Royal Caribbean Cruises Ltd. (NYSE:RCL)

Ao analisar os dados trimestrais, observa-se uma tendência de crescimento expressivo na parcela atual da dívida de longo prazo ao longo do período analisado. Inicialmente, essa dívida oscilava em torno de US$ 1,7 bilhão no primeiro trimestre de 2017, apresentando um aumento contínuo até superar os US$ 5,4 bilhões no último trimestre de 2022. Este incremento sugere que a empresa tem ampliado sua alavancagem financeira ao longo dos anos.

O papel comercial, que até meados de 2018 havia sido um componente relevante do passivo de curto prazo, apresenta dados ausentes em parte do período inicial, mas posteriormente evidencia aumentos significativos, principalmente entre 2018 e 2020, alcançando valores superiores a US$ 1,7 bilhão, o que demonstra uma estratégia de captação de recursos de curto prazo via instrumentos financeiros de alta liquidez.

Os passivos de arrendamento operacional de longo prazo mostram uma tendência de redução ao longo do período, com valores iniciais próximos a US$ 708 milhões, diminuindo para aproximadamente US$ 561 milhões nas últimas medições. Este movimento indica uma possível saída ou reestruturação desses passivos, contribuindo para uma melhora na composição do passivo de longo prazo.

Contas a pagar apresentaram um crescimento contínuo ao longo dos anos, passando de cerca de US$ 362 milhões no primeiro trimestre de 2017 para valores superiores a US$ 760 milhões no segundo trimestre de 2022. Este aumento reflete, potencialmente, expansão nas operações ou maior volume de compras a prazo.

As despesas de juros vencidos revelam uma tendência de aumento ao longo do período, começando em aproximadamente US$ 91 milhões em 2017 e atingindo mais de US$ 300 milhões em 2022, sinalizando uma elevação do endividamento e, potencialmente, do custo financeiro associado ao aumento do passivo de longo prazo.

Os outros passivos de longo prazo também evidenciam uma tendência de aumento, especialmente a partir de 2019, atingindo cerca de US$ 517 milhões em 2022, o que pode indicar maior provisionamento ou novos passivos não relacionados diretamente ao endividamento financeiro.

O total do passivo total acompanha a trajetória de crescimento com um incremento contínuo, saindo de aproximadamente US$ 12,75 bilhões em 2017 para mais de US$ 30,55 bilhões ao final de 2022. Este aumento reforça a percepção de expansão do endividamento total da empresa ao longo do período.

O passivo de longo prazo, excluindo parcela corrente, também exibe crescimento considerável ao longo do tempo, iniciando em aproximadamente US$ 6,84 bilhões em 2017 e chegando a quase US$ 17,75 bilhões em 2022, refletindo uma ampliação na estrutura de dívida de alongamento da maturidade. A dívida de longo prazo, por sua vez, apresenta aumento substancial, contribuindo de forma significativa para o avanço do endividamento total.

O patrimônio líquido, inicialmente de aproximadamente US$ 9,26 bilhões em 2017, revela variações ao longo do período, chegando a picos acima de US$ 11 bilhões e posteriormente diminuindo para cerca de US$ 3,4 bilhões na última medição. Mudanças recorrentes na quantidade de lucros acumulados, incluindo dificuldades na última parte do período, sugerem maior volatilidade no resultado acumulado, possivelmente em decorrência de variações operacionais ou efeitos de perdas abrangentes acumuladas.

O capital integralizado mantém-se relativamente estável ao longo do período, com leve aumento no início e uma fase de estabilização, refletindo uma base de capital social relativamente fixa em relação às variações de lucros e perdas acumuladas.

Por fim, observa-se que o total do passivo e patrimônio líquido acompanha o crescimento do passivo, mantendo uma proporção elevada de endividamento em relação aos recursos próprios, evidenciando uma estrutura de capital altamente alavancada ao final do período analisado.