidos no crescimento de ativos por impostos diferidos e ativos incorpóreos líquidos, que também apresentaram alta nesse período.
Na mesma linha, os ativos totais sofreram um crescimento considerável de 2018 para 2019, passando de aproximadamente US$8,3 bilhões para US$18,3 bilhões, sinalizando um forte aumento nos recursos totais da empresa. Contudo, a partir de 2020, há uma redução nos ativos totais, acompanhando um declínio contínuo até 2022, chegando a cerca de US$16,2 bilhões, possivelmente decorrente da realização de reconhecimentos de impairment, desinvestimentos ou outros ajustes contábeis.
Outro aspecto relevante diz respeito aos ativos circulantes, que apresentaram crescimento entre 2017 e 2018, passando de aproximadamente US$2,3 bilhões para US$3,36 bilhões, indicando uma maior liquidez ou aumento nas operações de curto prazo. Posteriormente, esses ativos sofreram quedas de 2019 a 2021, refletindo uma possível redução no capital de giro ou na rotação de estoques e contas a receber, cujo saldo continua em expansão a partir de 2021, atingindo US$1,07 bilhões em 2022.
Em relação ao caixa e equivalentes de caixa, os valores permaneceram relativamente constantes entre 2017 e 2018, seguidos por uma redução acentuada em 2019, chegando a US$428,6 milhões. A partir de então, houve oscilações, com recuperação parcial em 2022, indicando uma gestão refletida em ajustes de liquidez ao longo do tempo.
Os investimentos de curto prazo apresentaram um pico em 2018, atingindo US$1,295 bilhões, antes de uma drástica redução para valores próximos de US$2 mil a partir de 2019. Essa mudança sugere uma possível mudança na política de investimentos de curto prazo ou na necessidade de liquidez no período.
Por outro lado, os ativos incorpóreos líquidos, que incluem goodwill e ativos intangíveis líquidos, apresentaram crescimento substancial até 2019, chegando a US$6,66 bilhões, refletindo alguma aquisição ou reconhecimento de ativos intangíveis de maior valor. Entretanto, de 2020 em diante, seus valores decresceram, possivelmente devido à amortização, impairment ou reavaliações.
Finalmente, os ativos por impostos diferidos de longo prazo apresentaram crescimento constante ao longo do período, passando de aproximadamente US$69 milhões em 2017 para cerca de US$1,8 bilhões em 2022, refletindo diferenças temporárias de impostos, que provavelmente evoluem com mudanças na legislação tributária ou estratégias fiscais da empresa.