Anadarko Petroleum Corp. (NYSE:APC)

Ao analisar os dados trimestrais, observa-se uma tendência de aumento no total do passivo ao longo do período, com variações que indicam uma crescente necessidade de endividamento ou aumento de obrigações financeiras. O total do passivo passou de aproximadamente US$ 33,36 bilhões em março de 2012 para cerca de US$ 44,31 bilhões em setembro de 2017, refletindo um aumento sustentado com algumas oscilações de curto prazo.

Destaca-se que o passivo circulante apresentou oscilações consideráveis, atingindo seu pico em torno de US$ 10,9 bilhões em dezembro de 2013, indicando possível aumento de obrigações de curto prazo naquele momento, antes de experimentar uma redução subsequente na maior parte do período seguinte.

No que diz respeito aos financiamentos de longo prazo, há uma estabilidade relativa, com valores que variaram ao redor de US$ 15 bilhões, apresentando leve tendência de crescimento ao final do período analisado, notadamente de US$ 15,4 bilhões em setembro de 2017, sugerindo uma concentração de endividamento de longo prazo que tem sido mantida ao longo do tempo.

Os itens relativos às obrigações de aposentadoria de ativos apresentaram incremento ao longo dos anos, indicando aumento na provisão para benefícios de aposentadoria, culminando em cerca de US$ 2,7 bilhões em setembro de 2017, o que pode representar um impacto relevante sobre a liquidez e o endividamento futuro da entidade.

Em relação às contas a pagar, houve uma tendência de redução dos valores de contas a pagar total ao longo do período, passando de aproximadamente US$ 3,56 bilhões em março de 2012 para cerca de US$ 1,9 bilhão em setembro de 2017, o que pode indicar uma melhora na gestão de obrigações de curto prazo ou redução de compras e despesas a pagar.

O patrimônio líquido inicialmente crescente, atingindo um pico próximo de US$ 22,4 bilhões em junho de 2013, posteriormente começou a diminuir, chegando a cerca de US$ 13,9 bilhões em março de 2016, o que reflete uma redução acumulada, possivelmente relacionada a prejuízos acumulados, aumentos em perdas não realizadas ou distribuição de dividendos. Apesar disso, há sinais de recuperação a partir de então, com um aumento no patrimônio líquido nos períodos seguintes, ainda que sem recuperação integral até o final do período analisado.

O capital integralizado manteve-se relativamente estável ao longo do período, próxima a US$ 8 bilhões, enquanto as ações em tesouraria demonstraram um crescimento contínuo, indicando recompras de ações e aumento na posição de ações em tesouraria, o que pode impactar o patrimônio líquido agregado.

Por fim, as perdas abrangentes acumuladas mostraram evolução ao longo do período, atingindo cerca de US$ 518 milhões em setembro de 2017, refletindo impactos de mercado ou ajustes contábeis que precisam ser considerados na avaliação do valor do patrimônio e do risco financeiro da empresa. Os interesses não controladores cresceram ao longo do tempo, contribuindo para uma composição mais complexa do patrimônio líquido consolidado.

Em suma, a análise demonstra uma entidade com aumento significativo de passivos, especialmente de longo prazo e obrigações de aposentadoria, acompanhado por uso contínuo de financiamentos e recompras de ações em tesouraria. A volatilidade do patrimônio líquido indica impactos de perdas e ganhos ao longo do tempo, enquanto a gestão da liquidez, evidenciada na redução de contas a pagar, parece ter sido ajustada mais recentemente.