Expand Energy Corp. (NASDAQ:EXE)

Ao analisar os dados financeiros ao longo do período de 2021 a 2024, observa-se uma tendência geral de diminuição nos índices que medem a alavancagem e a proporção de endividamento em relação ao patrimônio, aos ativos e ao capital total até o ano de 2023, indicando uma redução na utilização de dívida na estrutura de capital da empresa durante esse período.

Especificamente, o índice de dívida sobre patrimônio líquido apresentou uma redução significativa de 0,4 em 2021 para 0,19 em 2023, demonstrando uma diminuição na dependência de financiamento de terceiros em relação ao patrimônio. Essa tendência também se concretiza na relação dívida/ativos, que caiu de 0,21 em 2021 para 0,14 em 2023. As métricas que incluem passivos de arrendamento operacional seguem o mesmo padrão, reforçando essa diminuição do nível de endividamento relativo aos ativos e ao patrimônio.

Outra variável relevante, o índice de alavancagem financeira, também apresentou uma redução de 1,94 em 2021 para 1,34 em 2023, indicando menor grau de dependência de recursos de terceiros para financiar os ativos da empresa, contribuindo para uma maior estabilidade financeira.

No entanto, em 2024, nota-se uma reversão dessa tendência de diminuição, com os índices voltando a aumentar — por exemplo, o índice de dívida sobre patrimônio líquido sobe para 0,32, e o índice de dívida/capital total, bem como suas variações que incluem passivos de arrendamento, também crescem, indicando uma leve retomada na utilização de endividamento.

Já as métricas de cobertura de juros e de encargos fixos apresentaram melhorias até 2023, com índices elevados de 75,07 e 52,85 respectivamente, indicando uma alta capacidade de cobrir suas despesas financeiras com os lucros operacionais. Contudo, em 2024, esses índices caem significativamente, inclusive tornando-se negativos em 2024, o que sugere dificuldades na cobertura dos encargos financeiros, possivelmente devido à redução na rentabilidade operacional ou ao aumento dos custos financeiros, assumindo um cenário de maior risco financeiro nesta fase.

Em síntese, a empresa apresentou uma tendência de fortalecimento financeiro até 2023, com redução do endividamento e melhora na capacidade de cobertura de despesas financeiras. Contudo, em 2024, há sinais de que alguns desses indicadores se deterioraram, indicando potencial aumento do risco financeiro, possivelmente decorrente de fatores de mercado, operações ou estratégia financeira adotada nesse último período.

Endividamento total

Observa-se um aumento significativo no endividamento total ao longo do período, iniciando em aproximadamente US$ 2,278 milhões em 2021 e atingindo US$ 5,680 milhões em 2024. Apesar de uma redução entre 2022 e 2023, a tendência geral mostra uma forte expansão da dívida, refletindo possível aumento de financiamentos ou captação de recursos.

Patrimônio líquido

O patrimônio líquido apresenta crescimento consistente, saindo de US$ 5,671 milhões em 2021 para US$ 17,565 milhões em 2024. Este aumento indica uma valorização do patrimônio, refletindo lucros acumulados, emissões de ações ou outros fatores que contribuem para o fortalecimento do capital próprio ao longo dos anos.

Índice de dívida sobre patrimônio líquido

O índice de dívida sobre patrimônio líquido revela uma tendência de diminuição de 0,4 em 2021 para 0,19 em 2023, indicando que a empresa conseguiu reduzir sua dependência de dívida relativamente ao seu patrimônio nesse período. No entanto, há um aumento para 0,32 em 2024, sugerindo uma ligeira alongada nesta proporção, possivelmente devido ao aumento do endividamento total em relação ao crescimento do patrimônio líquido.

Variação na dívida total

O valor da dívida total experimentou uma oscilação significativa ao longo do período, começando em 2.316 milhões de dólares em 2021. Houve um aumento notável em 2022, atingindo 3.212 milhões de dólares, seguido de uma redução expressiva em 2023 para 2.127 milhões de dólares. Entretanto, em 2024, ocorreu um aumento expressivo, atingindo 5.825 milhões de dólares. Essa trajetória indica flutuações consideráveis, sugestivas de mudanças estratégicas na gestão do endividamento ou alterações nas condições de mercado.

Variação no patrimônio líquido

O patrimônio líquido apresentou uma tendência contínua de crescimento ao longo dos anos, passando de 5.671 milhões de dólares em 2021 para 9.124 milhões em 2022, atingindo 10.729 milhões em 2023 e chegando a 17.565 milhões em 2024. Esse aumento sustentado reflete uma efetiva expansão dos recursos próprios da empresa, possivelmente decorrente de lucros acumulados ou emissão de novas ações.

Índice de dívida sobre patrimônio líquido

O índice de endividamento em relação ao patrimônio líquido apresentou uma tendência de diminuição de 0,41 em 2021 para 0,20 em 2023, indicando redução na dependência de financiamento externo relativamente ao patrimônio. Contudo, em 2024, o índice subiu para 0,33, indicando uma ligeira reavaliação do nível de endividamento, embora ainda em patamar inferior ao do início do período. Essa evolução sugere que, apesar de a empresa ter aumentado sua dívida em 2024, ela mantém uma base de patrimônio sólida, possibilitando uma gestão relativamente equilibrada de suas obrigações financeiras.

Endividamento total

Houve um aumento expressivo no endividamento total entre 2021 e 2022, passando de aproximadamente US$ 2,278 milhões para US$ 3,093 milhões. Em seguida, ocorreu uma redução significativa em 2023, com o endividamento caindo para cerca de US$ 2,028 milhões. Contudo, em 2024, esse indicador apresentou uma nova elevação, atingindo aproximadamente US$ 5.680 milhões, superando os patamares anteriores.

Capital total

O capital total apresentou um crescimento contínuo ao longo do período analisado. Em 2021, era de cerca de US$ 7.949 milhões, subindo para aproximadamente US$ 12.217 milhões em 2022 e chegando a US$ 12.757 milhões em 2023. Em 2024, houve um aumento substancial, atingindo US$ 23.245 milhões, indicando uma ampliação significativa do patrimônio da empresa.

Rácio dívida/capital total

Este indicador mostrou uma tendência de diminuição de 2021 para 2023, passando de 0,29 para 0,16, o que sugere uma redução proporcional do endividamento em relação ao capital total, indicando potencial fortalecimento da estrutura de capital. Entretanto, em 2024, o rácio retornou a 0,24, refletindo um aumento na proporção de endividamento em relação ao capital, possivelmente impactado pelo crescimento do endividamento total nesse período.

O análise revela uma evolução considerável nos indicadores financeiros ao longo do período avaliado. A dívida total apresentou variações significativas, iniciando em aproximadamente US$ 2.316 milhões em 2021 e atingindo pico de US$ 5.825 milhões em 2024, com uma redução para US$ 2.127 milhões em 2023. Este padrão indica uma fase de aumento acentuado na endividamento durante 2022, seguida por uma redução em 2023, antes de um novo incremento em 2024.

O capital total também mostrou uma trajetória de crescimento consistente, passando de cerca de US$ 7.987 milhões em 2021 para US$ 23.390 milhões em 2024. Este aumento reflete uma expansão no patrimônio da empresa, que cresceu de maneira contínua ao longo do período, indicando uma ampliação de seus recursos próprios e/ou ativos.

O rácio dívida/capital total manteve-se relativamente estável ao longo dos anos, variando de 0.29 em 2021 até uma baixa de 0.17 em 2023, antes de retornar a 0.25 em 2024. Essa tendência sugere uma gestão do endividamento para manter um nível de alavancagem financeira compatível com as estratégias corporativas, com uma redução até 2023 indicando uma possível tentativa de fortalecimento do capital próprio, seguida por um leve aumento em 2024.

Endividamento total

Observa-se um aumento significativo no endividamento total ao longo do período, passando de US$ 2.278 milhões em 2021 para US$ 5.680 milhões em 2024. Embora tenha ocorrido uma redução de aproximadamente 34,5% entre 2022 e 2023, o valor retornou a uma pontuação elevada em 2024, indicando uma maior dependência de financiamento externo no último ano avaliado.

Ativos totais

Os ativos totais exibiram crescimento contínuo de 2021 a 2022, passando de US$ 11.009 milhões para US$ 15.468 milhões. Em 2023, houve uma redução de aproximadamente 7,2%, para US$ 14.376 milhões, seguida por um expressivo aumento de cerca de 93,5% em 2024, atingindo US$ 27.894 milhões. Essa dinâmica sugere uma expansão considerável na base de ativos, sobretudo no último exercício financeiro, possivelmente relacionada a aquisições ou investimentos de grande porte.

Relação dívida/ativos

Este indicador manteve-se relativamente estável, apresentando uma ligeira redução de 0,21 em 2021 para 0,14 em 2023, indicando que a proporção de endividamento em relação aos ativos diminuiu ao longo desse período. Contudo, em 2024, essa relação voltou a balizar em 0,2, refletindo uma maior proporção de endividamento em relação ao total de ativos, alinhando-se ao aumento expressivo na dívida total e nos ativos. Este padrão sugere maior alavancagem financeira na última avaliação, em consonância com o incremento no endividamento total.

A análise dos dados financeiros revela várias tendências e padrões ao longo dos períodos de 2021 a 2024. Em relação à dívida total, observa-se um aumento significativo de 2021 para 2022, passando de US$ 2.316 milhões para US$ 3.212 milhões, representando um crescimento de aproximadamente 38%. No entanto, há uma redução considerável na dívida até 2023, quando ela diminui para US$ 2.127 milhões, indicando uma possível estratégia de amortização ou redução de encargo financeiro. Em 2024, a dívida total registra um novo aumento expressivo para US$ 5.825 milhões, mais do que dobrando o valor de 2023, o que sugere uma rápida expansão do endividamento ou aquisições de novos passivos. Os ativos totais acompanham essa evolução, apresentando um crescimento ao longo de todo o período. De 2021 para 2022, os ativos aumentam de US$ 11.009 milhões para US$ 15.468 milhões, refletindo uma expansão de aproximadamente 40%. Entre 2022 e 2023, há uma leve redução para US$ 14.376 milhões, o que pode indicar reavaliações ou desinvestimentos. Entretanto, em 2024, os ativos totais sobem novamente para US$ 27.894 milhões, representando uma quase duplicação em relação ao ano anterior e indicando uma expansão expressiva do porte patrimonial. A relação dívida/ativos, que fornece uma indicação da alavancagem financeira, permanece estacionária em 0,21 em 2021 e 2022, indicando uma estabilidade relativa nesse indicador. Em 2023, tem uma redução para 0,15, sugerindo uma melhoria na estrutura de capital ou maior proporção de ativos financiados por capitais próprios. Contudo, em 2024, essa relação volta a subir para 0,21, retornando ao nível do início do período, o que pode refletir o aumento da dívida total em relação aos ativos totais nesse ano. Essa variação demonstra alguma volatilidade na estrutura financeira, especialmente na relação entre dívida e ativos. Em síntese, o período analisado evidencia uma trajetória de aumento significativo no volume de ativos, acompanhado por oscilações na dívida total. A redução de 2022 a 2023 na dívida e na relação dívida/ativos indica momentos de contenção de endividamento, enquanto o forte crescimento de ativos e dívida em 2024 sugere uma fase de expansão acelerada, possivelmente associada a estratégias de crescimento ou investimentos relevantes.

Ativos totais

Os ativos totais apresentaram um crescimento significativo ao longo do período considerado. Em 2021, os ativos totalizavam aproximadamente US$ 11.009 milhões, aumentando para US$ 15.468 milhões em 2022. Houve uma redução marginal em 2023, com os ativos atingindo US$ 14.376 milhões, antes de um expressivo aumento para US$ 27.894 milhões em 2024. Essa evolução indica uma expansão considerável dos ativos ao longo de quatro anos, com um pico destacado em 2024, sugerindo possível adoção de novas estratégias de investimento ou aquisição de ativos de maior valor.

Patrimônio líquido

O patrimônio líquido seguiu uma tendência de crescimento robusta, elevando-se de aproximadamente US$ 5.671 milhões em 2021 para US$ 9.124 milhões em 2022. Em 2023, houve uma continuidade na tendência de alta, atingindo US$ 10.729 milhões, e em 2024, o patrimônio líquido apresentou um crescimento mais expressivo, atingindo US$ 17.565 milhões. Essa evolução demonstra fortalecimento do valor para os acionistas e aumento de reservas, refletindo lucros acumulados ou aportes de capital nesta trajetória.

Índice de alavancagem financeira

O índice de alavancagem financeira apresentou uma redução de 1.94, em 2021, para 1.7 em 2022, indicando uma diminuição no grau de endividamento em relação ao patrimônio líquido no período. Em 2023, a alavancagem continuou a diminuir, chegando a 1.34, apontando uma redução adicional do grau de dependência de recursos de terceiros. No entanto, em 2024, o índice voltou a subir para 1.59, o que pode sugerir uma retomada do uso de passivos financeiros como forma de alavancagem, ou uma mudança na estrutura de financiamento. Essa variação sugere uma estratégia de gerenciamento de dívidas e capital ao longo dos anos, buscando equilibrar o crescimento e o risco financeiro.

Análise dos resultados financeiros anuais:

Resultados antes de juros e impostos (EBIT)

Houve uma tendência de declínio sustentado no EBIT ao longo dos anos analisados. Em 2021, o valor foi de US$ 6.306 milhões, diminuindo significativamente para US$ 3.811 milhões em 2022 e para US$ 3.221 milhões em 2023. Em 2024, o EBIT apresentou uma queda expressiva, atingindo valor negativo de US$ -718 milhões, indicando que os custos e despesas superaram as receitas operacionais, resultando em prejuízo antes de juros e impostos.

Despesa com juros

As despesas com juros apresentaram aumento ao longo do período. Em 2021, foram de US$ 84 milhões, subindo para US$ 160 milhões em 2022 e para US$ 104 milhões em 2023. Em 2024, a despesa com juros voltou a registrar um acréscimo, chegando a US$ 123 milhões. Essa evolução sugere um aumento na alavancagem financeira ou uma mudança na estrutura de financiamento da empresa ao longo do tempo.

Índice de cobertura de juros

O índice de cobertura de juros apresentou forte deterioração. Em 2021, o índice foi de 75,07, refletindo uma capacidade bastante confortável de cobrir as despesas com juros a partir do EBIT. Em 2022, esse índice caiu para 23,82, indicando uma redução significativa na margem de segurança. Em 2023, o índice melhorou um pouco para 30,97, mas permanece em um nível preocupante. Em 2024, o índice tornou-se negativo (-5,84), o que demonstra que o EBIT não foi suficiente para pagar as despesas com juros, sinalizando potencial dificuldades financeiras ou elevado risco de insolvência.

De modo geral, os dados evidenciam uma deterioração progressiva na rentabilidade operacional da empresa, culminando em prejuízo operacional em 2024 e uma piora substancial na capacidade de cobertura de juros, indicando um cenário de maior risco financeiro.

Lucro antes de encargos fixos e impostos

Observa-se uma tendência de queda no lucro antes de encargos fixos e impostos ao longo do período. Em 2021, o valor era de US$ 6.342 milhões, que diminuiu para US$ 3.862 milhões em 2022, e posteriormente para US$ 3.328 milhões em 2023. Em 2024, há uma mudança significativa, com o valor negativo de US$ -630 milhões, indicando prejuízo operacional antes de encargos fixos e impostos. Essa tendência sugere uma deterioração na lucratividade operacional ao longo do tempo, culminando em prejuízo no último ano analisado.

Encargos fixos

Os encargos fixos apresentaram aumento substancial de 2021 a 2022, passando de US$ 120 milhões para US$ 296 milhões. Em 2023, houve redução para US$ 211 milhões, mantidos nesse valor em 2024. Essa variação indica um incremento nos custos fixos, especialmente na transição de 2021 para 2022, o que pode refletir mudanças na estrutura de custos ou contratos fixos adicionais.

Índice de cobertura de encargos fixos

Este índice, que avalia a capacidade de geração de lucros para cobrir os encargos fixos, sofreu uma drástica redução de 52,85 em 2021 para 13,06 em 2022, indicando uma deterioração na capacidade de cobertura. Em 2023, o índice melhora para 15,77, sinalizando alguma recuperação, porém, essa tendência se inverte em 2024, quando o índice cai para -2,99, indicando que as operações não conseguem mais cobrir os encargos fixos, resultando em prejuízo operacional. Essa mudança reforça a deterioração da saúde financeira da empresa, especialmente a partir de 2023, culminando em uma situação crítica em 2024.