Broadcom Inc. (NASDAQ:AVGO)

Ao analisar as tendências nos indicadores de liquidez ao longo do período considerado, observa-se um padrão geral de melhora na capacidade de liquidez da empresa ao longo do tempo.

Índice de liquidez corrente

Desde o início do período, o índice mostrou uma tendência de crescimento, passando de aproximadamente 1,27 em fevereiro de 2019 para valores superiores a 2,5 em alguns períodos intermediários, atingindo um pico de 2,64 em janeiro de 2022. Após esse pico, há uma leve redução, com valores próximos a 1,08 no segundo semestre de 2024. Essa evolução indica uma melhora na capacidade de honrar obrigações de curto prazo ao longo dos anos, embora haja sinais de diminuição dos níveis de liquidez mais recente.

Índice de liquidez rápida

Este indicador apresentou uma trajetória semelhante, iniciando em torno de 1,05 em fevereiro de 2019 e atingindo seu ponto mais alto de aproximadamente 2,18 em julho de 2022. Após esse pico, há uma redução gradual, chegando a valores próximos de 0,68 em fevereiro de 2025. A liquidez rápida, que exclui estoques e outros ativos menos líquidos, manteve-se relativamente robusta durante o período, embora também evidencie uma ligeira diminuição no momento mais recente.

Índice de liquidez de caixa

O índice de liquidez de caixa apresenta maior volatilidade, iniciando em 0,61 em fevereiro de 2019 e atingindo um pico de 1,94 em janeiro de 2022. Após esse pico, há uma redução consistente, chegando a valores de aproximadamente 0,45 em fevereiro de 2025. Apesar de apresentar uma melhora ao longo do tempo, esse indicador permanece abaixo de 2, demonstrando que uma parcela significativa das liquidez da empresa ainda depende de ativos de curto prazo líquidos, como caixa e equivalentes de caixa.

Em conjunto, os dados indicam uma tendência de aprimoramento na liquidez geral e rápida, sugerindo uma gestão mais eficiente dos recursos líquidos ao longo do período. No entanto, a diminuição dos índices nos períodos mais recentes sinaliza a necessidade de acompanhamento, pois pode refletir uma redução na margem de segurança para cumprir obrigações de curto prazo, especialmente no que tange à liquidez de caixa.

Ao analisar os dados financeiros trimestrais, observa-se que o ativo circulante apresentou uma tendência geral de crescimento ao longo do período, passando de aproximadamente US$ 10,6 bilhões em fevereiro de 2019 para mais de US$ 22 bilhões em maio de 2025. Esse aumento indica uma ampliação na liquidez da empresa, refletida também pelo índice de liquidez corrente, que variou de cerca de 1,27 em fevereiro de 2019 para picos superiores a 2,6 em fases intermediárias, embora tenham ocorrido períodos de redução, como no final de 2024 e início de 2025, onde o índice se aproximou de 1,0 a 1,17, indicando uma possível diminuição na margem de segurança de liquidez naquele momento.

O passivo circulante mostrou uma tendência de aumento ao longo do tempo, contudo apresentou considerável volatilidade. Inicialmente, o passivo circulante ficou em torno de US$ 8,3 bilhões em fevereiro de 2019, observando picos de até aproximadamente US$ 20 bilhões em períodos mais recentes. A relação entre ativo e passivo circulante resultou em índices de liquidez corrente variáveis, com períodos de melhoria, especialmente entre 2020 e 2022, e momentos de diminuição significativa, sobretudo no final de 2024, sugerindo uma possível pressão de liquidez nesse período.

O índice de liquidez corrente passou por variações em resultado da oscilação do ativo e passivo circulante. Durante o período, o valor mais elevado ocorreu em meados de 2021, com racios acima de 2,6, indicando forte capacidade de pagamento de obrigações de curto prazo. Contudo, a partir de 2023, houve uma tendência de estabilidade e redução, aproximando-se de valores próximos a 1,0, o que sugere momentos em que a liquidez da empresa poderia estar mais restrita.

De modo geral, nota-se que a empresa manteve uma vorabilidade de aumentos em seus ativos circulantes, o que contribuiu para uma melhora na liquidez em certos períodos. Entretanto, a elevada volatilidade no passivo circulante influenciou as variações no índice de liquidez corrente, apontando para fases de maior ou menor facilidade em cobrir obrigações de curto prazo. Essa dinâmica deve ser avaliada considerando os contextos de mercado e estratégias financeiras adotadas ao longo do tempo.

Ao analisar as variações no total de ativos rápidos ao longo do período, observa-se uma tendência de crescimento até meados de 2021, atingindo um pico de aproximadamente US$ 15,38 bilhões, seguido de uma estabilização e leve retração a partir de 2022. Notavelmente, os ativos rápidos apresentaram alta operacional até 2021, porém demonstraram uma redução após esse ponto, atingindo valores inferiores aos do início do período.

O passivo circulante apresentou uma trajetória de ampliação significativa a partir de meados de 2021, refletindo em aumento expressivo até 2024, sendo observado um aumento de cerca de 22% entre agosto de 2021 e fevereiro de 2025. Essa expansão indica maiores obrigações de curto prazo ao longo do período, o que pode influenciar a liquidez da empresa.

O índice de liquidez rápida variou bastante ao longo do período, apresentando picos de até 2,27 em novembro de 2020, indicando uma posição de liquidez favorável no momento. Desde então, há uma tendência de declínio, particularmente após 2022, culminando em valores abaixo de 1, evidenciando uma redução na capacidade de cobrir obrigações de curto prazo com ativos rápidos. Essa redução sugere uma potencial necessidade de reforço na liquidez operacional ou uma mudança na composição dos ativos.

Em síntese, há um aumento inicial na liquidez e nos ativos rápidos até 2021, seguido de uma desaceleração e redução, enquanto o passivo circulante vem crescendo de forma notável, especialmente a partir de 2021. Essa combinação evidencia uma tendência de deterioração da liquidez de curto prazo ao longo do período analisado, o que poderia demandar atenção na gestão de ativos e passivos de curto prazo.

Ao analisar os dados apresentados no período compreendido entre fevereiro de 2019 e maio de 2025, observa-se uma tendência de variação no total de ativos de caixa, que inicialmente mostra crescimento até atingir um pico no início de 2023, seguido por uma redução moderada até meados de 2024. Os valores de ativos de caixa variaram de aproximadamente US$ 5.093 milhões em fevereiro de 2019 para cerca de US$ 12.472 milhões em maio de 2025, indicando uma expansão ao longo do período analisado, com alguns períodos de estabilização ou leve retração.

Quanto ao passivo circulante, há uma tendência geral de aumento ao longo do período, ainda que com variações intermediárias. Em fevereiro de 2019, o passivo situava-se em torno de US$ 8.349 milhões, atingindo um pico de aproximadamente US$ 20.591 milhões em maio de 2024. Este crescimento deve ser considerado em contexto com a evolução dos ativos de caixa e pode refletir um aumento na alavancagem operacional ou mudança na estrutura de financiamento, embora a relação específica entre eles não possa ser determinada somente a partir destes dados.

O índice de liquidez de caixa revela variações ao longo do tempo, indicando uma melhora na capacidade de liquidez da empresa entre 2019 e meados de 2021, com valores que variaram de 0.61 para aproximadamente 1.94. A partir desse ponto, o índice apresenta uma tendência de redução, chegando a valores próximos a 0.45 em 2024. Essa trajetória sugere que, apesar do aumento absoluto dos ativos de caixa, a relação com o passivo circulante nem sempre foi favorável, evidenciando momentos de deterioração na liquidez relativa. A baixa no índice de liquidez de caixa em períodos mais recentes pode sinalizar desafios na gestão de liquidez ou maior utilização dos recursos para financiamentos ou investimentos a curto prazo.

De modo geral, a análise indica uma fase de crescimento na liquidez de caixa até o início de 2021, seguida por um período de estagnação e posterior declínio relativa, em consonância ao aumento contínuo do passivo circulante. Essa dinâmica sugere uma possível pressão sobre a capacidade de manter uma liquidez adequada frente ao crescimento do endividamento de curto prazo. Para uma avaliação mais aprofundada, seria necessário cruzar esses dados com outros indicadores financeiros, além de considerar fatores externos que possam ter influenciado essas variáveis ao longo do período.