e.l.f. Beauty, Inc. (NYSE:ELF)

O índice de giro de estoque apresentou variações ao longo do período analisado. Entre 2020 e 2022, houve uma desaceleração, com queda de 2,2 para 1,66, indicando aumento no tempo de permanência dos itens em estoque. Contudo, em 2023, ocorreu uma recuperação, elevando-se para 2,32, antes de recuar novamente para 1,57 em 2024, o que sugere instabilidade na eficiência na administração de estoques.

O índice de giro de recebíveis mostrou uma tendência de diminuição de 9,52 em 2020 para 7,92 em 2021, seguida de uma leve recuperação em 2022 para 8,61. Nos anos subsequentes, estabilizou-se em torno de 8,5, mantendo-se praticamente constante, o que pode indicar uma gestão consistente na cobrança dos recebíveis, com marginal variação na velocidade de recuperação de créditos.

Já o índice de rotatividade a pagar apresentou queda progressiva de 8,21 em 2020 para 3,7 em 2024, refletindo uma maior extensão do prazo de pagamento aos fornecedores ao longo dos anos. Essa tendência pode representar estratégias de alongamento de prazos de pagamento, impactando na liquidez de curto prazo.

Por sua vez, o índice de giro de capital de giro sofreu oscilações, caindo de 3,48 em 2020 para 3,06 em 2022, e aumentando significativamente para 5,75 em 2024. Essa variação sugere uma gestão do capital de giro com melhora na eficiência em 2024, embora tenha apresentado desaceleração nos anos intermediários.

Em relação aos dias de rotação de estoque, observou-se uma alta de 166 dias em 2020 para 220 dias em 2022, indicando maior permanência dos estoques, seguida por uma redução para 158 dias em 2023 e posterior aumento para 233 dias em 2024, demonstrando uma certa instabilidade na gestão de estoques.

Os dias de rodízio de contas a receber permaneceram relativamente constantes, variando entre 38 e 46 dias, indicando uma periodicidade de cobrança estável ao longo dos anos, com uma ligeira elevação a 44 dias em 2024.

O ciclo operacional apresentou aumento de 204 dias em 2020 para 262 dias em 2022, seguido de redução para 201 dias em 2023, e aumento para 277 dias em 2024. Essa oscilação evidencia variações na duração do ciclo de atividades operacionais, possivelmente relacionadas a mudanças na administração de estoques, prazos de recebimento e pagamento.

O ciclo de conversão de caixa mostrou aumento de 160 dias em 2020 para 212 dias em 2022, depois uma redução para 140 dias em 2023 e posterior crescimento para 178 dias em 2024. Tal padrão sugere uma volatilidade na eficiência do ciclo de caixa, refletindo possíveis ajustes nas políticas de pagamento, recebimento ou estoque.

Custo das vendas

Verificou-se um aumento contínuo no custo das vendas ao longo do período de análise. Após um incremento moderado de 10% do primeiro para o segundo ano, houve um aceleração significativa em 2022, com aumento de aproximadamente 25%. Em 2023, o crescimento acelerou ainda mais, atingindo um aumento de cerca de 34% em relação ao ano anterior. Este aumento expressivo pode refletir uma expansão nas operações, aumento nos preços dos materiais ou maior volume de vendas, levando a uma elevação do custo total.

Estoque líquido

O estoque líquido apresentou crescimento substancial ao longo dos anos, especialmente entre 2023 e 2024, quando quase dobrou de valor, passando de aproximadamente US$ 81,3 milhões para US$ 191,5 milhões. Durante vários anos, houve uma tendência de crescimento consistente, porém essa variação mais acentuada no último período pode indicar uma estratégia de aumento de inventário para atender uma maior demanda ou uma mudança na política de gestão de estoque.

Índice de giro de estoque

O índice de giro de estoque apresentou variações ao longo dos anos. Entre 2020 e 2022, ocorreu uma diminuição no índice, indicando que o estoque estava sendo renovado com menor frequência, potencialmente sinalizando estoques mais elevados ou menor eficiência na rotatividade. Em 2023, houve uma recuperação, com o índice aumentando para 2.32, indicando uma maior eficiência na rotatividade de estoques. Entretanto, em 2024, houve uma redução para 1.57, sugerindo que o estoque passou a girar mais lentamente, o que pode estar relacionado ao aumento expressivo de inventários ou mudanças na demanda e na estratégia de gestão de estoque.

Ao analisar os dados financeiros apresentados, observa-se uma tendência de crescimento consistente nas vendas líquidas ao longo do período considerado, passando de aproximadamente US$ 282,9 milhões em março de 2020 para mais de US$ 1,02 bilhão em março de 2024. Esse aumento gradual indica uma expansão significativa na receita da empresa ao longo de quatro anos.

Os Contas a receber, líquidas, registaram aumento proporcional às vendas, passando de cerca de US$ 29,7 milhões em 2020 para aproximadamente US$ 123,8 milhões em 2024. Tal crescimento reflete o crescimento nas operações comerciais e na base de clientes. Contudo, o índice de giro de recebíveis apresentou uma leve redução, de 9,52 em 2020 para 8,27 em 2024, sugerindo uma ligeira deterioração na eficiência no recebimento das vendas a prazo ao longo do período. Essa diminuição indica que a empresa, mesmo ampliando suas vendas, tem levado um pouco mais de tempo, em média, para recuperar seus créditos.

De modo geral, os dados indicam um crescimento sustentável nas receitas, acompanhado por um aumento nas contas a receber que, embora crescente, mostra uma tendência de ligeira diminuição na eficiência do giro de recebíveis. Essa dinâmica sugere que a empresa pode precisar avaliar suas políticas de crédito ou de cobrança para otimizar seu ciclo financeiro sem comprometer o crescimento das vendas.

Ao analisar os dados financeiros apresentados, observa-se que o custo das vendas tem apresentado crescimento consistente ao longo do período estudado. De 2020 a 2024, houve um aumento significativo de aproximadamente 194% no valor, indicando uma expansão na produção ou nas despesas relacionadas à venda de produtos.

Os contas a pagar também manifestaram um aumento expressivo, crescendo de aproximadamente US$ 12.390 mil em 2020 para US$ 81.075 mil em 2024, um incremento de cerca de 555%. Apesar do crescimento absoluto bastante acentuado, o índice de rotatividade a pagar tem mostrado uma tendência de declínio ao longo do mesmo período, reduzindo de 8,21 em 2020 para 3,7 em 2024. Essa redução indica uma tendência de alongamento no prazo médio de pagamento às fornecedores, sugerindo talvez uma gestão de fluxo de caixa mais prolongada ou uma negociação de condições de pagamento mais favoráveis.

Custos das vendas

O aumento consistente ao longo dos anos sugere crescimento na escala de operações ou aumento nos custos de produção e distribuição. Essa elevação acentuada também pode impactar as margens de lucro, especialmente se o aumento nas vendas não acompanhar proporcionalmente esse crescimento de custos.

Contas a pagar

O crescimento expressivo nos valores indica maior volume de obrigações financeiras com fornecedores, consolidando uma postura de maior crédito estendido pelos fornecedores ou maior aquisição de bens e serviços a prazo. A redução do índice de rotatividade a pagar reforça a possibilidade de condições de pagamento mais prolongadas.

Índice de rotatividade a pagar

O declínio contínuo do índice sugere uma tendência de alongamento do prazo médio de pagamento, o que pode ser uma estratégia de gerenciamento de fluxo de caixa, mas também pode refletir dificuldades na liquidez de curto prazo ou negociações mais favoráveis com fornecedores.

Capital de giro

Observa-se uma tendência de crescimento contínuo no capital de giro ao longo do período, passando de aproximadamente US$ 81,2 milhões em 2020 para cerca de US$ 177,96 milhões em 2024. Apesar de uma ligeira redução no valor de 2024 em relação a 2023, a variação geral indica uma ampliação dos recursos destinados às operações de curto prazo, refletindo possivelmente uma estratégia de expansão ou de fortalecimento da liquidez operacional.

Vendas líquidas

As vendas líquidas apresentaram crescimento expressivo ao longo dos anos, crescendo de aproximadamente US$ 282,85 milhões em 2020 para mais de US$ 1,02 bilhão em 2024. Essa evolução revela uma forte dinâmica de crescimento de receita, indicando aumento da demanda ou expansão de mercado, além de potencialmente melhorias na eficiência comercial ou na penetração de mercado.

Índice de giro de capital de giro

O índice de giro de capital de giro, que mede a eficiência na utilização do capital de giro para gerar vendas, apresentou uma tendência de diminuição de 3,48 em 2020 para 2,96 em 2022, indicando uma redução na eficiência do uso do capital de giro nesse período. No entanto, em 2024, esse índice sobe significativamente para 5,75, indicando uma melhora substancial na utilização do capital de giro para impulsionar as vendas. Essa mudança sugere que, embora inicialmente a eficiência tenha diminuído, a empresa conseguiu otimizar sua gestão de capital de giro na fase mais recente, potencialmente acompanhando o crescimento das vendas líquidas.

Índice de giro de estoque

O índice de giro de estoque apresentou uma variação ao longo do período analisado. Entre março de 2020 e março de 2022, houve uma tendência de declínio, passando de 2,2 para 1,66, indicando uma redução na eficiência da rotação do estoque, ou seja, a empresa levou mais tempo para vender seu estoque. Em 2023, esse índice recuperou-se para 2,32, ultrapassando o nível de 2020, sugerindo uma melhora na gestão de estoque e maior eficiência na rotatividade. Contudo, em 2024, houve uma redução para 1,57, indicando uma nova diminuição na eficiência de giro de estoque. Essa fluctuação pode refletir mudanças nos níveis de estoque, estratégias de venda ou condições de mercado.

Dias de rotação de estoque

O número de dias para a rotação do estoque evidenciou uma tendencia de aumento até 2022, passando de 166 dias em 2020 para 220 dias em 2022, demonstrando que a empresa levou mais tempo para vender seus estoques ao longo desse período. Em 2023, esse número reduziu-se para 158 dias, indicando um período mais curto para a rotatividade, compatível com a melhora observada no índice de giro de estoque. No entanto, em 2024, o número de dias voltou a subir para 233, sugerindo que, novamente, a empresa levou mais tempo para vender seus estoques, o que pode indicar dificuldades na gestão de estoque ou no ritmo de vendas no último período avaliado.

O índice de giro de recebíveis apresentou uma tendência de ligeira diminuição ao longo do período analisado, passando de 9,52 vezes em 2020 para 8,27 vezes em 2024. Essa redução indica uma possível desaceleração na frequência com que os recebíveis são convertidos em vendas, sugerindo uma management de crédito ou políticas de cobrança mais conservadoras ou dificuldades na liquidação mais rápida dos recebíveis ao longo do tempo.

Por outro lado, os dias de rodízio de contas a receber mostraram um aumento consistente, de 38 dias em 2020 para 44 dias em 2024. Esse aumento de aproximadamente seis dias ao longo do período reforça a hipótese de que a recuperação das disponibilidades provenientes de vendas a prazo está levando mais tempo para ocorrer, alinhando-se à queda no índice de giro de recebíveis. Essa tendência pode impactar a liquidez da empresa, requerendo atenção na gestão de crédito e cobrança.

Índice de giro de recebíveis

Houve uma leve diminuição, indicando menor frequência de conversão de vendas a crédito em caixa, o que pode sugerir uma maior rigidez nas condições de pagamento dos clientes ou maior inadimplência.

Dias de rodízio de contas a receber

O aumento consistente no número de dias de recebimento permite inferir que a recuperação dos créditos está se tornando mais lenta, o que pode impactar negativamente a liquidez operacional e a necessidade de gestão eficiente do ciclo de caixa.

Observa-se que o ciclo operacional apresentou variações ao longo dos períodos analisados, refletindo as mudanças na gestão de estoques, contas a receber e fluxo de caixa operacional da empresa.

Os dias de rotação de estoque mostraram um aumento de 166 dias em março de 2020 para 185 dias em março de 2021, indicando um aumento na duração do armazenamento de inventários. Posteriormente, esse indicador aumentou significativamente para 220 dias em março de 2022, antes de diminuir para 158 dias em março de 2023, sugerindo uma melhora na eficiência do giro de estoques, e voltou a subir para 233 dias em março de 2024.

Os dias de rodízio de contas a receber tiveram um crescimento constante ao longo do período, saindo de 38 dias em março de 2020, aumentando para 46 dias em março de 2021, e permanecendo relativamente estáveis em torno de 42 a 44 dias nos períodos seguintes. Essa estabilidade indica que a política de recebimentos permanece relativamente consistente, com pequenas variações.

O ciclo operacional, que combina os dias de estoque e a rotação de contas a receber, refletiu essas tendências. Houve aumento de 204 dias em março de 2020 para 231 dias em março de 2021, seguido de um aumento para 262 dias em março de 2022. Após esse pico, houve uma redução para 201 dias em março de 2023, antes de um novo aumento para 277 dias em março de 2024. Essas oscilações podem indicar alterações na eficiência operacional, na gestão de capital de giro ou em estratégias comerciais adotadas ao longo dos anos.

De modo geral, os dados apontam para uma elevação significativa do ciclo operacional em 2022 e 2024, enquanto os dias de estoque variaram bastante, refletindo possíveis ajustes na gestão de inventários. A estabilidade relativa nos dias de rodízio de contas a receber sugere uma política de crédito consolidada. Essas tendências devem ser acompanhadas para avaliar impactos na liquidez e na eficiência operacional da empresa.

A análise dos indicadores financeiros referentes ao índice de rotatividade a pagar revela uma tendência de diminuição ao longo dos anos analisados. Especificamente, o índice passou de 8,21 em março de 2020 para 3,7 em março de 2024, indicando uma redução na frequência com que a empresa paga suas contas a pagar em relação ao período avaliado. Essa redução pode refletir uma alteração na política de gestão de passivos ou uma mudança no ciclo de pagamento, potencialmente buscando maior eficiência ou alinhamento com estratégias financeiras específicas.

Quanto aos dias de rotação de contas a pagar, houve um aumento contínuo ao longo do período. Em março de 2020, o período era de 44 dias, chegando a 99 dias em março de 2024. Este aumento mostra que a empresa tem levado mais tempo para quitar suas obrigações de contas a pagar, o que pode indicar uma estratégia de alongamento de prazos ou uma alteração na estrutura de crédito com fornecedores. Essa expansão no ciclo de pagamento pode impactar o fluxo de caixa, exigindo uma gestão cuidadosa para equilibrar o alongamento dos prazos com a necessidade de manter relações comerciais positivas.

Em suma, observa-se uma tendência de menor rotatividade financeira, com uma significativa ampliação no período de pagamento às contas a pagar, sugerindo uma mudança na política de liquidação de obrigações. Essas mudanças podem influenciar a liquidez e a saúde financeira da empresa, demandando monitoramento contínuo para assegurar que as estratégias adotadas sejam sustentáveis e alinhadas às metas financeiras globais.

Ao analisar a evolução dos indicadores de ciclo de conversão de caixa ao longo dos cinco períodos considerados, observa-se uma variação significativa nos dias de rotação de estoque, que inicialmente aumentou de 166 dias em 2020 para 220 dias em 2022, indicando um período mais prolongado para vender inventário ou transformar estoques em vendas. No entanto, houve uma redução substancial para 158 dias em 2023, e a previsão para 2024 aponta para um aumento para 233 dias, sugerindo uma tendência de aumento na permanência de estoques na empresa.

Os dias de rodízio de contas a receber mantiveram-se relativamente estáveis, apresentando uma leve elevação de 38 dias em 2020 para 46 dias em 2021, permanecendo em torno de 42 a 44 dias entre 2022 e 2023, antes de chegar a 44 dias em 2024. Essa estabilidade sugere uma consistência na gestão de crédito junto aos clientes ao longo do período analisado.

Por outro lado, os dias de rotação de contas a pagar exibiram aumento constante ao longo do período, de 44 dias em 2020 para 61 dias em 2023, e uma previsão de incremento para 99 dias em 2024. Esse aumento indica uma tendência de alongamento no tempo de pagamento a fornecedores, o que pode ser uma estratégia para melhorar o fluxo de caixa, embora possa impactar as relações comerciais com fornecedores se a prática for considerada excessiva.

O ciclo de conversão de caixa, que agrega os dias de rotação de estoque e recebíveis, descontando os dias de pagamento, apresentou uma variação significativa: iniciou em 160 dias em 2020, atingiu um pico de 212 dias em 2022, depois reduziu para 140 dias em 2023, antes de uma possível retomada a 178 dias em 2024. Essa oscilação reflete uma gestão de liquidez e capital de giro com alta volatilidade ao longo do período, podendo indicar períodos de maior eficiência na conversão de recursos ou dificuldades em manter o ciclo operacional sob controle.