Estrutura do balanço: passivo e patrimônio líquido
Com base em relatórios: 10-K (Data do relatório: 2018-12-31), 10-K (Data do relatório: 2017-12-31), 10-K (Data do relatório: 2016-12-31), 10-K (Data do relatório: 2015-12-31), 10-K (Data do relatório: 2014-12-31).
Observa-se uma tendência crescente no percentual do passivo total e do patrimônio líquido representado pelo passivo circulante ao longo dos anos, elevando-se de aproximadamente 14,51% em 2015 para cerca de 18,48% em 2018. Essa elevação sugere um aumento na parcela de obrigações de curto prazo, o que pode indicar maior necessidade de liquidez de curto prazo. Por outro lado, o percentual de dívidas de longo prazo, excluindo vencimentos correntes, apresenta um aumento significativo de 39,76% em 2015 para 45,24% em 2016, seguida por uma leve redução para 40,11% em 2018, possivelmente refletindo ajustes na estrutura de financiamento de longo prazo ou consolidação dessas dívidas.
O total do passivo, como porcentagem do passivo total e do patrimônio líquido, demonstra um crescimento robusto de aproximadamente 49,45% em 2014 para 66,72% em 2017, antes de uma ligeira redução para 63,27% em 2018. Essa tendência indica um aumento na alavancagem financeira ao longo do período, com maior peso dos passivos perante o patrimônio líquido, o que pode sugerir maior utilização de endividamento.
O patrimônio líquido, por sua vez, apresenta uma redução como proporção do passivo e patrimônio líquido, saindo de 50,46% em 2014 para 33,18% em 2017, antes de um aumento para 36,65% em 2018. Essa dinâmica sugere uma diminuição relativa do patrimônio próprio na estrutura de capital, acompanhada de aumento do endividamento.
No que diz respeito aos componentes específicos, as ações ordinárias representam uma parcela relativamente constante do passivo e patrimônio líquido, mantendo-se em torno de 8% a 10%, enquanto as ações em tesouraria permanecem em uma faixa semelhante, porém sempre negative, indicando um saldo de ações recompradas a custo. O valor nominal do capital realizado mantém uma participação reduzida e bastante estável no período.
As perdas abrangentes acumuladas, expressas como percentual negativo, mostram uma ligeira redução na sua magnitude de -1,68% em 2016 para -1,37% em 2018, sugerindo uma melhora na situação de perdas não realizadas ou reequilíbrios contábeis correlacionados.
Os lucros não distribuídos, que representam uma parcela significativa do passivo e patrimônio líquido, declinaram de 67,65% em 2014 para 50,5% em 2017, antes de recuperar ligeiramente para 52,88% em 2018. Essa trajetória indica uma tendência de utilização de lucros acumulados na distribuição de dividendos ou recomposições de reservas.
Quanto às demais categorias do passivo, os impostos não-incorridos e outros passivos apresentaram variações menores, mantendo-se relativamente constantes como porcentagem do passivo total e do patrimônio líquido. A responsabilidade pelo incidente do poço de Macondo, presente em 2014 a 2016, mostra uma distribuição similar, mas com ausência de dados posteriores, possivelmente indicando a resolução ou a reclassificação dessa obrigação.
Em síntese, observaram-se mudanças na composição das obrigações de curto e longo prazo, com aumento na participação do passivo circulante e na dívida de longo prazo, refletindo maior endividamento financeiro. O patrimônio líquido, por sua vez, diminuiu em relação ao total de obrigações, evidenciando maior alavancagem financeira ao longo do período. Entretanto, melhorias na posição de perdas e ajustes nos lucros não distribuídos indicam esforços de gestão na manutenção da estabilidade financeira.