Demonstração dos fluxos de caixa
Dados trimestrais
A demonstração de fluxo de caixa fornece informações sobre recebimentos de caixa e pagamentos de caixa de uma empresa durante um período contábil, mostrando como esses fluxos de caixa vinculam o saldo de caixa final ao saldo inicial mostrado no balanço patrimonial da empresa.
A demonstração dos fluxos de caixa consiste em três partes: fluxos de caixa fornecidos por (usados em) atividades operacionais, fluxos de caixa fornecidos por (usados em) atividades de investimento e fluxos de caixa fornecidos por (usados em) atividades de financiamento.
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Ao analisar os dados financeiros, verifica-se uma trajetória de crescimento no lucro líquido ao longo do período, com picos significativos no final de 2017 e no terceiro trimestre de 2019, sugerindo períodos de forte desempenho operacional. No entanto, há períodos de queda acentuada, especialmente no último trimestre apresentado, evidenciado por prejuízos relevantes.
As despesas de depreciação e amortização apresentaram uma tendência de incremento ao longo do período, refletindo possivelmente uma expansão de ativos intangíveis ou físicos, ou uma maior utilização de ativos depreciáveis na operação.
Os itens relacionados à pesquisa e desenvolvimento indicam investimentos pontuais, com aquisição de projetos em processos, embora esses dados não tenham sido contínuos ao longo do período analisado. Esses investimentos sugerem foco na inovação e desenvolvimento de novos produtos.
As despesas de inadimplência são relativamente estáveis, apresentando variações moderadas, o que indica uma gestão consistente na recuperação de créditos ou provisões para perdas associadas às receitas a receber.
Os custos relacionados à remuneração baseada em ações tiveram oscilações, porém mantiveram uma proporção significativa e consistente, indicando que o programa de incentivos de ações é uma componente relevante na política de remuneração da empresa.
Os produtos de venda e vencimento de títulos negociáveis continuam apresentando uma tendência de aumento ao final do período, com valores expressivos, possivelmente indicando esforço na gestão de liquidez e investimentos de curto prazo. Em contrapartida, as aquisições de títulos e valores mobiliários revelam uma estratégia de aquisição contínua de ativos financeiros de maior risco, com despesas elevadas na compra de títulos e uma correspondente entrada de recursos na venda ou vencimento de títulos negociáveis.
O fluxo de caixa operacional demonstrou aumento progressivo em vários períodos, atingindo valores elevados na metade do período, embora em alguns trimestres recentes o caixa operacional líquido tenha apresentado forte redução devido às variações em contas a receber, inventários, despesas pré-pagas e outros ativos, além das variações de ativos e passivos.
As atividades de investimento evidenciam uma forte variação, com períodos de aquisição de investimentos e títulos, seguidos por vendas ou vencimentos, além de aquisições significativas, principalmente de bens e equipamentos. Há também destaque para as aquisições de empresas ou negócios, embora essas ocorram de forma pontual e intensa em alguns períodos, impactando negativamente o fluxo de caixa de investimento.
O fluxo de caixa de financiamento revelou oscilações relevantes, incluindo pagamento de recompra de ações, pagamento de dividendos e captação de recursos através de empréstimos ou operações de crédito. Destaca-se o pagamento substancial de recompra de ações e pagamento relacionado a atividades de financiamento, que impactaram significativamente o caixa ao longo do período.
Por fim, o efeito de variações cambiais e outros fatores resultaram em impactos notáveis sobre o caixa, contribuindo para períodos de aumento ou redução líquida do saldo de disponibilidades, refletindo a exposição cambial e a gestão de liquidez global.