Visa Inc. (NYSE:V)

Ao analisar a evolução dos índices de liquidez ao longo do período considerado, verifica-se uma tendência geral de melhora na liquidez corrente, que aumentou de 1,42 no final de 2016 para aproximadamente 1,5 em março de 2023, atingindo picos de até 2,12 em algumas cidades. Essa elevação indica uma maior capacidade de pagamento de obrigações de curto prazo ao longo do tempo, especialmente a partir do início de 2017, consolidando-se como uma tendência de fortalecimento da liquidez da entidade.

O índice de liquidez rápida também apontou uma trajetória de aprimoramento, saindo de 1,35 em dezembro de 2016 para cerca de 1,31 em março de 2023. Note-se que houve picos próximos a 1,97 e 1,96 em determinados períodos (meados de 2017 e 2018), sinalizando períodos de maior disponibilidade de ativos líquidos para cobrir obrigações de curto prazo, embora haja oscilações ao longo do tempo.

Por fim, os índices de liquidez de caixa demonstram uma variabilidade maior, começando em 1,12 no final de 2016 e apresentando alguma instabilidade, chegando a atingir valores inferiores a 1 (como 0,89 em setembro de 2022), o que sugere momentos de menor disponibilidade de caixa em relação às obrigações de curto prazo. Contudo, também há períodos de recuperação, onde esses índices retornam a valores superiores a 1, indicando melhorias na gestão de caixa durante alguns ciclos.

De modo geral, observa-se uma tendência de fortalecimento na liquidez global ao longo do período, com aumento nas razões de liquidez corrente e rápida, embora o índice de liquidez de caixa apresente maior volatilidade. Esses padrões refletem uma melhora na capacidade da entidade de honrar seus compromissos de curto prazo, evidenciando uma gestão de liquidez que procurou equilibrar crescimento e segurança financeira.

Ativo circulante

Observa-se uma tendência de crescimento contínuo nos ativos circulantes ao longo do período analisado, passando de aproximadamente US$ 14,7 bilhões em dezembro de 2016 para mais de US$ 30 bilhões no primeiro trimestre de 2023. Essa evolução indica uma expansão na liquidez e na capacidade de atendimento às obrigações de curto prazo.

Passivo circulante

Os passivos circulantes também apresentaram aumento durante o período, passando de cerca de US$ 10,3 bilhões em dezembro de 2016 para aproximadamente US$ 20,8 bilhões em março de 2023. Apesar do crescimento, o ritmo foi relativamente moderado nos primeiros anos, com aceleração mais significativa após 2019, o que sugere uma ampliação nas obrigações de curto prazo, possivelmente acompanhando o aumento dos ativos circulantes.

Índice de liquidez corrente

O índice de liquidez corrente apresentou uma tendência de aumento até 2017, atingindo seu ponto mais alto em torno de 2,07, indicando uma forte margem de segurança para cobrir as dívidas de curto prazo na ocasião. Após esse pico, houve uma redução gradual, chegando a aproximadamente 1,25 no final de 2019, antes de recuperar-se gradativamente para cerca de 1,5 em março de 2023. Essa variação evidencia um aumento na relação entre ativos e passivos circulantes, embora com flutuações, refletindo mudanças na liquidez relativa ao longo do período.

De modo geral, os dados indicam uma empresa que promove crescimento de seus ativos e passivos de curto prazo, mantendo uma relação de liquidez corrente relativamente sólida e relativamente volátil, com melhorias na liquidez nos anos finais do período avaliado. Esses movimentos sugerem uma estratégia de fortalecimento da liquidez, mesmo com aumento de obrigações de curto prazo, o que contribui para a estabilidade financeira ao longo do tempo.

Ao longo do período analisado, observa-se uma tendência de aumento contínuo nos ativos rápidos, que cresceram de aproximadamente US$ 14,0 bilhões no final de 2016 para cerca de US$ 26,3 bilhões no início de 2023. Essa alta indica uma expansão na liquidez de curto prazo, refletindo uma melhora na eficiência na gestão de ativos líquidos da empresa.

O passivo circulante apresentou variações ao longo do tempo, iniciando em aproximadamente US$ 10,3 bilhões no final de 2016 e atingindo US$ 20,9 bilhões em março de 2023. Apesar do aumento absoluto, a relação entre ativos rápidos e passivo circulante, representada pelo índice de liquidez rápida, apresentouva oscilações, inicialmente crescendo de 1,35 para picos de até 1,97 em março de 2017, indicando maior capacidade de cobertura das obrigações de curto prazo pelos ativos líquidos naquele período.

Após esse pico, houve uma redução no índice de liquidez rápida, chegando a valores próximos de 1,13 em finais de 2019, o que possivelmente refletiria uma menor eficiência de liquidez ou aumento proporcional do passivo circulante. Contudo, a partir desse ponto, o índice voltou a ascender e estabilizar-se em torno de 1,26 a 1,31, demonstrando uma manutenção de uma posição de liquidez relativamente confortável e consistente ao longo do último ano e meio do período considerado.

De modo geral, a combinação de aumento de ativos líquidos e a manutenção de um índice de liquidez rápida acima de 1, mostra uma gestão financeira que prioriza a liquidez de curto prazo, ainda que com alguma oscilação, o que é comum em empresas de alta intensidade de transações financeiras. A resposta a essas variações sugere uma estratégia de gerenciamento dinâmico, ajustando-se às condições de mercado e operacionais ao longo do tempo.

Análise da evolução do total de ativos de caixa

Ao longo do período analisado, observa-se um aumento consistente no total de ativos de caixa, começando em aproximadamente US$ 11,55 bilhões em dezembro de 2016 e atingindo um pico de cerca de US$ 22,13 bilhões em junho de 2022. Após esse período, há uma ligeira redução até março de 2023, quando os ativos de caixa atingiram aproximadamente US$ 20,94 bilhões. Essa tendência aponta para uma crescente liquidez ao longo dos anos, com uma substancial acumulação de caixa, seguida por uma ligeira retração no último período avaliado.

Comportamento do passivo circulante

O passivo circulante apresenta variações ao longo do tempo, iniciando em US$ 10,34 bilhões em dezembro de 2016 e atingindo seu maior valor de US$ 20,85 bilhões em junho de 2022. Após esse pico, registra uma redução a cerca de US$ 19,03 bilhões em março de 2023. Tal comportamento sugere um aumento na alavancagem de curto prazo ao longo dos anos, seguido de uma possível tentativa de estabilização ou redução do passivo circulante recente.

Índice de liquidez de caixa

Este índice passou por oscilações ao longo do período, refletindo mudanças na capacidade da entidade de cobrir suas dívidas de curto prazo com seus ativos líquidos. De um valor inicial de aproximadamente 1,12 em dezembro de 2016, variou até atingir um pico de 1,69 em setembro de 2018 e setembro de 2019, indicando uma liquidez confortável. Contudo, houve períodos de redução, chegando a valores próximos de 0,89 em setembro de 2022, sinalizando momentos de menor liquidez relativa. Ainda assim, a média do índice ao longo do período sugere uma manutenção geral de uma posição de liquidez razoável.