Estrutura da demonstração de resultados
Dados trimestrais
Com base em relatórios: 10-Q (Data do relatório: 2017-03-31), 10-K (Data do relatório: 2016-12-31), 10-Q (Data do relatório: 2016-09-30), 10-Q (Data do relatório: 2016-06-30), 10-Q (Data do relatório: 2016-03-31), 10-K (Data do relatório: 2015-12-31), 10-Q (Data do relatório: 2015-09-30), 10-Q (Data do relatório: 2015-06-30), 10-Q (Data do relatório: 2015-03-31), 10-K (Data do relatório: 2014-12-31), 10-Q (Data do relatório: 2014-09-30), 10-Q (Data do relatório: 2014-06-30), 10-Q (Data do relatório: 2014-03-31), 10-K (Data do relatório: 2013-12-31), 10-Q (Data do relatório: 2013-09-30), 10-Q (Data do relatório: 2013-06-30), 10-Q (Data do relatório: 2013-03-31), 10-K (Data do relatório: 2012-12-31), 10-Q (Data do relatório: 2012-09-30), 10-Q (Data do relatório: 2012-06-30), 10-Q (Data do relatório: 2012-03-31).
Ao longo do período analisado, observa-se uma tendência de incremento na margem de lucro bruto, que variou de cerca de 53,89% a 67,14%, indicando uma melhora na eficiência na geração de receita após dedução dos custos diretos de venda. Apesar dessa melhora, há um sinal de desaceleração no lucro bruto a partir do último trimestre, em que a margem caiu para 43,47%, sugerindo desafios na manutenção da rentabilidade bruta.
Os custos associados à aquisição de tráfego apresentaram uma redução percentual consistente, porém permanecem elevados, atingindo no último trimestre aproximadamente -37,18% sobre a receita, indicando esforços na otimização das despesas de aquisição de clientes.
Por outro lado, outros custos relacionados à operação, como despesas gerais e administrativas, mostraram uma variação moderada, situando-se entre aproximadamente -10,9% e -14,53%. Esses gastos, combinados com amortizações de intangíveis, contribuíram para o aumento das despesas totais no período, embora de forma relativamente controlada.
No segmento de resultados, destaca-se uma volatilidade significativa no resultado operacional. Observa-se períodos de prejuízo, especialmente no último trimestre de 2016 (-355,75%) e no primeiro trimestre de 2017 (-37,45%), contra períodos de lucro substancial, como o pico de 263,04% no terceiro trimestre de 2012. Essas oscilações indicam uma variabilidade considerável na rentabilidade operacional, possivelmente influenciada por ganhos de venda de ativos, reestruturações e imparidades.
De forma geral, o resultado antes do imposto apresentou alta expressiva em alguns períodos, especialmente no terceiro trimestre de 2012, mas posteriormente demonstrou forte volatilidade, refletindo o impacto de itens não recorrentes como reestruturações e imparidades de ativos, além de variações nos ganhos de venda de patentes.
Os itens relacionados às receitas não operacionais, especialmente receitas líquidas extraordinárias ou peculiaridades como ganhos na venda de patentes, tiveram forte impacto em determinados trimestres, com picos de até 897,88% na receita no segundo trimestre de 2014. Esses itens contribuíram para resultados líquidos excepcionalmente positivos em alguns períodos, atingindo até 590,21% em relação à receita, porém também períodos de prejuízo substancial, como no segundo semestre de 2016.
Em relação ao lucro líquido, há uma tendência de volatilidade severa, culminando em prejuízos expressivos, particularmente no último trimestre de 2016 (-33,52%) e no período de 2017 (-33,64%). Ainda assim, houve períodos com lucros elevados, como o terceiro trimestre de 2012, atingindo 263,04%. Essa variabilidade sugere impactos de itens extraordinários ou ajustes contábeis relevantes ao longo dos trimestres.
O lucro destinado aos acionistas não controladores mostrou-se relativamente constante e de baixa magnitude, reforçando que a maior influência sobre os resultados residiu na performance operacional e em itens não recorrentes da empresa.
De modo geral, a análise demonstra um cenário de altos e baixos, com oscilações notáveis nos resultados operacionais e líquidos, fortemente influenciadas por itens não recorrentes e ajustes contábeis. A queda na margem de lucro bruto na parte final do período, aliada à elevada volatilidade do resultado operacional, evidencia desafios na sustentação de uma rentabilidade consistente ao longo do tempo.