e.l.f. Beauty, Inc. (NYSE:ELF)

Ao analisar os dados financeiros ao longo do período de cinco anos, observam-se várias tendências e mudanças relevantes nos componentes do passivo, patrimônio líquido e suas proporções em relação ao passivo total e patrimônio líquido.

O percentual referente à parcela atual da dívida de longo prazo e obrigações de arrendamento financeiro apresentou uma diminuição significativa de 2,77% em 2020 para 1,17% em 2022, demonstrando uma redução na participação dessa dívida no passivo total. Contudo, houve um aumento acentuado em 2023 para 0,94%, seguido de uma expressiva alta em 2024 para 8,88%. Este último incremento sugere uma possível nova emissão ou reestruturação dessa dívida.

As contas a pagar tiveram uma tendência de crescimento contínuo, partindo de 2,73% em 2020 para 7,18% em 2024, indicando um aumento na obrigações de curto prazo relacionadas às operações da empresa. Similarmente, as despesas acumuladas variaram, atingindo seu pico em 2021 com 4,37% e reduzindo-se posteriormente, mas permanecendo elevados até 2024 em 3,35%. Essa estabilidade sugere uma gestão consistente das obrigações correntes relacionadas a despesas operacionais acumuladas.

O estoque acumulado, que está ausente em 2020 e 2021, surge em 2022 em 0,22% e incrementa de forma mais acentuada em 2023 para 1,46%. A presença desta conta reflete uma maior participação dos estoques no passivo comparada ao período anterior, embora ainda de forma modesta. Já os investimentos em marketing acumulado mostraram crescimento, chegando a 3,99% em 2023 antes de uma redução em 2024 para 2,59%, indicando possíveis ações de campanha que foram intensificadas em um momento e posteriormente diminuídas.

O passivo circulante apresentou crescimento contínuo, passando de 11,28% em 2020 para 26,49% em 2024, refletindo uma maior pressão de obrigações de curto prazo. Em contrapartida, o passivo de longo prazo experimentou uma redução expressiva de 27,83% em 2020 para um ponto mais baixo em 2023 (10,22%), embora tenha aumentado para 14,33% em 2024, indicando uma possível reavaliação ou reestruturação desse passivo.

Os passivos de longo prazo, que incluem dívidas de longo prazo, obrigações de arrendamento operacional de longo prazo, passivos por impostos diferidos e outros passivos de longo prazo, apresentaram uma diminuição de 35,27% em 2020 para 12,86% em 2023, seguido de uma leve recuperação para 16,61% em 2024. Este movimento sugere uma redução no peso desses passivos no total, possivelmente por amortizações ou refinanciamentos.

O total do passivo e patrimônio líquido refletiu uma redução de 46,55% em 2020 para 30,99% em 2023, antes de uma elevação para 43,1% em 2024, indicando mudança na estrutura de financiamento, com aumento na participação do passivo circulante em relação ao total e uma posterior estabilização ou reforço do passivo de longo prazo.

O patrimônio líquido, que inicialmente representou 53,45% em 2020, atingiu seu pico em 2022 (63,16%) e 2023 (69,01%), antes de recuar para 56,9% em 2024. Esse comportamento sugere uma fase de fortalecimento de capital no período intermediário, acompanhada por uma reabsorção de recursos ou aumento de passivos em 2024.

O capital adicional realizado apresentou uma tendência de diminuição, passando de 166,23% em 2020 para 82,92% em 2024, refletindo possivelmente uma redução na emissão de ações ou no aporte de recursos pelos acionistas ao longo do tempo. Quanto ao déficit acumulado, houve uma melhora contínua, de -112,89% em 2020 para -26,06% em 2024, indicando que a empresa vem recuperando sua situação de patrimônio negativo ao longo do período.